Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Hamann, Edgar Merchán | - |
dc.contributor.author | Lima, Vitor Venancio Pires Carvalho | - |
dc.date.accessioned | 2020-06-30T12:51:47Z | - |
dc.date.available | 2020-06-30T12:51:47Z | - |
dc.date.submitted | 2019-12-16 | - |
dc.identifier.citation | LIMA, Vitor Venancio Pires Carvalho. A negação de rótulos e fatores associados como parte do estigma sofrido por homens que fazem sexo com outros homens no Brasil. 2019. 179 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38463 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2019. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: Para os homens que fazem sexo com homens (HSH), o estigma ganha relevância
devido à sua complexidade em âmbitos diferentes de vulnerabilidade às IST e à violência na
realidade brasileira. Objetivos: Busca-se evidenciar elementos do estigma entre HSH, a
negação de rótulos de homossexualidade e seus fatores associados. Metodologia: Estudo
epidemiológico analítico transversal que utiliza dados de uma pesquisa nacional em 12 capitais,
feita em 2016, utilizando metodologia RDS para populações de difícil acesso. Averiguou-se a
prevalência dos elementos do estigma e foram testadas possíveis associações da variável de
desfecho (negação do rótulo homossexual) com fatores macro e microssociais. Foi realizado
ajuste estatístico mediante regressão logística com o modelo de Poisson. Resultados: Dentre
os 4.176 participantes, a discriminação por orientação sexual (66,7%) é o elemento de estigma
mais frequente. Os HSH que negam rótulos de homossexualidade foram 241; 71% deles referem
vergonha de acessar os serviços de saúde, comparado com 35% dos que não negam rótulo.
Cerca de 40% dos que negam rótulos sofrem discriminação, comparados com 69% dos
restantes. Entre os que negam rótulos, houve maior frequência de parentes que não sabem que
o participante é HSH. Pessoas que negam rótulo são mais velhas e possuem baixo grau de
instrução. Não foram observadas diferenças em relação a cor. Religiões espírita e de matriz
africana possuem mais adeptos que não negam rótulos homossexuais. Uma proporção maior de
HSH que admitem fazer sexo comercial negam rótulos. Foi constatado predominância na não
testagem em quem nega o rótulo. Na modelagem multivariada, os fatores associados à maior
negação de rótulos foram o grau de instrução baixo e a não testagem para HIV. Já o
pertencimento a religiões de raiz africana e espírita kardecista está associado a menor
probabilidade de negar rótulos. Discussão: Há um coletivo que prefere não se autodenominar
como gay por conflitos identitários. Negar o rótulo não é aleatório e aparece sobrerepresentado
em algumas categorias. A negação pode estar relacionada a homofobia internalizada ou auto
reificação. Se assumir homossexual leva a exposição à violência, desaprovação social e
isolamento. Conclusão: Mesmo com a utilização de RDS, existe uma grande dificuldade de
acessar a diversidade de HSH e suas minorias. Compreender e enfrentar o estigma é apoiar
causas sociais de reivindicação da cidadania LGBT das políticas públicas de reconhecimento de
direitos. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | A negação de rótulos e fatores associados como parte do estigma sofrido por homens que fazem sexo com outros homens no Brasil | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | estigma | pt_BR |
dc.subject.keyword | homossexualidade | pt_BR |
dc.subject.keyword | HIV | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Introduction: For men who have sex with men (MSM), stigma becomes relevant due to its
complexity in different areas of vulnerability related to STIs and violence in the Brazilian reality.
Objectives: Highlight elements of stigma among MSM, the denial of homosexuality labels and
their associated factors. Methodology: Cross-sectional analytical epidemiological study using
data from a national survey conducted in 2016 in 12 brazilian capitals, using the RDS
methodology for hard-to-reach populations. The prevalence of stigma elements was investigated
and possible associations of the outcome variable (denial of homosexual label) were tested with
macro and microsocial factors. Statistical adjustment was performed by logistic regression with
the Poisson model. Results: Among the 4,176 participants, discrimination based on sexual
orientation (66.7%) is the most frequent element of stigma. The number of MSM who denied
homosexuality labels amounted to 241; 71% of them report embarrassment while accessing
health services, compared to 35% of those who do not deny labelling. About 40% of those who
deny labels suffer discrimination, compared with 69% of the others. Among those who deny
labels, there was a higher frequency of cases in which relatives have no knowledge about the
participant being MSM. People who deny labelling are older and less educated. No differences
were observed regarding colour. Spiritism and African-based religions have more adherents who
do not deny homosexual labels. More MSM who admit to having commercial sex deny labels.
There was a predominance of non-testing for HIV in those who deny labelling. In multivariate
modelling, the factors associated with the greatest denial of labels were low education and no
HIV testing. Belonging to religions of African roots and Kardecist spiritism is associated with a
lower probability of denying labels. Discussion: There is a collective that prefers not to call
themselves gay due to identity conflicts. Denying the label is not random and appears
overrepresented in some categories. Denial may be related to internalized homophobia or selfreification. Being homosexual leads to exposure to violence, social disapproval and isolation.
Conclusion: Even with the use of RDS, there is a great difficulty of accessing the diversity of
MSM and their minorities. Understanding and addressing stigma is to support social causes
of LGBT citizenship claiming public rights recognition policies. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|