http://repositorio.unb.br/handle/10482/46002
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2022_FelipedeBaéreCavalcantiD'Albuquerque.pdf | 1,56 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | Saúde mental na militância de dissidências sexuais e de gênero : lutas por representatividade no movimento LGBTQIA+ brasileiro |
Autre(s) titre(s): | Mental health in sexual and gender dissidence militancy : struggles for representativeness in the LGBTQIA+ Brazilian movement |
Auteur(s): | D’Albuquerque, Felipe de Baére Cavalcanti |
metadata.dc.contributor.email: | felipebaere@gmail.com |
Orientador(es):: | Loyola, Valeska Maria Zanello de |
Assunto:: | Movimento LGBTQI+ Saúde mental Militância Dissidências sexuais |
Date de publication: | 3-jui-2023 |
Data de defesa:: | 27-jui-2022 |
Référence bibliographique: | D’ALBUQUERQUE, Felipe de Baére Cavalcanti. Saúde mental na militância de dissidências sexuais e de gênero: lutas por representatividade no movimento LGBTQIA+ brasileiro. 2022. 224 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Résumé: | A presente tese teve como proposta investigar a relação entre a saúde mental e a militância de dissidências sexuais e de gênero. Estruturada em artigos, no primeiro deles, buscamos identificar como essa temática tem se feito presente ao longo da história do movimento sexo-gênero diverso brasileiro. Para essa finalidade, utilizamos a periodização em ondas, nas quais contextualizamos o tema da saúde mental através de diversos cenários e acontecimentos que repercutiram, direta ou indiretamente, na composição e nas dinâmicas internas desse complexo e intenso movimento social. A partir do panorama histórico apresentado, identificamos que a pauta “saúde mental” foi se tornando mais relevante para o movimento LGBTQIA+ brasileiro à medida que novos direitos foram sendo conquistados pela militância. Nos artigos subsequentes, a ordenação seguiu um critério cronológico, a partir do período de formação de cada grupo no decorrer da história do movimento sexo-gênero diverso. O segundo artigo abordou a saúde mental na militância de gays e lésbicas. Nele, foi possível observar a marcante presença do gênero, uma vez que os gays, em sua maioria, discorreram sobre o ônus de ocupar espaços de destaque e influência no movimento social, ao passo que as lésbicas compartilharam queixas relacionadas ao descontentamento e ao sofrimento gerados pelos processos de apagamento e de não reconhecimento de suas lutas. O terceiro artigo, por sua vez, envolveu a militância trans*. Aqui, observamos que os efeitos das violências transfóbicas e de um cenário opressor que se impõe desde cedo sobre as suas vidas vão repercutir em suas relações interpessoais e nas estratégias de ação no movimento trans*. Além disso, destacaram-se questões importantes, tais como: os percalços na distribuição de tarefas, conflitos geracionais e o receio de estabelecer relações de confiança, a queixa dos apagamentos e do silenciamento dos homens transexuais e transmasculinos, a dureza de gerir cotidianamente notícias trágicas, como as que envolvem as vidas trans* suicidadas pela sociedade. O quarto e derradeiro artigo se voltou para a militância bissexual brasileira, cuja principal luta ainda é o enfrentamento das hostilizações sofridas pela não submissão à normatividade monossexual. Ao longo das entrevistas, evidenciamos que as práticas bifóbicas são recorrentes no interior do movimento LGBTQIA+, seja pelos posicionamentos desqualificadores de suas lutas, seja pela ausência de espaços de representação ofertados para esse grupo em eventos organizados pelo movimento social. Como forma de evitar o abandono definitivo do ativismo, todos os grupos sinalizaram a necessidade do afastamento temporário do movimento social. O envolvimento com a arte e a cultura, bem como o início de psicoterapias, também foram descritos como vias encontradas para o autocuidado, a fim de lidar com os desafios do ativismo. Ao final, foi possível perceber que o espaço da militância, ainda que seja promotor de bem-estar ao propiciar o pertencimento, o reconhecimento e o investimento em lutas que dão sentido às existências através da participação e do engajamento, também pode ser um ambiente agenciador de sofrimento psíquico, por meio das relações de poder e das hierarquias na representatividade presentes no movimento sexo-gênero diverso. |
Abstract: | The present thesis aimed to investigate the relationship between mental health and the militancy of sexual and gender dissidences. Structured in papers, in the first of them, we seek to identify how the theme “mental health” has been present throughout the history of the Brazilian sex-gender diverse movement. For this purpose, we use wave periodization, in which we contextualize the subject of mental health through different scenarios and events that have an impact, directly or indirectly, on the composition and internal dynamics of this complex and intense social movement. From the historical panorama presented, we identified that the “mental health” agenda became more relevant for the Brazilian LGBTQIA+ movement as new rights were conquered by militancy. In subsequent papers, the ordering followed a chronological criterion, starting from the formation period of each group in the course of the history of the sex-gender diverse movement. The second paper addressed mental health in gay and lesbian militancy. In it, it was possible to observe the prominent presence of the gender, since most gays discussed the burden of occupying prominent spaces and influence in the social movement, while lesbians shared complaints related to discontent and suffering generated by the processes of erasure and non-recognition of their struggles. The third paper, in turn, involved trans* militancy. Here, we observe that the effects of transphobic violence and an oppressive scenario that imposes itself from an early age on their lives will have repercussions on their interpersonal relationships and on their action strategies in the trans* movement. In addition, important issues were highlighted, such as: mishaps in the distribution of tasks, generational conflicts and the fear of establishing relationships of trust, the complaint of erasures and silencing of trans men and transmasculines, the hardness of managing tragic news on a daily basis, such as those involving trans* lives suicided by society. The fourth and final article turned to Brazilian bisexual militancy, whose main struggle is the confrontation of the hostilities suffered by the non-submission to monosexual normativity. Throughout the interviews, we showed that biphobic practices are recurrent within the LGBTQIA+ movement, either because of the disqualifying positions of their struggles, or because of the absence of spaces for representation offered to this group in events organized by the social movement. As a way of avoiding the definitive abandonment of activism, all groups signaled the need to temporarily withdraw from the social movement. The involvement with art and culture, as well as the beginning of psychotherapies, were also described as ways found for self-care, in order to deal with the challenges of activism. In the end, it was possible to perceive that the militancy space, although it promotes well-being by providing belonging, recognition and investment in struggles that give meaning to existences through participation and engagement, can also be a place that causes psychological suffering through power relations and hierarchies in representativeness present in the sex-gender diverse movement. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Description: | Tese (doutorado ) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2022. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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