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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/46571
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Title: O teletrabalho e a saúde mental em uma instituição de ensino pública
Authors: Santos, Layreane Silvano dos
metadata.dc.contributor.email: layreane@gmail.com
Orientador(es):: Britto, Maria Júlia Pantoja de
Assunto:: Teletrabalho
Saúde mental
Servidores técnico-administrativos
Pandemia
Estudo de caso
Issue Date: 28-Sep-2023
Citation: SANTOS, Layreane Silvano dos. O teletrabalho e a saúde mental em uma instituição de ensino pública. 2022. 140 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão Pública) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Abstract: Este estudo analisou as influências do teletrabalho obrigatório na saúde mental dos servidores técnico-administrativos de uma instituição de ensino pública durante a pandemia. Adotou-se o aporte teórico-metodológico da psicossociologia do trabalho privilegiando suas vivências e narrativas enquanto estudo de caso de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e exploratória, mediante a análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados demonstraram o perfil sociodemográfico dos 15 participantes da pesquisa como maioria do gênero feminino, casados, brancos, residindo com a família próximo do trabalho, com média de 37,8 anos de idade, 08 anos de trabalho na instituição e todos com escolaridade superior. A maioria estava trabalhando em modelo de revezamento híbrido. Estes participantes compreendem saúde mental a partir da percepção positiva do constructo bem-estar em suas multidimensões relacionado ao estado de equilíbrio e ao suporte social e complementar ao conceito de não saúde mental, com base no desequilíbrio projetado (ou não) sobre os estados e sintomas de estresse, ansiedade, depressão, disfuncionalidade e falta de autonomia. A partir do conceito de saúde mental, os participantes compartilharam influências negativas em sua maioria (58%), seguidos de influências ambíguas, negativas e positivas (28%) e, por fim, influências positivas (14%). O teletrabalho influenciou negativamente a maioria das experiências dos participantes, tendo em vista a ausência de planejamento organizacional de gestão perante a intempestividade do teletrabalho, a sobrecarga na sobreposição de papéis entre o trabalho e a casa e, a falta de interação social pelo isolamento e sentimento de solidão repercutindo na ansiedade, na depressão, na solidão, na angústia e acarretando, em alguns casos, grave adoecimento. Em seguida, alguns participantes perceberam uma influência ambígua na saúde mental, negativa e positiva, decorrente do teletrabalho na pandemia diante do processo de adaptação organizacional, do uso das tecnologias de informação e comunicação e da possibilidade de fuga de conflitos familiares e do trabalho promovendo ansiedade, estresse e até adoecimento e/ou ânimo e tranquilidade, menos ansiedade e estresse. E, por fim, a influência positiva diante das condições e flexibilidade de trabalho vivenciada pela minoria dos participantes na percepção de bem-estar, descanso, concentração, menos estresse, satisfação, motivação, disciplina, liberdade, autonomia e empoderamento. Os participantes relataram os recursos, estratégias e mecanismos que recorreram para o cuidado integral de sua saúde mental durante a pandemia como o atendimento em saúde mental, as atividades de lazer e aprendizagem, as atividades físicas e de saúde, o uso de álcool, a mudança de perspectiva e o distanciamento tecnológico. Indicaram sugestões: para o autocuidado em saúde mental como as atividades de saúde, os cuidados em saúde mental, as ações coletivas e o trabalho híbrido; e, para o cuidado da instituição com os servidores no apoio da gestão em divulgar e implementar lugar de escuta e voz na instituição, assim como, estabelecer procedimentos de trabalho adequados aos servidores. Destaca-se a contribuição da pesquisa na discussão do teletrabalho, tendo em vista a complexidade do tema e sua pertinência diante do interesse da instituição e da escassez do tema no âmbito da implementação de políticas no setor público.
Abstract: This study analyzed the influences of mandatory telecommuting on the mental health of technical-administrative staff at a public educational institution during the pandemic. The theoretical-methodological contribution of the psychosociology of work was adopted, privileging their experiences and narratives as a case study with a qualitative approach, of a descriptive and exploratory nature, through the content analysis of Bardin (2011). The results showed the sociodemographic profile of the 15 research participants as the majority female, married, white, living with their family close to work, with an average age of 37.8 years, 08 years of work at the institution and all with higher education. Most were working on hybrid relay model. These participants understand mental health from the positive perception of the well-being construct in its multidimensions related to the state of balance and social support and complementary to the concept of non-mental health, based on the projected imbalance (or not) on the states and symptoms of stress, anxiety, depression, dysfunctionality and lack of autonomy. From the concept of mental health, the participants mostly shared negative influences (58%), followed by ambiguous, negative and positive influences (28%) and, finally, positive influences (14%). Telecommuting negatively influenced most of the participants' experiences, given the lack of organizational management planning in the face of the untimeliness of telecommuting, the overload of overlapping roles between work and home, and the lack of social interaction due to isolation and feeling of loneliness with repercussions on anxiety, depression, loneliness, anguish and, in some cases, leading to serious illness. Then, some participants perceived an ambiguous influence on mental health, negative and positive, resulting from telework in the pandemic in the face of the organizational adaptation process, the use of information and communication technologies and the possibility of escaping family and work conflicts, promoting anxiety, stress and even illness and/or mood and tranquility, less anxiety and stress. And, finally, the positive influence on the working conditions and flexibility experienced by the minority of participants in the perception of well-being, rest, concentration, less stress, satisfaction, motivation, discipline, freedom, autonomy and empowerment . The participants reported the resources, strategies and mechanisms they resorted to for the comprehensive care of their mental health during the pandemic, such as mental health care, leisure and learning activities, physical and health activities, alcohol use, changing of perspective and technological distance. They indicated suggestions: for self-care in mental health, such as health activities, mental health care, collective actions and hybrid work; and , for the care of the institution with the servants in the support of the management in disclosing and implementing a place of listening and voice in the institution, as well as establishing appropriate work procedures for the servants. The contribution of the research in the discussion of telework is highlighted, considering the complexity of the theme and its pertinence in the face of the interest of the institution and the scarcity of the theme in the scope of the implementation of policies in the public sector.
metadata.dc.description.unidade: Faculdade UnB Planaltina (FUP)
Description: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública, Mestrado Profissional
Appears in Collections:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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