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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/44451
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Title: O depósito de Au-Ag-barita Zacarias, Orógeno Brasília, Brasil Central : mineralização vulcanogênica Toniana associada ao Arco Magmático Goiás
Authors: James, Meyre Jéssica
metadata.dc.contributor.email: meyrejames@gmail.com
Orientador(es):: Oliveira, Claudinei Gouveia de
Assunto:: Neoproterozoico
Arco Magmático Goiás
Orógeno Brasília
Issue Date: 8-Aug-2022
Citation: JAMES, Meyre Jéssica. O depósito de Au-Ag-barita Zacarias, Orógeno Brasília, Brasil Central: mineralização vulcanogênica Toniana associada ao Arco Magmático Goiás. 2022. 78 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Abstract: O depósito de Au-Ag-barita Zacarias (com reserva total em 650.000 t a 4,4 g/t Au, 48 g/t Ag e 10% de barita) é definido por mineralização de sulfetos vulcanogênica rica em ouro (Au-VMS) hospedada em rochas neoproterozoicas da sequência meta-vulcanossedimentar Mara Rosa, Arco Magmático Goiás, Brasil Central. Esse depósito faz parte de um importante orógeno acrescionário com evolução tectônica entre ca. 900 e 600 Ma durante a orogenia Brasiliana-Pan Africana. Neste trabalho, apresentamos um quadro detalhado da geologia do depósito bem como informações da química mineral de filossilicatos e da geoquímica isotópica de enxofre, além da geocronologia U-P em zircão. O depósito de Au-Ag-barita Zacarias possui geometria lenticular concordante com encaixantes representadas por anfibolitos, metavulcânicas félsicas, gnaisses tonalíticos, gonditos e pegmatitos. A zona mineralizada é caracterizada por lentes de barita quartzito e barita-muscovita quartzito com sulfetos disseminados representados por pirita, esfalerita, calcopirita e galena. Texturas identificadas nos sulfetos são caracterizadas por recristalização/annealing, incluindo crescimento dos grãos de cristais euédricos, formadas em resposta aos processos deformacionais dúcteis-rúpteis no metamorfismo regional. Apesar do depósito ter sofrido intensa deformação e metamorfismo de fácies anfibolito, sobreposto do retrometamorfismo de fácies xisto verde, foram definidas as seguintes assembleias de alteração: (i) quartzo-biotita com a presença de pirita disseminada; (ii) cianita-muscovita-flogopitaquartzo com pirita ± calcopirita disseminada; (iii) clorita-flogopita-quartzo com pirita ± calcopirita disseminada e agregados (blebs) de pirita; (iv) flogopita-clorita-quartzo com gahnita +pirita ± calcopirita-pirrotita-esfalerita disseminadas. Nesse contexto, essas assembleias foram interpretadas como produtos de alteração hidrotermal ricos em Al2O3 e MgO, similares a alterações sinvulcânicas fílica-clorítica e, possivelmente, argílica. Os dados de U-Pb LA-ICPMS em zircão fornecem idade de 908,3±7,4 para metavulcânica félsica (granada-biotita gnaisse de granulação fina), sugerindo que a mineralização está associada ao magmatismo Toniano do estágio Intra-Oceânico do Arco Magmático Goiás. Zircões obtidos em amostra de intrusiva félsica (quartzo-diorito gnaisse) no depósito apresentou idade de cristalização de 634,2 ± 5,4 Ma. Esta idade é associada aos últimos eventos deformacionais e metamórficos ocorridos no Orógeno Brasília. Além da presença de barita, informações da química das micas do depósito Zacarias exibem concentrações elevadas de bário em muscovita (5,75-6,96 % BaO) e flogopita (2,20-3,36 % BaO), comuns em ambientes hidrotermais de assoalho oceânico. As composições isotópicas de enxofre (δ34S) da pirita em barita quartzito (2,8-3,3‰) e barita-muscovita quartzito (4,4-7,2‰) são consistentes com enxofre derivados da redução termoquímica do sulfato (RST) e lixiviados de rochas magmáticas e/ou fluidos magmático-hidrotermal. Ao combinar esses novos dados com estudos anteriores, propomos que a mineralização do depósito Zacarias provavelmente ocorreu durante o período extensional nos estágios iniciais de sinsubducção que formou o Sistema Arco Intra-Oceânico Mara Rosa, parte do Arco magmático Goiás. O depósito de Au-Ag-barita Zacarias passou por processos de deformação e metamorfismo similares a vários depósitos VMS mundiais. Nesse sentido, os resultados apresentados aqui são relevantes não apenas para o depósito Au-Ag-barita Zacarias, mas também para outros depósitos Au-VMS globalmente.
Abstract: The Zacarias Au-Ag-barite deposit (with total reserve of 650,000 t at 4.4 g/t Au, 48 g/t Ag and 10% barite) is gold-rich volcanogenic sulfide mineralization (Au-VMS) hosted in Neoproterozoic rocks of the Mara Rosa metavolcano-sedimentary sequence, Goiás Magmatic Arc, central Brazil. This arc is part of Brasília accretionary Orogen, with a tectonic evolution between ca. 900 and 600 Ma during the Brasiliano Orogeny. In this study, we combine mineral chemistry, zircon U-Pb geochronology, and sulfur isotopes geochemistry to constraints the nature and evolution of the Zacarias deposit. The Zacarias Au-Ag-barite deposit has a lenticular geometry, concordant with the country rocksrepresented by amphibolites, felsic metavolcanics, tonalitic gneisses, gondites, and pegmatites. The orebodies comprise barite-quartzite and baritemuscovite quartzite lenses with fine-grained sulfides disseminations (pyrite, sphalerite, chalcopyrite, and galena). The sulfides textures are results of recrystallization/annealing, including increase in grain size growth of euhedral crystals, probably formed in response to ductile-brittle deformation processes associated with regional metamorphism. Despite deformation and metamorphism under amphibolite and superimposed by greenschist facies, the following hydrothermal assemblages are identified in the deposit: (i) quartz-biotite assemblage with disseminated pyrite, (ii) kyanite-muscovite-phlogopite-quartz with disseminated pyrite ± chalcopyrite, (iii) chlorite-phlogopite-quartz with disseminated pyrite ± chalcopyrite and blebs of pyrite, and (iv) garnet-phlogopite-chlorite-quartz with disseminated pyrite ± chalcopyritepyrrhotite-sphalerite. In this context, these mineral assemblages are interpreted as Al2O3 and MgO-rich hydrothermal alterations, analogous to the phyllic-chloritic and, possibly argillic, in synvolcanic alterations. Zircons from a felsic metavolcanic rock (fine-grained garnet-biotite gneiss) yielded a U–Pb crystallization age of 908.3±7.4 Ma, suggesting that mineralization is associated with the Tonian Intra-Oceanic Arc magmatism. A felsic intrusive rock (quartzdiorite gneiss) yielded a crystallization age of 634.2 ± 5.4 Ma, associated with the last deformational and metamorphic events that took place in the Brasília Orogen. In addition to barite, mineral chemistry analyses of micas reveal significant concentrations of barium in muscovite (5.75-6.96 wt.% BaO) and phlogopite (2.20-3.36 wt.% BaO), common in seafloor hydrothermal environments. The δ34S sulfur isotopic compositions of pyrite from barite quartzite (2.8-3.3‰) and barite-muscovite quartzite (4.4-7.2‰) are consistent with sulfur derived from thermochemical sulfate reduction (TSR) and sulfur leached from igneous wall rock and/or derived from magmatic-hydrothermal fluids. By combining these new insights with those of previous studies, we propose that the Au-Ag-barite Zacarias deposit mineralization developed during the extensional period in the initial stages of syn-subduction (possible forearc basin) that formed the Mara Rosa Intra-Oceanic Arc System, Goiás Magmatic Arc. The Zacarias Au-Ag-barite deposit underwent deformation and metamorphism processes similar to several VMS deposits worldwide. In this context, the results are not only relevant for the Zacarias Au-Ag-barite deposit but also other Au-VMS deposits globally.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Geociências (IG)
Description: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
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