http://repositorio.unb.br/handle/10482/41667
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2021_DanielleAranhaFarias.pdf | 1,57 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Sustentabilidade de intervenções em saúde na América Latina : o caso do Programa Famílias Fortes no Brasil |
Autor(es): | Farias, Danielle Aranha |
E-mail do autor: | daniellearanhaf@gmail.com |
Orientador(es): | Murta, Sheila Giardini |
Assunto: | Sustentabilidade América Latina Programa Famílias Fortes Programas baseados em evidência |
Data de publicação: | 13-Ago-2021 |
Data de defesa: | 12-Mar-2021 |
Referência: | FARIAS, Danielle Aranha. Sustentabilidade de intervenções em saúde na América Latina: o caso do Programa Famílias Fortes no Brasil. 2021. 161 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | A sustentabilidade é o uso contínuo de componentes de um programa e suas atividades visando resultados benéficos para a população. Esta dissertação de mestrado examinou os mecanismos que contribuem ou prejudicam a sustentabilidade de intervenções em saúde pública na América Latina e, em particular, do Programa Famílias Fortes no Brasil. Realizou- se dois estudos sobre o tema. O primeiro consistiu em uma revisão integrativa que analisou os fatores facilitadores e inibidores da sustentabilidade de intervenções de saúde pública em países da América Latina e Caribe. A revisão incluiu 29 artigos científicos de intervenções em países latino-americanos publicados entre os anos 2000 e 2018 em periódicos de língua inglesa, portuguesa e espanhola. Os achados desta revisão indicaram que os fatores que contribuem para a sustentabilidade de intervenções em saúde pública nos países latino- americanos são as parcerias, a comunicação, o suporte político, os impactos na saúde pública, a avaliação, a capacidade organizacional e o planejamento estratégico. Por outro lado, os fatores que dificultam a sustentabilidade são a instabilidade financeira, a falta de suporte político e a ineficaz capacidade organizacional. O segundo estudo investigou mecanismos que viabilizam ou impedem a sustentabilidade do Programa Famílias Fortes (PFF), adaptação brasileira de um programa estadunidense de habilidades parentais e habilidades sociais para pais e adolescentes (10 a 14 anos) com vistas à prevenção do abuso de drogas. Adotou-se um delineamento descritivo, do qual participaram sete gestores responsáveis pela gestão do PFF nos estados de Acre, Distrito Federal, Pernambuco, Ceará e Paraná, que responderam a um questionário online. Destes sete participantes, dois responderam também a uma entrevista narrativa aplicada remotamente. Os dados foram analisados por meio de análise temática dedutiva, com base nas categorias estabilidade de fundo, impactos em saúde pública, suporte político, parcerias, comunicação, capacidade organizacional, adaptação do programa, avaliação do programa e planejamento estratégico. Os resultados apontaram que em todos os estados a implementação do PFF foi descontinuada, sendo que dois estados a interromperam em 2017 (Acre e Pernambuco), dois em 2018 (Ceará e Distrito Federal) e um em 2019 (Paraná). Instabilidade de fundos, falta de suporte político, capacidade organizacional deficitária e dificuldade de incorporação na rotina organizacional foram identificados como barreiras para a sustentabilidade. As dimensões capacidade organizacional, adaptação do programa, suporte político, avaliação do programa e parcerias foram citadas como essenciais para a sustentabilidade do Programa Famílias Fortes em todos os territórios. Mesmo descontinuado, legados positivos do PFF foram mencionados por participantes de quatro dos estados, incluindo a capacitação profissional no campo da prevenção para trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Sistema Único de Saúde (SUS). Em conclusão, os dados de ambos os estudos revelam que prejuízos em recursos financeiros, suporte político e capacidade organizacional atuam como barreiras para a sustentabilidade de intervenções em saúde pública na América Latina e também do Programa Famílias Fortes no Brasil. |
Abstract: | Sustainability is the continuous use of components of a program and its activities aiming at beneficial results for the population. This master's thesis examined the mechanisms that contribute to or impair the sustainability of public health interventions in Latin America and, in particular, of the Strengthening Families Program (SFP) in Brazil. Two studies were carried out on the subject. The first consisted of an integrative review that analyzed the factors that facilitate and inhibit the sustainability of public health interventions in countries in Latin America and the Caribbean. The review included 29 scientific articles from interventions in Latin American countries published between the years 2000 and 2018 in English, Portuguese and Spanish journals. The findings of this review indicated that the factors that contribute to the sustainability of public health interventions in Latin American countries are partnerships, communication, political support, impacts on public health, assessment, organizational capacity and strategic planning. On the other hand, the factors that impair sustainability are financial instability, lack of political support and ineffective organizational capacity. The second study investigated mechanisms that make feasible or hinde the sustainability of the Strengthening Families Program (SFP), a Brazilian adaptation of an American program of parenting skills and social skills for parents and adolescents (10 to 14 years old) with a view to preventing drug abuse. A descriptive design was adopted, in which seven managers responsible for the management of the SFP in the states of Acre, Distrito Federal, Pernambuco, Ceará and Paraná participated, who answered an online questionnaire. Of these seven participants, two also responded to a remotely applied narrative interview. The data were analyzed through deductive thematic analysis, based on the categories fund stability, impacts on public health, political support, partnerships, communication, organizational capacity, program adaptation, program evaluation and strategic planning. The results showed that in all states the implementation of the SFP was discontinued, with two states interrupting it in 2017 (Acre and Pernambuco), two in 2018 (Ceará and Distrito Federal) and one in 2019 (Paraná). Fund instability, lack of political support, deficient organizational capacity and difficulty in incorporating into the organizational routine were identified as barriers to sustainability. The dimensions organizational capacity, program adaptation, political support, program evaluation and partnerships were cited as essential for the sustainability of the Strong Families Program in all territories. Although discontinued, positive legacies of the PFF were mentioned by participants from four of the states, including professional training in the field of prevention for workers in the Unified Social Assistance System (SUAS) and Unified Health System (SUS). In conclusion, data from both studies reveal that losses in financial resources, political support and organizational capacity act as barriers to the sustainability of public health interventions in Latin America and also of the Strengthening Families Program in Brazil. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2021. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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Agência financiadora: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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