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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/45241
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Title: A vulnerabilidade do homo/bissexual masculino negro ao HIV/AIDS : um retrato da realidade brasileira
Authors: Bezerra, Jorge Augusto Borges
metadata.dc.contributor.email: augustojbsocial@hotmail.com
Orientador(es):: Pereira, Lucélia Luiz
Assunto:: Determinação
HIV/AIDS
Homossexuais
Homens que fazem sexo com homens (HSH)
População negra
Vulnerabilidade
Issue Date: 1-Dec-2022
Citation: BEZERRA, Jorge Augusto Borges. A vulnerabilidade do homo/bissexual masculino negro ao HIV/AIDS: um retrato da realidade brasileira. 2022. 134 f., il. Dissertação (Mestrado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Abstract: O Brasil é referência mundial no enfrentamento ao HIV/aids, contudo nos últimos anos vem se identificando a retomada do aumento de casos em uma população específica, os homens que fazem sexo com homens (HSH). Desta forma a pesquisa analisa os fatores relacionados à vulnerabilidade dos HSH ao HIV, em especial o homem negro. Com base no método qualitativo, foi realizado analise documental e pesquisa bibliográfica, utilizando como fonte principal documentos de órgãos públicos e produzidos por pesquisadores em saúde e política pública de prevenção ao HIV/aids. A principal fonte de dados documentais foi o Ministério da Saúde por meio de suas produções e sites, em especial os boletins epidemiológicos dos últimos anos, bem como a plataforma on line de tabulação de dados sobre aids TabNetWin, com informações do período de 2010 a 2019. Realizou-se levantamento histórico da política de saúde brasileira (origem a realidade atual), identificando as concepções que permearam e permeiam o cenário brasileiro, e a compreensão do conceito de saúde (projeto médico-privatista x médicosocial). Realizado esse percurso, o trabalho apresenta como balizador epistêmico o conceito de determinação social acompanhado dos conceitos de desigualdade, equidade e vulnerabilidade em saúde. Após o apresentado, realiza-se a análise dos marcadores sociais que se relacionam à determinação social e vulnerabilidade em saúde do grupo tema de pesquisa. Assim identificou-se que historicamente a população masculina é a mais infectada pelo HIV/aids. A população negra é a mais atingida, representando, no período de 2007 a junho de 2021, 51,7% dos casos. Na população masculina, em quatro décadas de epidemia, a maior proporção quanto à categoria de exposição variou. No segundo decênio dos anos 2000 identifica-se a volta do aumento de casos entres HSH e a notória diminuição do Estado no enfrentamento a epidemia, em especial com as populações – chave. Salienta-se para ausência de informações (subnotificação), quanto a categoria de exposição, nos últimos 20 anos, representando cerca de 42% dos casos entre homens. Nesta mesma lógica de invisibilização identifica-se a ausência significativa de informações sobre raça/cor, pois 36,41% do total dos homens com aids não tiveram a cor identifica no período entre 2010 a 2019. Nesta parcela da população (HSH), identificou-se que 48,04% são brancos, 46,06% são negros. Quanto a escolaridade entre HSH, a maioria tem entre 09 e 11 anos de estudos (41,46%). Na população apresentada (HSH), quanto menor a quantidade de anos estudados maior a parcela da população negra. Entre os analfabetos os negros representam 76,76% dos HSH, e entre os universitários ou já graduados a população negra representa apenas 35,89%. No tocante a região de moradia, fazendo um recorte de raça/cor por região, o território Norte apresentou a maior parcela da população negra dos casos de aids em HSH, 76,41%, seguida pela região Nordeste, com 73,27% dos casos. Importante ressaltar que ambas as regiões citadas são as que menos apresentam resposta nas áreas de prevenção e atenção à saúde de pessoas com HIV/aids. Quanto a faixa etária dos casos de aids entre HSH a maioria se encontra entre 20 a 29 anos (39,91%). Contudo, entre os mais jovens nessa categoria, de 13 a 19 anos, os homens negros que fazem sexo com homens representam a maioria 52,10%.Desta forma, identificou-se uma vulnerabilidade especifica dos homo/bissexuais masculinos negros ao HIV/aids relacionada ao racismo, homofobia, e comumente a classe social que ocupam, estando sobre esse sujeito concomitantemente marcadores de opressão que interferem negativamente em sua condição de saúde.
Abstract: Brazil is a world reference in the fight against HIV/AIDS, however, in recent years it has been identified the resumption of the increase of cases in a specific population, men who have sex with men (MSM). Thus, the research analyzes the factors related to the vulnerability of MSM to HIV, especially black men. Based on the qualitative method, we carried out documentary analysis and bibliographic research, using as main source documents from public agencies and produced by researchers in health and public policy for the prevention of HIV / AIDS. The main source of documental data was the Ministry of Health through its productions and websites, especially the epidemiological bulletins of the last years, as well as the on line platform of data tabulation on aids TabNetWin. A historical survey of the Brazilian health policy was carried out (origin to current reality), identifying the conceptions that have permeated the Brazilian scenario, and the understanding of the concept of health (medical-privatist x medical-social project). After this course, the work presents as an epistemic marker the concept of social determination accompanied by the concepts of inequality, equity, and vulnerability in health. After this presentation, an analysis of the social markers related to social determination and health vulnerability of the research subject group is carried out. Thus, it was identified that historically the male population is the most infected by HIV/AIDS. The black population is the most affected, representing 51.7% of the cases between 2007 and June 2021. In the male population, in four decades of the epidemic, the highest proportion regarding the exposure category has varied. In the second decade of the 2000s, we can identify the return of the increase of cases among MSM. The absence of information (underreporting), regarding the category of exposure, in the last 20 years, representing about 42% of the cases among men. In this same logic of invisibilization, the significant absence of information on race/color is identified, since 36.41% of all men with AIDS did not have their color identified in the period between 2010 and 2019. In this portion of the population (MSM), it was identified that 48.04% are white, 46.06% are black. As for schooling among MSM, most have between 09 and 11 years of education (41.46%). In the population presented (MSM), the lower the number of years studied, the greater the share of the black population. Among the illiterate, blacks represent 76.76% of the MSM, and among the university students or graduates, the black population represents only 35.89%. Regarding the region where they live, making a clipping of race/color by region, the Northern territory presented the largest portion of the black population in the cases of AIDS in MSM, 76.41%, followed by the Northeastern region, with 73.27% of the cases. It is important to emphasize that both regions mentioned above are the least responsive in the areas of prevention and health care for people with HIV/AIDS. As for the age of AIDS cases among MSM, most of them are between 20 and 29 years old (39.91%). However, among the youngest in this category, from 13 to 19 years old, black men who have sex with men represent the majority 52.10%.Thus, we identified a specific vulnerability of black male homo/bisexuals to HIV/AIDS related to racism, homophobia, and commonly the social class they occupy, being on this subject concomitant markers of oppression that interfere negatively in their health status.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Description: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Política Social
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