Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Igreja, Rebecca Forattini Altino Machado Lemos | - |
dc.contributor.author | Silva, Larissa Carvalho Furtado Braga | - |
dc.date.accessioned | 2022-12-15T23:17:44Z | - |
dc.date.available | 2022-12-15T23:17:44Z | - |
dc.date.issued | 2022-12-15 | - |
dc.date.submitted | 2022-08-28 | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Larissa Carvalho Furtado Braga. A tese do Marco Temporal e o protagonismo indígena de mulheres: territorialidade em debate pelo Supremo Tribunal Federal. 2022. 122 f., il. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/45301 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | A tese do Marco Temporal, intentada, especialmente, por latifundiários e grandes produtores
rurais, defende uma releitura do art. 231 da Constituição Federal, a qual define que os indígenas
detêm posse permanente sobre as terras tradicionalmente por eles ocupadas. A argumentação
apresentada é no sentido de que apenas se poderia considerar território de usufruto indígena
aquele que estivesse ocupado pelos povos originários no dia 05 de outubro de 1988, quando da
promulgação da Carta Maior, ou fosse objeto de renitente esbulho. Por ocasião de um recurso
apresentado pela Fundação Nacional do Índio em caso que envolve conflito entre o povo
Xokleng e o Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina, referido debate alcançou o Supremo
Tribunal Federal, guardião da Constituição, que agora é o responsável pela apreciação desta
tese. Referido julgamento se dá em contexto de ascensão de uma extrema-direita no país que
culminou, em 2019, com a eleição de Jair Bolsonaro à presidência e de ataque às minorias
étnicas e retrocessos às garantias já conquistadas pelos originários. Em razão do cenário político
de instabilidade e da importância da discussão que ora se apresenta, eis que o reconhecimento
de um marco limite ao direito territorial indígena incide na própria existência dos originários,
para quem referido direito é corolário do próprio direito a vida; uma agenda de mobilizações
foi organizada pelo movimento indígena durante o ano de 2021, quando do início do
julgamento. Restou possível verificar, em meio aos eventos, a participação ativa e protagonismo
assumido pelas indígenas mulheres, entendido como essencial à incidência sociojurídico e
política pretendida pelos originários. O presente estudo investiga as insurgências de indígenas
mulheres país afora em defesa de suas territorialidades e os esforços de articulação das mesmas
no enfrentamento à proposta de reconhecimento do Marco Temporal, bem como os discursos
por elas assumidos na apropriação de teses jurídicas em uma perspectiva contra hegemônica. A
análise proposta enquadra o gênero como uma categoria importante para se pensar no debate
das questões indígenas de modo geral, porquanto as pautas trazidas pelas mulheres guardam
especificidades relevantes a serem apreciadas a fim de uma construção que permita o combate
às violências de forma equânime. Utiliza-se de uma metodologia de caráter qualitativo, através
de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Vale-se de um referencial teórico
multidisciplinar, perpassando por conceitos jurídicos e antropológicos amplos. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | A tese do Marco Temporal e o protagonismo indígena de mulheres : territorialidade em debate pelo Supremo Tribunal Federal | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Marco temporal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Territorialidade indígena | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mulheres indígenas | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The thesis of the Temporal Milestone, attempted especially by landowners and large rural
producers, defends a re-reading of Article 231 of the Federal Constitution, which defines that
indigenous people have permanent possession of the lands traditionally occupied by them. The
argument presented is that only territory that was occupied by the original peoples on October
5, 1988, when the Brazilian Constitution was promulgated, or that has been the object of renitent
squatting, can be considered to be under indigenous usufruct. On the occasion of an appeal filed
by the National Indian Foundation in a case involving a conflict between the Xokleng people
and the Environmental Institute of Santa Catarina, the debate reached the Federal Supreme
Court, guardian of the Constitution, which is now responsible for examining this thesis. This
trial takes place in the context of the rise of the extreme right in the country, which culminated
in 2019 with the election of Jair Bolsonaro as president and the attack on ethnic minorities and
setbacks to the guarantees already won by native people. Due to the political scenario of
instability and the importance of the discussion presented here, since the recognition of a
landmark limit to the indigenous territorial right affects the very existence of the natives, for
whom this right is a corollary of the right to life itself, an agenda of mobilizations was organized
by the indigenous movement during the year 2021, when the trial began. It was possible to
verify, in the midst of the events, the active participation and protagonism assumed by the
indigenous women, understood as essential to the socio-legal and political impact intended by
the natives. The present study investigates the insurgencies of indigenous women throughout
the country in defense of their territoriality and their articulation efforts in confronting the
proposed recognition of the Temporal Milestone, as well as the discourses assumed by them in
the appropriation of legal theses from a counter-hegemonic perspective. The proposed analysis
frames gender as an important category to think about in the debate on indigenous issues in
general, since the agendas brought by women have relevant specificities to be appreciated in
order to build a construction that allows the fight against violence in an equitable way. A
qualitative methodology is used, through bibliographic, documental, and field research. It
makes use of a multidisciplinary theoretical reference, going through broad legal and
anthropological concepts. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | La tesis del Marco Temporal, intentada especialmente por terratenientes y grandes productores
rurales, defiende una relectura del artículo 231 de la Constitución Federal, que define que los
indígenas tienen la posesión permanente de las tierras que tradicionalmente ocupan. El
argumento presentado es que sólo el territorio ocupado por los pueblos originarios el 5 de
octubre de 1988, cuando se promulgó la Constitución, o que fue objeto de un despojo renitente,
podría considerarse bajo usufructo indígena. Con motivo de un recurso presentado por la
Fundación Nacional del Indio en un caso de conflicto entre el pueblo Xokleng y el Instituto de
Medio Ambiente de Santa Catarina, este debate llegó al Supremo Tribunal Federal, guardián
de la Constitución, que se encarga ahora de examinar esta tesis. Este juicio se da en el contexto
del ascenso de una ultraderecha en el país, que culminó, en 2019, con la elección de Jair
Bolsonaro como presidente y el ataque a las minorías étnicas y los retrocesos en las garantías
ya conquistadas por los pueblos originarios. Debido al escenario político de inestabilidad y a la
importancia de la discusión que aquí se presenta, dado que el reconocimiento de un límite
histórico al derecho territorial indígena afecta la existencia misma de los pueblos indígenas,
para quienes ese derecho es un corolario del derecho a la vida misma; se organizó una agenda
de movilizaciones por parte del movimiento indígena durante el año 2021, cuando se inició el
juicio. Se pudo comprobar, en medio de los acontecimientos, la participación activa y el
protagonismo asumido por las mujeres indígenas, entendido como esencial para el impacto
socio-jurídico y político que pretenden los indígenas. El presente estudio investiga las
insurgencias de las mujeres indígenas en todo el país en defensa de su territorialidad y sus
esfuerzos de articulación frente a la propuesta de reconocimiento del Marco Temporal, así como
los discursos asumidos por ellas en la apropiación de las tesis jurídicas desde una perspectiva
contrahegemónica. El análisis propuesto enmarca al género como una categoría importante para
pensar en el debate de la problemática indígena en general, ya que las agendas traídas por las
mujeres tienen especificidades relevantes que deben ser apreciadas para construir una
construcción que permita el combate a la violencia de manera equitativa. Se utiliza una
metodología cualitativa, mediante investigación bibliográfica, documental y de campo. Utiliza
un marco teórico multidisciplinar, pasando por amplios conceptos jurídicos y antropológicos. | pt_BR |
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