Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bin, Daniel | - |
dc.contributor.author | Costa, Luiza Calvette | - |
dc.date.accessioned | 2022-07-14T21:59:09Z | - |
dc.date.available | 2022-07-14T21:59:09Z | - |
dc.date.issued | 2022-07-14 | - |
dc.date.submitted | 2022-04-29 | - |
dc.identifier.citation | COSTA, Luiza Calvette. O golpe (é) de Estado: o caso do golpe de 2019 na Bolívia. 2022. 160 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44266 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Estudos Latino-Americanos, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | No presente século, os golpes de Estado voltaram a fazer parte da estratégia das elites
latino-americanas e estadunidenses, a fim de tomar o controle do aparato estatal. Em
2019, a Bolívia presenciou um golpe de Estado contra o presidente eleito Evo Morales, e
apesar de este ser comumente abordado como um fenômeno externo à democracia
burguesa, entende-se nesse trabalho que o golpe se constitui enquanto um mecanismo
parte do Estado capitalista. Dito isso, a presente dissertação propõe demonstrar, através
da análise do caso do golpe de 2019 na Bolívia, o caráter burguês do Estado no
capitalismo, e compreender o golpe de Estado como um instrumento inerente à sua
estrutura para garantir a burguesia no centro do poder político, que toma a forma de
Estado de contrainsurgência, a fim de garantir o seu poder econômico. Para isso, utilizase das mediações teóricas de Estado capitalista ou Estado burguês – a partir da concepção
marxista, de Estado de contrainsurgência e do conceito de golpe de Estado. A partir
delas, construiu-se o problema que se pretende responder: é possível evidenciar o caráter
burguês do Estado ao estudar quais interesses de classe motivaram o golpe boliviano de
2019? Como, por meio de um processo de Estado de contrainsurgência, o golpe devolveu
o poder do Estado às frações que o controlavam? Ao longo desse trabalho, procurou-se
demonstrar aspectos da luta de classes em torno do poder do Estado boliviano, bem como
as distintas políticas empregadas a partir da direção desse Estado, tendo em vista a sua
estrutura burguesa e as estratégias de contrainsurgência utilizadas pela classe dominante.
Para isso, foi realizado, por meio de revisão bibliográfica, um breve apanhado da direção
e da política empreendida pelo Estado durante o século XX para, em seguida, traçar-se a
transição entre os governos neoliberais e o governo Plurinacional de Evo Morales.
Partindo do referencial teórico apresentado, foi possível identificar limites da participação
da classe trabalhadora boliviana no seio do Estado capitalista, assim como identificar
espaços intocados da burguesia durante os governos do Movimento ao Socialismo, em
um antagonismo entre a populações indígena, campesina e trabalhadora e os setores
burgueses concentrados na região da media-luna, com foco no departamento de Santa
Cruz. Por fim, trouxe-se o caminho construído de desestabilização do governo Morales
até a consolidação do golpe em 2019, com a sua renúncia. Com isso, notou-se com certa
clareza que o aparato do Estado tem como função garantir a reprodução do capital e a sua
acumulação e que a própria estrutura do Estado agiu para o golpe em uma estratégia
contrainsurgente de aniquilação do inimigo, respondendo aos interesses da classe
dominante. Foi constatado, dessa forma, que o golpe é de Estado porque o próprio Estado
o articula para garantir o seu caráter burguês e especificamente, para recuperar a
reprodução ampliada do capital através do poder político, utilizando-se para tanto de todo
o aparato disponível e dos elementos da superestrutura que, junto a ele, sustenta a
acumulação capitalista. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O golpe (é) de Estado : o caso do golpe de 2019 na Bolívia | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Golpes de Estado | pt_BR |
dc.subject.keyword | Estado de Contrainsurgência | pt_BR |
dc.subject.keyword | Golpe de 2019 | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bolívia | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | In the present century, coups d'état have returned to form part of the strategy of Latin
American and US elites, in order to take control of the State apparatus. In 2019, Bolivia
witnessed a coup d'état against the elected president Evo Morales, and although this is
commonly addressed as a phenomenon external to bourgeois democracy, we understand
that the coup is constituted as a mechanism part of the capitalist State. Thus, the present
dissertation aims to demonstrate, through the analysis of the case of the 2019 coup in
Bolivia, the bourgeois character of the State in capitalism, and to understand the coup
d'état as an instrument inherent to its structure to guarantee the bourgeoisie at the center
of power. political, which takes the form of a counterinsurgency state in this process, in
order to guarantee its economic power. For this, it uses the theoretical mediations of the
capitalist State or the bourgeois State – from the Marxist conception of the State of
counterinsurgency and the concept of a coup d'état. From these, the problem that we
intend to answer was constructed: is it possible to evidence the bourgeois character of the
State by studying which class interests motivated the 2019 Bolivian coup? How, through
a counterinsurgency state process, did the coup return state power to the fractions that
controlled it? Throughout this work, we sought to demonstrate aspects of the class
struggle over the power of the Bolivian State, as well as the different policies employed
by the direction of this State, in view of its bourgeois structure and the counterinsurgency
strategies used by the class. dominant. For this, a brief overview of the direction and
policy undertaken by the State during the 20th century was carried out, through a
bibliographic review, to then trace the transition between neoliberal governments and the
Plurinational government of Evo Morales. Based on the theoretical framework presented,
it was possible to identify limits to the participation of the Bolivian working class within
the capitalist State, as well as identify untouched spaces of the bourgeoisie during the
governments of the Movement to Socialism, in an antagonism between the indigenous,
peasant and working populations and the bourgeois sectors concentrated in the medialuna region, with a focus on the department of Santa Cruz. Finally, the path built from
the destabilization of the Morales government to the consolidation of the coup in 2019,
with his resignation, was brought up. With this, it was noted with some clarity that the
State apparatus has the function of guaranteeing the reproduction of capital and its
accumulation and that the State structure itself acted for the coup in a counterinsurgent
strategy of annihilation of the enemy, responding to the interests of the ruling class. It
was found, therefore, that the coup is d'état because the State itself articulates it to
guarantee its bourgeois character and specifically, to recover the expanded reproduction
of capital through political power, making use of all its available apparatus and the
elements of the superstructure that, together with it, sustains capitalist accumulation. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | En el presente siglo, los golpes de Estado han vuelto a formar parte de la estrategia de las
élites latinoamericanas y estadounidenses, para tomar el control del aparato estatal. En
2019, Bolivia fue testigo de un golpe de Estado contra el presidente electo Evo Morales,
y a pesar de ser comúnmente abordado como un fenómeno externo a la democracia
burguesa, se entiende en este trabajo que el golpe se constituye como un mecanismo parte
del Estado capitalista. Dicho esto, la presente disertación se propone demostrar, a través
del análisis del caso del golpe de Estado de 2019 en Bolivia, el carácter burgués del Estado
en el capitalismo, y comprender el golpe de Estado como un instrumento inherente a su
estructura para garantizar la burguesía en el centro del poder político, que toma la forma
de un Estado de contrainsurgencia, con el fin de garantizar su poder económico. Para ello,
utiliza las mediaciones teóricas del Estado capitalista o Estado burgués – desde la
concepción marxista, el Estado de contrainsurgencia y el concepto de golpe de Estado.
Tales mediaciones conducen a la construcción del problema que se pretende responder:
¿es posible resaltar el carácter burgués del Estado al estudiar qué intereses de clase
motivaron el golpe de estado boliviano de 2019? ¿Cómo, a través de un proceso Estado
de contrainsurgencia, el golpe devolvió el poder del Estado a las fracciones que lo
controlaban? A lo largo de este trabajo se buscó evidenciar aspectos de la lucha de clases
por el poder del Estado boliviano, así como las diferentes políticas empleadas por la
dirección de este Estado, dada su estructura burguesa y las estrategias de
contrainsurgencia empleadas por la clase dominante. Para ello, se realizó, a través de
revisión bibliográfica, un breve recorrido por la dirección y política emprendida por el
Estado durante el siglo XX, para luego rastrear la transición entre los gobiernos
neoliberales y el gobierno Plurinacional de Evo Morales. A partir del marco teórico
presentado, fue posible identificar límites a la participación de la clase obrera boliviana
dentro del Estado capitalista, así como identificar espacios vírgenes de la burguesía
durante los gobiernos del Movimiento al Socialismo, en un antagonismo entre la
población indígena, campesina y trabajadora y los sectores burgueses concentrados en la
región de la media luna, con foco en el departamento de Santa Cruz. Finalmente, se
planteó el camino construido desde la desestabilización del gobierno de Morales hasta la
consolidación del golpe de Estado en 2019, con su renuncia. Con ello, se notó con cierta
claridad que el aparato estatal tiene la función de garantizar la reproducción del capital y
su acumulación y que la propia estructura estatal actuó para el golpe en una estrategia
contrainsurgente de aniquilamiento del enemigo, respondiendo a los intereses de la clase
dominante. Se encontró, de esta manera, que el golpe es un golpe de estado porque el
propio Estado lo articula para garantizar su carácter burgués y específicamente, para
recuperar la reproducción ampliada del capital a través del poder político, utilizándose de
todo aparato disponible y de los elementos de la superestructura que, junto con ella,
sustenta la acumulación capitalista. | pt_BR |
dc.contributor.email | luizacalvee@hotmail.com | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|