http://repositorio.unb.br/handle/10482/44927
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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2022_BárbaraNovaesMedeiros.pdf | 2,81 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título : | Faces do silêncio e o ecoar nas existências trans no contexto sócio-organizacional |
Autor : | Medeiros, Bárbara Novaes |
metadata.dc.contributor.email: | barbaranovaesmedeiros@hotmail.com |
Orientador(es):: | Siqueira, Marcus Vinicius Soares |
Assunto:: | Pessoas trans Pessoas trans - aspectos sociais Transfobia Análise do discurso |
Fecha de publicación : | 27-oct-2022 |
Data de defesa:: | 9-ago-2022 |
Citación : | MEDEIROS, Bárbara Novaes. Faces do silêncio e o ecoar nas existências trans no contexto sócio-organizacional. 2022. 309 f., il. Tese (Doutorado em Administração) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumen : | Silêncios e transfobias se apresentam em faces que ecoam nas pessoas trans – travestis, transexuais e transgêneros – com efeitos diversos no contexto sócio-organizacional, hostil e pouco inclusivo. Entretanto, é intrigante saber que há carência de estudos e de pesquisadores que se debruçam sobre a temática. A partir dessa lacuna, o presente trabalho teve como objetivo analisar as faces do silêncio que ecoam nas existências trans no contexto sócio-organizacional e como as pessoas trans reagem a fim de combater desafios, impasses e possíveis transfobias. De modo a ampliar o escopo da pesquisa e desmembrá-lo em práticas pontuais, especificamente, delinearam-se os seguintes objetivos específicos: 1) analisar as construções discursivas de pessoas trans, a fim de identificar indícios de silêncios e transfobias vivenciadas no contexto social, hétero-cis-normativo, a partir dos padrões de gênero, sexualidade e corporalidade; 2) analisar as construções discursivas de pessoas trans, a fim de identificar indícios de silêncios e transfobias vivenciadas no contexto das instituições Família, Escola, Igreja e Estado; 3) analisar políticas e práticas organizacionais que visam normalizar e organizar comportamentos do trabalhador, a partir do enunciado de pessoas trans, a fim de identificar indícios de silêncios e transfobias; 4) analisar o enunciado de pessoas trans acerca da diversidade, tendo em vista a responsabilidade social das organizações, a fim de identificar indícios de silêncios e transfobias; e 5) apreender como pessoas trans apropriam-se do silêncio, (re)existem, resistem e revigoram-se no contexto sócio-organizacional, a fim de combater desafios, impasses e possíveis atos transfóbicos. Como operacionalização da pesquisa, foram realizadas 23 entrevistas semiestruturadas em profundidade, analisadas sob pressupostos da análise do discurso de Foucault, ao desfazer o olhar funcional que normatiza comportamentos e condutas nas organizações, além de produzir verdades sobre perspectivas excludentes. Os resultados da pesquisa indicam que há indícios de silêncios e transfobias vivenciadas por pessoas trans que, no contexto social, hétero-cis-normativo, sob influência das instituições Família, Escola, Igreja e Estado, moldam, por meio de dispositivos de poder e saber, os padrões de gênero, sexualidade e corporalidade a serem seguidos e, no contexto organizacional, atuam a partir de políticas e práticas organizacionais que silenciam as pessoas trans no trabalho ao negar a diferença, não valorizando as suas existências. Com isso, as práticas da diversidade nas organizações nem sempre ocorrem de modo incrustado à responsabilidade social, devido à instrumentalização do seu cunho social. Considerando as barreiras que são impostas e que impedem o reconhecimento das pessoas trans no contexto sócio-organizacional, o silêncio representou, para elas, possibilidade para (re)existir, resistir e revigorar-se nesse contexto a fim de combater desafios. A passagem do silêncio para a voz é também aliada nessa luta por novas agendas sócio-organizacionais. Desse modo, esta pesquisa contribuiu para questões práticas, sociais, culturais, acadêmicas e metodológicas ganharem novas traduções na contemporaneidade. Abrem-se novos caminhos para quebrar o ciclo de invisibilidade e silêncio em torno das pessoas trans. |
Abstract: | Silences and transphobias appear in faces that echo on trans people – cross-dressers, transsexuals and transgender people – with different effects in the hostile and not very inclusive socio-organizational context. However, it is intriguing to know that there is a lack of studies and researchers that focus on the subject. Based on this gap, the present work aimed to analyze the faces of silence that echo over trans existences in the socio-organizational context and how they react in order to combat challenges, impasses and possible transphobias. In order to broaden the scope of the research and break it down into specific practices, specifically, the following specific objectives were outlined: 1) to analyze the discursive constructions of trans people in order to identify signs of silence and transphobia experienced in the social, heterocis-normative context, from the standards of gender, sexuality and corporeality; 2) to analyze the discursive constructions of trans people in order to identify signs of silence and transphobia experienced in the context of the institutions of the Family, School, Church and State; 3) to analyze organizational policies and practices that aim to normalize and organize worker behaviors, based on the statements of trans people, in order to identify signs of silence and transphobia; 4) to analyze the statements of trans people about diversity in view of the social responsibility of organizations, in order to identify signs of silence and transphobia; 5) to apprehend how trans people appropriate silence, (re)exist, resist and reinvigorate themselves in the socio-organizational context, in order to combat challenges, impasses and possible transphobic acts. As the operationalization of the research, 23 in-depth semi-structured interviews were carried out, analyzed based on the assumptions of Foucault's discourse analysis, by undoing the functional view that regulates behavior and conduct in organizations, in addition to producing truths about excluding perspectives. The research results indicate that there are signs of silences and transphobias experienced by trans people in the social, heterocis-normative context, under the influence of Family, School, Church and State institutions, which shape, through devices of power and knowledge, the standards of gender, sexuality and corporeality to be followed; and, in the organizational context, they act from organizational policies and practices that silence trans people at work by denying the difference and not valuing their existence. Thus, the practices of diversity in organizations do not always occur in a way that is embedded in social responsibility, due to the instrumentalization of its social nature. Considering the barriers that are imposed and that prevent the recognition of trans people in the socio-organizational context, silence represented for them the possibility to (re)exist, resist and reinvigorate themselves in this context in order to combat challenges. The passage from silence to voice is also an ally in this struggle for new socio-organizational agendas. In this way, this research contributed to practical, social, cultural, academic and methodological issues gaining new translations in contemporary times. New ways are opened to break the cycle of invisibility and silence around trans people. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE) Departamento de Administração (FACE ADM) |
Descripción : | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Gestão Pública, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2022. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Administração |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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