Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Costa, Liana Fortunato | - |
dc.contributor.author | Said, Amanda Pinheiro | - |
dc.date.accessioned | 2022-03-19T00:05:49Z | - |
dc.date.available | 2022-03-19T00:05:49Z | - |
dc.date.issued | 2022-03-18 | - |
dc.date.submitted | 2021-12-14 | - |
dc.identifier.citation | SAID, Amanda Pinheiro. Polivitimização de meninos abusados sexualmente: vítimas, familiares e profissionais. 2021. 300 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43097 | - |
dc.description | Tese (doutorado ) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | A polivitimização é um conceito cunhado por um grupo de autores estadunidenses no
início dos anos 2000 e refere-se ao fenômeno em que a mesma pessoa é vítima de mais
de um tipo de violência. Quase 20 anos depois, ainda é um termo pouco pesquisado no
Brasil, embora nosso país seja marcado historicamente por polivitimizações. Há estudos
que apontam que os meninos tendem a ser mais polivítimas que as meninas e que fatores
históricos, sociais e contextuais, como o padrão de masculinidade hegemônica, colocam
os meninos em situação de maior risco e desamparo. Para eles, o tempo entre a
ocorrência de um episódio de violência e a sua revelação pode durar anos, ou mesmo
não ocorrer. No Brasil, também a partir dos anos 2000, ocorreram avanços importantes
no que diz respeito ao Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes,
merecendo destaque a Lei nº 13.431/2017, que dispõe sobre o depoimento especial e a
escuta especializada. A partir de um referencial epistemológico sistêmico novo paradigmático, com seus pressupostos da complexidade, instabilidade e
intersubjetividade, e da teoria sistêmica, o objetivo desta tese é compreender o fenômeno
polivitimização de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual do gênero masculino
na perspectiva das polivítimas, de seus familiares e de profissionais. Para isso, em uma
proposta qualitativa multimétodos, que adota a ferramenta de análise temática reflexiva
de Braun e Clarke como principal eixo metodológico, assumindo ainda premissas de
perspectivas metodológicas como a pesquisa-ação e a proposta qualitativa de González Rey, as e os participantes foram divididos em três grupos. O Grupo 1 contou com a
participação de três meninos polivitimizados, o Grupo 2 com três mães de meninos
vítimas de violência sexual e o Grupo 3 com 21 profissionais das seguintes áreas de
atuação: Assistência Social, Educação, Justiça, Ministério Público, Saúde, Segurança
Pública e Sociedade Civil. As e os 27 participantes foram entrevistados e, devido ao
cenário da pandemia de Covid-19, 14 entrevistas ocorreram em formato on-line. O
conteúdo de todas as transcrições foi analisado seguindo as seis etapas da proposta da
análise temática reflexiva, que prevê um processo fluido e com protagonismo da
subjetividade da pesquisadora, além de priorizar a ideia de construção. As seis etapas
são: familiarização, codificação, construção de temas iniciais, redefinição e refinamento
de temas, revisão e nomeação de subtemas, e revisão dos temas e produção do relato.
Para o Grupo 1, construímos seis temas e 12 subtemas, seis temas e oito subtemas para o
Grupo 2, e para o Grupo 3, 14 temas e 30 subtemas. Observamos que o não
reconhecimento da polivitimização ocorreu para os três grupos de participantes, cada um
com suas especificidades, nos sinalizando para a importância de serem investidos
esforços contínuos e coletivos para uma mudança paradigmática que passe a ver e a
nomear as ocorrências de diferentes tipos de violência, antes mesmo de se pensar e
planejar intervenções às polivítimas do gênero masculino. Defendemos que às
polivítimas sejam buscadas formas de proporcionar saúde e bem-estar e que a família
seja sempre incluída no cenário de ação para polivitimização, seja porque ela também
tem histórico de (poli)vitimizações, porque são ofensores(as), ou ainda pela necessidade
de oferecerem suporte sem reproduzir estereótipos, como o de que meninos são mais
independentes e não sofrem violências sexuais. Defendemos ainda o fortalecimento da
rede social, por meio do oferecimento de capacitações continuadas aos profissionais,
para que as instituições consigam cumprir seu papel de orientação, suporte e apoio.
Sugerimos a realização de outras pesquisas em outras cidades e estados para ampliar a
compreensão sobre o fenômeno de forma ainda mais ampla e contextualizada no Brasil. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Polivitimização de meninos abusados sexualmente : vítimas, familiares e profissionais | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Polivitimização | pt_BR |
dc.subject.keyword | Polivítimas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Vítimas de violência sexual | pt_BR |
dc.subject.keyword | Abuso sexual - família | pt_BR |
dc.subject.keyword | Abuso sexual infantil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Violência sexual infantil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Abuso sexual - meninos | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Polyvictimization is a concept coined by a group of American authors in the early 2000s
and it refers to the phenomenon in which the same person is a victim of more than one
type of violence. Almost 20 years later, research in this area in Brazil is still lacking,
although our country is historically marked by polyvictimization. There are studies that
show that boys tend to be more polyvictims than girls and that historical, social and
contextual factors, such as the pattern of hegemonic masculinity, place them at greater
risk. For male polyvictims, the time between the occurrence of an episode of violence
and its disclosure can take years, or even not occur. In Brazil, also from the 2000s
onwards, important advances were made with regard to the System for Guaranteeing the
Rights of Children and Adolescents. More recently, Law nº 13.431/2017 is noteworthy.
From a systemic-new paradigmatic epistemological framework, with its assumptions of
complexity, instability and intersubjectivity, and from the systemic theory, the objective
of this dissertation is to understand the phenomenon of polyvictimization of male
children and adolescents, from the perspective of polyvictims, family members and
professionals. To do so, this research used a qualitative multimethod proposal, adopting
the reflexive thematic analysis tool by Braun and Clarke as the main methodological
axis, also assuming premises of methodological perspectives such as action research and
the qualitative proposal of González-Rey. The participants were divided into three
groups: three polyvictimized boys (Group 1), three mothers of boys who were victims of
sexual violence (Group 2) and 21 professionals from the following areas: Social
Assistance, Education, Justice, Public Ministry, Health, Public Security and Civil
Society (Group 3). The 27 participants were interviewed and, due to the Covid-19
pandemic scenario, 14 interviews were made online. The content of all transcripts was
analyzed following the six steps of the reflexive thematic analysis proposal, which
foresees a fluid process, with a leading role in the researcher's subjectivity and an
emphasis on the idea of knowledge construction. The six steps are: familiarization,
coding, generating potential themes, reviewing themes, defining and naming subthemes,
and reviewing and producing the report. For Group 1, we developed 6 themes and 12
subthemes, 6 themes and 8 subthemes for Group 2, and for Group 3, 14 themes and 30
subthemes. We observed that the non-recognition of polyvictimization occurred for the
three groups of participants, which signals the importance of investing continuous and
collective efforts for a paradigmatic shift that starts to see and name the occurrences of
different types of violence, even before thinking about and planning interventions for
male polyvictims. We expect that efforts are invested to provide health and well-being to
polyvictims and that the family is always included, either because they also have a
history of (poly)victimization, because they are offenders, or because of their need to
offer support without reproducing stereotypes, such as that boys are more independent
and do not suffer sexual violence. We also defend the strengthening of the social
network, by offering continuous training to professionals, so that institutions can fulfill
their role of offering guidance and support. We suggest carrying out further research in
other cities to broaden the understanding of the phenomenon in an even broader context
in Brazil. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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