Falas inclusivas : narrativas dos professores sobre a Política Nacional de Educação Especial

Abstract

A presente pesquisa situou-se na perspectiva de esclarecimento sobre: De que maneira, os professores de turmas inclusivas da rede pública do Distrito Federal, vislumbram a prática docente pautada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva? Nesse viés, a pesquisa teve por lócus de investigação a escola, espaço de diversidade, em que cada pessoa é como um fio que se tece e se interconecta em uma grande rede. Nesse contexto, os movimentos em prol dos direitos da pessoa com necessidades específicas pairaram por décadas na luta pela legitimação do direito de ‘Ser’ diferente, de ser quem se é, de ser si mesmo, sem discriminação, sem preconceito e sem exclusão. Sendo assim, entende-se a inclusão como o processo que viabiliza o acesso e a permanência de todos, independentemente de suas especificidades, na escola regular. Nesse desenrolar, situa-se, o professor, artesão na arte de ensinar e aprender, que como bom tecedor, tem que lidar com os arranjos e desarranjos da demanda cotidiana. Ancorada em uma abordagem qualitativa, fundamentada na fenomenologia sistêmica e sob a égide do modelo bioecológico de Brofenbrenner, a pesquisa teve como objetivo geral: Analisar os posicionamentos dos professores das turmas inclusivas do Distrito Federal a respeito do discurso de inclusão na prática escolar, presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Para a coleta de dados, foram utilizados o questionário de interesse e a entrevista semiestrutura, havendo sido entrevistadas sete professoras, da rede pública do Distrito Federal. A análise de dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo defendida por Bardin (2011). Os resultados desvelam que é preciso uma formação docente balizada em uma proposta pedagógica na perspectiva das diferenças. O discurso que precisa reverberar é o de que uma necessidade específica é aquela que o estudante tem naquele momento, qualquer estudante. Nesse contexto, voeja sobre o chão da escola a necessidade de espaços dialogantes e da participação dos sujeitos da ação na formulação das Leis. Como produto técnico, por sua vez, foi elaborada uma proposta pautada na realização de uma Roda de Conversa com o objetivo de promover espaços dialogantes sobre a inclusão e uma Nota Técnica.