http://repositorio.unb.br/handle/10482/16438
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2014_WalterMassaRamalho.pdf | 9,03 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Desigualdades socioeconômicas e espaciais da mortalidade infantil no Brasil e Distrito Federal |
Autor(es): | Ramalho, Walter Massa |
Orientador(es): | Duarte, Elisabeth Carmen |
Coorientador(es): | Werneck, Guilherme Loureiro |
Assunto: | Mortalidade infantil |
Data de publicação: | 10-Out-2014 |
Data de defesa: | 15-Jul-2014 |
Referência: | RAMALHO, Walter Massa. Desigualdades socioeconômicas e espaciais da mortalidade infantil no Brasil e Distrito Federal. 2014. xvii, 123 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014. |
Resumo: | Introdução: Os avanços obtidos na redução da Taxa de Mortalidade Infantil
(TMI) no Brasil ainda são parciais devido à alta proporção de evitabilidade e
desigualdades internas, com risco ainda elevado em grupos populacionais
específicos. O monitoramento e os estudos sobre as desigualdades no risco de
morte infantil no Brasil e no Distrito Federal (DF) se justificam a fim de
fortalecer o debate sobre as iniquidades em saúde nesses territórios.
Objetivo: 1) Analisar as desigualdades no risco de morte infantil segundo o
Índice de Desenvolvimento Familiar nos municípios brasileiros, em 2006-2008;
2) Analisar a distribuição espacial e fatores associados à mortalidade infantil na
zona urbanizada do DF, em 2009.
Métodos: Para atender ao objetivo 1, foi realizado um estudo ecológico, onde
a TMI (2006-2008) foi agregada por município e unidades da federação
brasileiras. A sua descrição foi baseada em estratificação pelo Índice de
Desenvolvimento Familiar (IDF). Para avaliar as desigualdades, foram
utilizados o Índice de Concentração (IC), o risco atribuível percentual (RA %), o
risco atribuível populacional percentual (RAP %), a razão de taxas (RT) e o
número de eventos evitáveis (mortes de crianças). Para atender ao objetivo 2,
foi realizado um estudo de caso-controle de base espacial. Foram
considerados como casos os nascidos vivos do ano de 2009, (identificados no
Sistema de Informação de Nascidos Vivos - SINASC). residentes no Distrito
Federal (DF) e que foram a óbito com menos de 1 ano de idade (identificados
no Sistema de Informação de Mortalidade - SIM). Foram considerados como
controles os nascidos vivos do ano de 2009, da mesma população não
identificados no SIM. Para a análise dos dados foi usada regressão aditiva
(GAM), a fim de estimar efeitos espaciais da distribuição da chance de óbito
infantil. Foi considerada a hierarquia - distal, medial, proximal - das variáveis
independentes em relação a cada um dos desfechos (óbitos infantis por todas
as causas, os evitáveis e os não evitáveis). Resultados: 1) Referente às desigualdades ecológicas entre os municípios
brasileiros (2006-2008) os seguintes resultados foram observados: O IC foi
0,02. O estrato com pior IDF concentrou 20% de todos os óbitos infantis do
Brasil, em uma população de 17% de nascidos vivos (NV). Adicionalmente, o
perfil sobre as causas e as idades das mortes infantis também se diferenciaram
qualitativamente, seguindo a mesma direção da condição de saúde, quando
foram comparados aos estratos de pior e de melhor IDF. 2) Quanto ao estudo
da distribuição espacial do óbito infantil no DF, foram observados os seguintes
resultados: O risco do óbito infantil na população dos NV em 2009 foi de
12,21‰ NV, com 62,9% de óbitos devido às causas evitáveis e 36,5% devido
às causas não evitáveis. Variáveis socioeconômicas presentes no SINASC se
associaram positivamente com a distribuição espacial dos óbitos infantis por
causas evitáveis (p<0,05), porém não com aqueles por causas não-evitáveis
(p>0,05). As variáveis ligadas à atenção à saúde e as características biológicas
maternas estiveram associadas a ambos os desfechos (p<0,05). A associação
do espaço em relação ao óbito infantil perdeu significância após a inclusão das
variáveis relacionadas à características da criança em todos os modelos
estudados.
Conclusão: Foram identificadas regiões de alto risco de morte infantil no Brasil
e no DF, incompatíveis com o atual desenvolvimento econômico apresentado
nacionalmente e localmente na capital do país. Esses resultados podem apoiar
políticas públicas de saúde orientadas a superar tais desigualdades no risco de
morte infantil nos territórios estudados. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT Introduction: The advances made in reducing Infant Mortality Rate (IMR) in Brazil are still unacceptable due to the high proportion of avoidable and internal inequalities with high risk in specific population groups. The monitoring and studies on inequalities in the risk of infant death in Brazil and the Distrito Federal (DF) justified for to broaden the debate on health inequities in these territories. Objective: 1) Analyze the inequalities in infant mortality among municipalities in Brazil according to the Family Development Index, 2006–2008; 2) analyze the spatial and factors common to declarations of live births associated with IMR in the DF, 2009. Methods: To meet objective 1, This was an exploratory ecological study of space aggregates that described IMR in 2006–2008 according to municipalities, states, and the Family Development Index (FDI), a socioeconomic indicator that ranges from 0 to 1. All the municipalities in Brazil were categorized according to four strata as defined by FDI quartiles, where stratum 4 included those with better FDI conditions, and stratum 1, worse conditions. The selected inequality measures were: Concentration Index, Attributable Risk Percent, Population Attributable Risk Percent,Rate Ratio, and number of avoidable events (number of infant deaths). To meet objective 2, this was a spatial case control study, cases were defined as live births in 2009 from the Federal District (DF) and who died under 1 year of age (identified in the Mortality Information System - SIM). Controls were considered live births in the same population not identified in SIM. For the analysis of the data was used additive regression model (GAM) to estimate spatial distribution effects of odds to infant death. This database was analyzed using hierarchical logistic regression to estimate the factors associated with IMR. of infant deaths. Additionally, the profile of causes and ages of infant mortality also differed qualitatively when stratum 1 was compared to stratum 4. 2) Regarding the study of the spatial distribution of infant mortality in DF, the following results were observed: The risk of infant death in the population of births in 2009 was 12.21 ‰ NV, where 62.9% of deaths was to preventable causes and 36.5% for unavoidable causes. Socioeconomic variables were associated with the spatial distribution of infant deaths from preventable causes (p <0.05) but not with non-preventable causes (p> 0.05). The variables related to health care and maternal biological characteristics were associated with both outcomes (p <0.05). The explanatory power of space in relation to infant mortality lost significance after inclusion of variables related to characteristics of the child in the all models studied. Conclusion: regions of high risk of infant death in Brazil and DF incompatible with the current economic development presented nationally and locally in the capital of Brazil were identified. These results may to support public health policies aimed at improving health and reducing inequalities in the risk of infant mortality in theses territories. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FM) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2014. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical |
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