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2022_CintiadeFreitasRodriguesLoureiro.pdf21,74 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título : Violência doméstica contra mulheres e Pandemia de Covid-19 : uma análise discursiva multimodal com dados do Instagram
Autor : Loureiro, Cintia de Freitas Rodrigues
metadata.dc.contributor.email: cintiafrodrigues@gmail.com
Orientador(es):: Resende, Viviane de Melo
Coorientador(es):: Araújo, Carolina Lopes
Assunto:: Violência doméstica
Violência contra as mulheres
Violência de gênero
Estudos críticos do discurso
Análise de discurso
Fecha de publicación : 28-mar-2023
Citación : LOUREIRO, Cintia de Freitas Rodrigues. Violência doméstica contra mulheres e Pandemia de Covid-19: uma análise discursiva multimodal com dados do Instagram. 2022. 294 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumen : Este estudo crítico do discurso objetiva analisar ação e representação discursiva sobre o aumento da violência doméstica contra mulheres durante a pandemia de covid-19. Foram compostos um corpus de 122 posts coletados dos perfis do Instagram ONU Mulheres Brasil; Instituto Patrícia Galvão; Instituto Geledés; Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e da ministra da pasta; e um corpus do discurso proferido pela ministra no lançamento da Campanha contra a Violência Doméstica de 2020. O recorte temporal é de maio a julho do mesmo ano. A análise buscou identificar como os perfis reagiram diante da escalada da violência doméstica; o que consideraram violência doméstica; e como mulheres em situação de violência e agressores foram representados. Foram utilizadas contribuições dos Estudos Críticos do Discurso (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; RESENDE; VIEIRA, 2016; VAN LEEUWEN, 2008), da Gramática do Design Visual (KRESS E VAN LEEUWEN, 2021) e da Semiótica Social (VAN LEEUWEN, 2005). Também formaram a base teórica as (inter)disciplinas Ciências Políticas (ALMEIDA, 2017, 2019; BOULOS, 2016; KALIL, 2020), Comunicação (CASTELLS, 2017, MARTINO 2014, 2019; MELLO, 2020) e Estudos de Gênero (BIROLI, 2018), com os feminismos decolonial (LUGONES, 2008, 2014; SEGATO, 2012), comunitário (PAREDES, 2008, 2019) e negro (CARNEIRO, 2011; CRENSHAW, 1991, 2012; HOOKS, 2019). As análises desvelaram textos marcados por valores, crenças e visões de mundo que as instituições defendem ou a que se associam, com a agenda anti-gênero e o discurso conservador de um lado, e a agenda progressista e o discurso feminista de outro. Enquanto os perfis ligados ao organismo internacional e à sociedade civil promoveram o debate sobre as origens da violência doméstica, os perfis do ministério e da ministra silenciaram sobre o assunto. Houve dificuldade generalizada em dialogar com potenciais agressores, com interpelações direcionadas para que vítimas e testemunhas denunciem os crimes. Houve exaustiva nominalização dos crimes no lugar de usar verbos para descrever as agressões. Os crimes foram representados com a agência omitida, com as agressões estabelecidas de forma direta com o contexto de isolamento social. Houve discussão sobre o que fazer para superar o problema, mas esse esforço foi mitigado pela responsabilização inespecífica das ações. Perfis ligado ao organismo internacional e à sociedade civil reconhecem a violência interseccional, o que é ausente no perfil da ministra e reconhecido com menor ênfase pelo ministério. As mulheres foram representadas com atributos que reconheceram as estruturas de classe, gênero, idade, território, sexualidade, raça e deficiência. Nas representações de agressores, sua ação foi representada de forma pressuposta, com presença ligada ao discurso punitivista. A ministra representou as mulheres como vítimas circunstanciais de um crime que inclui, na mesma medida, crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência no rol de vítimas da violência doméstica, negando o eixo de gênero. De forma geral, os textos analisados mostraram-se úteis para a discussão sobre a violência doméstica no contexto da pandemia, mas também auxiliaram na perpetuação de projetos de poder que podem não priorizar a segurança e a proteção da vida das mulheres.
Abstract: This critical discourse study aims to analyze discursive action and representation about the increase in domestic violence against women during the covid-19 pandemic. It was composed a corpus of 122 posts collected from Instagram’s profiles UN Women Brazil; Patricia Galvão Institute; Geledés Institute; Ministry of Women, Family and Human Rights; and the minister of the portfolio profiles; and a corpus of the speech given by the minister at the launch of the 2020 Campaign against Domestic Violence. The time frame is from May to July of the same year. The analysis sought to identify how the profiles reacted to the escalation of domestic violence; what they considered domestic violence; and how women in situations of violence and aggressors were represented. Contributions from Critical Discourse Studies (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; RESENDE; VIEIRA, 2016; VAN LEEUWEN, 2008), Visual Design Grammar (KRESS AND VAN LEEUWEN, 2021) and Social Semiotics (VAN LEEUWEN, 2021) were used. The (inter)disciplines Political Sciences (ALMEIDA, 2017, 2019; BOULOS, 2016; KALIL, 2020), Communication (CASTELLS, 2017, MARTINO 2014, 2019; MELLO, 2020) and Gender Studies (BIROLI, 2020) also formed the theoretical basis, with decolonial (LUGONES, 2008, 2014; SEGATO, 2012), community (PAREDES, 2008, 2019) and black (CARNEIRO, 2011; CRENSHAW, 1991, 2012; HOOKS, 2019) feminism. The analyzes revealed texts marked by values, beliefs and worldviews that the institutions defend or associate with, with the anti-gender agenda and the conservative discourse on one hand, and the progressive agenda and the feminist discourse on the other. While the profiles linked to the international organization and civil society promoted the debate on the origins of domestic violence, the profiles of the ministry and the minister were silent on the subject. There was general difficulty in dialoguing with potential aggressors, with interpellations aimed at victims and witnesses to denounce the crimes. There was an exhaustive nominalization of crimes instead of using verbs to describe the aggressions. The crimes were represented with the agency omitted, with the aggressions established directly within the context of social isolation. There was discussion about what to do to overcome the problem, but this effort was mitigated by unspecific accountability for actions. Profiles linked to the international organization and civil society recognize intersectional violence, which is absent in the minister's profile and recognized with less emphasis by the ministry. Women were represented with attributes that recognized the structures of class, gender, age, territory, sexuality, race and disability. In the representations of aggressors, their action was represented in a presupposed way, with their presence linked to the punitive discourse. The minister represented women as circumstantial victims of a crime that equally includes children, young people, the elderly and people with disabilities in the list of victims of domestic violence, denying the gender structure. In general, the analyzed texts proved to be useful for the discussion about domestic violence in the context of the pandemic, but they also helped in the perpetuation of power projects that may not prioritize the safety and protection of women's lives.
Resumen: Este estudio crítico del discurso tiene como objetivo analizar la acción y la representación discursiva sobre el aumento de la violencia doméstica contra las mujeres durante la pandemia de covid-19. Se compuso un corpus de 122 publicaciones recopiladas de los perfiles de Instagram de ONU Mujeres Brasil; Instituto Patricia Galvão; Instituto Geledés; Ministerio de la Mujer, la Familia y los Derechos Humanos; y el ministro de la cartera; y un corpus del discurso pronunciado por la ministra en el lanzamiento de la Campaña contra la Violencia Doméstica 2020. El marco temporal es de mayo a julio del mismo año. El análisis buscó identificar cómo reaccionaron los perfiles ante la escalada de violencia intrafamiliar; lo que consideraban violencia doméstica; y cómo fueron representadas las mujeres en situación de violencia y agresores. Aportes desde Estudios Críticos del Discurso (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; RESENDE; VIEIRA, 2016; VAN LEEUWEN, 2008), Gramática del Diseño Visual (KRESS AND VAN LEEUWEN, 2021) y Semiótica Social (VAN LEEUWEN, 2005). También formaron la base teórica las (inter)disciplinas Ciencias Políticas (ALMEIDA, 2017, 2019; BOULOS, 2016; KALIL, 2020), Comunicación (CASTELLS, 2017, MARTINO 2014, 2019; MELLO, 2020) y Estudios de Género (BIROLI, 2020) también formaron el marco teórico 2018), con feminismos decoloniales (LUGONES, 2008, 2014; SEGATO, 2012), comunitarios (PAREDES, 2008, 2019) y negros (CARNEIRO, 2011; CRENSHAW, 1991, 2012; HOOKS, 2019). Los análisis revelaron textos marcados por valores, creencias y cosmovisiones que las instituciones defienden o asocian, con la agenda anti género y el discurso conversacional, por un lado, y la agenda progresista y el discurso feminista por otro. Mientras los perfiles vinculados al organismo internacional y la sociedad civil promovían el debate sobre los orígenes de la violencia intrafamiliar, los perfiles del ministerio y de la ministra guardaban silencio sobre el tema. Hubo dificultad general para dialogar con los potenciales agresores, con interpelaciones dirigidas a víctimas y testigos para denunciar los crímenes. Hubo una nominalización exhaustiva de los delitos en lugar de utilizar verbos para describir las agresiones. Los delitos fueron representados con la agencia omitida, con las agresiones establecidas directamente en el contexto del aislamiento social. Hubo una discusión sobre qué hacer para superar el problema, pero este esfuerzo se vio mitigado por la responsabilidad inespecífica de las acciones. Perfiles vinculados al organismo internacional y sociedad civil reconocen la violencia interseccional, la cual está ausente en el perfil del ministro y reconocida con menor énfasis por el ministerio. Las mujeres fueron representadas con atributos que reconocían las estructuras de clase, género, edad, territorio, sexualidad, raza y discapacidad. En las representaciones de los agresores, su acción fue representada de manera presupuesta, con una presencia ligada al discurso punitivo. La ministra representó a las mujeres como víctimas circunstanciales de un delito que incluye por igual a niños, jóvenes, ancianos y personas con discapacidad en la lista de víctimas de violencia doméstica, negando el eje de género. En general, los textos analizados demostraron ser útiles para la discusión sobre la violencia doméstica en el contexto de la pandemia, pero también ayudaron en la perpetuación de proyectos de poder que pueden no priorizar la seguridad y protección de la vida de las mujeres.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)
Descripción : Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Linguística
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Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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