A eficiência do orçamento público na Universidade Estadual de Goiás (UEG) no período de 2003 a 2022

Abstract

Este estudo visa identificar em quais anos os recursos públicos investidos na Universidade Estadual de Goiás (UEG), vislumbrados a partir do resultado da execução orçamentária, produziram efeitos satisfatórios em relação à quantidade de alunos que permanecem e concluem cursos de graduação presencial. A análise comparativa será feita pelos indicadores anuais de orçamento e corpo docente da própria IES, para o estabelecimento de pontos máximos de eficiência de acordo com seu desempenho histórico, tendo como unidades tomadoras de decisão (DMUs) os anos de 2003 a 2022. Para tanto, a metodologia empregada para a mensuração da eficiência econômica é a Análise Envoltória de Dados (DEA), que se constitui uma técnica não paramétrica, baseada em programação linear, que realiza avaliação de desempenho de uma DMU em comparação à DMU mais eficiente e culmina com o ranqueamento de eficiência. O modelo aplicado é o modelo BCC, desenvolvido por Banker, Charnes e Cooper (1984), a partir de retornos variáveis de escala (VRS) com orientação output, a fim de verificar a eficiência técnica pura a partir do melhor resultado dos produtos, quais sejam: taxa de permanência, taxa de ocupação e taxa de conclusão, mantendo-se constante o volume de insumos, ou seja, o orçamento executado total e a razão entre o número de discentes e docentes. Os resultados do ranking de eficiência apontam que, ao longo de vinte anos, a UEG maximizou o uso dos recursos públicos, pela ótica orçamentária, em 2003, e, pela ótica do ensino em 2007, tendo ambas as DMUs influência proporcional mais elevada sobre a baixa evasão universitária. O desempenho atual, apontou ineficiência orçamentária da ordem de 46,4% na DMU relativa a 2022, em razão do elevado gasto médio per capita e evasão da ordem de 23,1%. Pela ótica do ensino, 2022 obteve a segunda melhor eficiência, em virtude da crescente qualificação do corpo docente e da diminuição da sobrecarga do acompanhamento pedagógico do discente. A taxa de ocupação não foi influenciada de modo significativo em nenhuma das combinações mais eficientes.