Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Sá, Natan Monsores de | pt_BR |
dc.contributor.author | Silva, Raylla Albuquerque | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-12-12T21:31:12Z | - |
dc.date.available | 2023-12-12T21:31:12Z | - |
dc.date.issued | 2023-12-12 | - |
dc.date.submitted | 2022-10-13 | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Raylla Albuquerque. Mulheres surdas e o cuidado obstétrico no Brasil: uma análise a partir da Bioética . 2022. 158 f. Tese (Doutorado em Bioética) - Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46991 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | A surdez é considerada uma deficiência “invisível”, uma vez que não mostra sinais
externos. Pela legislação brasileira, são considerados pessoa com deficiência auditiva
aqueles indivíduos com perda auditiva bilateral, de moderada a profunda. Atualmente,
cerca de 1,5 bilhões de pessoas no mundo possuem algum tipo de perda auditiva, o
equivalente a 20% da população mundial. A perda auditiva pode estar relacionada a
uma redução da qualidade de vida e constitui um fator de risco para o sofrimento
mental. Devido a esse cenário, além das dificuldades vividas pela população em geral
junto aos serviços públicos de saúde — devido à má gestão de recursos,
desorganização do sistema e dificuldades de profissionais e insumos —, as pessoas
surdas ainda estão sujeitas à dificuldade de comunicação, que pode ser mais ou
menos acentuada devido ao grau de perda auditiva que apresentam. Esta pesquisa
tem como objetivo analisar, a partir da perspectiva da bioética hermenêutica, a
experiência de mulheres surdas durante o cuidado obstétrico, no contexto da gestação
e do parto, por meio de seus relatos, coletados através de questionário eletrônico. A
amostra foi composta majoritariamente por mulheres entre 30 e 39 anos, brancas,
com escolaridade de nível superior, com um filho e que possuem renda familiar entre
quatro e vinte salários-mínimos. Portanto, trata-se de um grupo de participantes com
uma condição socioeconômica privilegiada, a despeito da surdez, além de terem um
alto nível de escolaridade. No contexto do cuidado em saúde, enquanto a maioria das
participantes afirmou que costumam ter suas dúvidas atendidas, cerca de metade
afirmou entender as instruções repassadas pelos profissionais de saúde e terem
ficados satisfeitas com o atendimento prestado. Ao serem questionadas sobre a
crença na capacitação dos profissionais para o atendimento a pessoas surdas, a
maioria respondeu negativamente. No momento do nascimento, as participantes, em
geral, tinham entre 30 e 39 anos, eram casadas e estavam empregadas. A quase
totalidade referiu ter tido 6 ou mais consultas de pré-natal e a maioria não teve
dificuldades impostas pela equipe, bem como não participou de atividades educativas.
65,4% dos nascimentos ocorreram por via cirúrgica, em hospitais privados — dados
semelhantes ao de mulheres não surdas. A maioria das participantes afirmou saber o
que significa violência obstétrica, mas disseram que acreditam não terem sido vítimas.
Entre as que responderam afirmativamente, a maioria acredita que o fato de ser
pessoa surda pode ter relação com a violência sofrida. Apesar de relatarem uma
dificuldade adicional na comunicação, as experiências das mulheres surdas desta
pesquisa em muito se assemelham às de mulheres ouvintes. Nesse sentido, entendese que as condições privilegiadas constituem elemento protetor às mulheres surdas.
Considerando a aproximação entre as áreas, entende-se que a perspectiva dos
Direitos Humanos dos Pacientes, em especial o princípio do Cuidado Centrado no
Paciente, traz boas referências para a discussão do cuidado obstétrico às mulheres
surdas — uma vez que não existe um perfil único, havendo necessidades específicas
e particulares de cada indivíduo. | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Mulheres surdas e o cuidado obstétrico no Brasil : uma análise a partir da Bioética | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Pessoas com deficiência auditiva | pt_BR |
dc.subject.keyword | Obstetrícia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Assistência à saúde | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Deafness is considered an "invisible" disability since it shows no external signs. By
Brazilian law, individuals with moderate to profound bilateral hearing loss are
considered to be hearing-impaired. Today, about 1.5 billion people in the world have
some form of hearing loss, the equivalent of 20% of the world's population. Hearing
loss can be related to reduced quality of life and is a risk factor for mental distress. Due
to this scenario, in addition to the difficulties experienced by the general population
with the Brazilian public health services—due to poor resource management,
disorganization of the system and difficulties of professionals and supplies—deaf
people are still subject to communication difficulties, which can be more or less
pronounced due to the degree of hearing loss they have. This research aims to
analyze, from the perspective of hermeneutic bioethics, the experience of deaf women
during obstetric care, in the context of pregnancy and childbirth, through their reports
collected through an electronic questionnaire. The sample was composed mostly of
white women between 30 and 39 years old, with higher education, one child, and family
income between four and twenty minimum wages. Therefore, this is a group of
participants with a privileged socioeconomic status, despite their deafness, and high
level of education. In the context of health care, while most participants said they
usually have their questions answered, about half said they understood the instructions
passed on by health professionals and were satisfied with the care provided. When
asked about their belief in the training of professionals to care for deaf people, most
responded negatively. At the time of birth, the participants were generally between 30
and 39 years old, married, and employed. Almost all of them reported having had 6 or
more prenatal appointments and most of them did not have difficulties imposed by the
team, as well as did not participate in educational activities. 65.4% of the births
occurred by surgery, in private hospitals—data similar to that of non-deaf women. Most
of the participants said they know what obstetric violence means, but said they believe
they have not been victims of it. Among those who answered affirmatively, most of
them believe that being a deaf person may be related to the violence they have
suffered. Despite reporting additional difficulty in communication, the experiences of
the deaf women in this research closely resemble those of hearing women. In this
sense, it is understood that privileged socioeconomic and educational conditions
constitute a protective element for deaf women. Considering the approximation
between the areas, it is understood that the perspective of the Human Rights of
Patients, especially the principle of Patient-Centered Care, brings good references for
the discussion of obstetric care to deaf women—since there is no single profile, there
being specific and particular needs of each individual. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Bioética | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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