Cirurgia bariátrica e vitamina d: tendências em mulheres 50 ou mais e associação com características clínicas e polimorfismos do gene VDR

Abstract

Introdução: A obesidade se constitui enquanto complexa enfermidade, identificada em pessoas de todas as faixas etárias, que apresenta sérias consequências de ordem biológica, emocional, psicológica e social, sobretudo na maturidade, gerando sobrecarga e limitações. Nesse sentido, a cirurgia bariátrica (CB) se apresenta enquanto alternativa terapêutica, impactando positivamente junto às comorbidades associadas, como por exemplo a hipertensão arterial (HA), o diabetes mellitus (DM), a síndrome metabólica (SM), vários tipos de cânceres (CA), dentre outras, e ainda, na melhora da qualidade de vida (QV) e na funcionalidade. No entanto, várias complicações foram relatadas, como a deficiência de vitamina D [25(OH)D]. Objetivo: Avaliar se os níveis séricos de 25(OH)D, estão relacionados às características clínicas, sintomas ou hábitos em mulheres idosas após a realização da CB e, se os polimorfismos “TaqI” e “Fok I” do gene receptor de vitamina D (VDR), afetam os níveis de 25(OH)D e a densidade mineral óssea corporal total (TBBMD). Metodologia: Estudo prospectivo, analítico, comparativo, transversal e quantiqualitativo. Para realização da presente pesquisa, foi implementada avaliação clínica, laboratorial, genética e da composição corporal, pela implementação do exame de DEXA. Para a análise estatística do tipo inferencial, foi utilizado o software (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA), em sua versão de número 28.0, adotando o nível de significância de 5,0%. Para a análise estatística, aplicou-se distribuição de frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas e quartis para as variáveis contínuas, com dados contínuos expressos em média ± desvio padrão (DP) ou percentis (%). O “Coefficient de Spearman” foi utilizado para testar a correlação entre os dados contínuos de medidas antropométricas, bioquímicas e imunológicas e os níveis de vitamina D 25(OH)D. Resultados: Por meio da presente pesquisa foi verificado que os níveis de 25(OH)D correlacionaram-se positivamente com a “DMOCT”, negativamente com a pressão arterial sistólica e foram maiores naqueles com o alelo VDR Fok I f. Conclusão: Por meio da presente pesquisa, foi possível verificar que, após doze (12) meses da realização da CB do tipo BPGYR em pessoas do sexo feminino com cinquenta anos ou mais (50+), brasileiras, os seus níveis séricos de 25(OH)D3 foram positivamente correlacionados com a densidade mineral óssea corporal total. Também foi fossível verificar correlação negativa, no que se refere a medida da pressão arterial sistólica (PAS) e a sua relação aos níveis de produção, que foi maior naqueles com o alelo C (f) junto ao polimorfismo “VDR FokI”.