http://repositorio.unb.br/handle/10482/38226
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Titre: | Migmatitos e retroeclogitos do bloco arqueano Campo Grande, província Borborema, NE do Brasil |
Auteur(s): | Ferreira, Alanielson da Câmara Dantas |
Orientador(es):: | Dantas, Elton Luiz |
Assunto:: | Migmatitos Retrabalhamento crustal Retroeclogitos Província Borborema |
Data de defesa:: | 13-déc-2019 |
Référence bibliographique: | FERREIRA, Alanielson da Câmara Dantas. migmatitos e retroeclogitos do bloco arqueano Campo Grande, província Borborema, NE do Brasil. Brasília. xii, 313 f., il. 2019. Tese (Doutorado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Résumé: | O Bloco Campo Grande (BCG) é constituído por rochas arqueanas de 2,9 Ga e 2,65 Ga retrabalhadas durante eventos orogênicos riacianos (2,2 – 1,95 Ga) e neoproterozoicos (630 – 560 Ma). O bloco compreende uma área de cerca de 1500 km2, com geometria elipsoidal, eixo SSW-NNE, na porção central do embasamento do Domínio Rio Grande do Norte, Província Borborema. O BCG é constituído por: 1. Complexo gnáissico-migmatito representado por biotita gnaisse bandado, granada-biotita gnaisse lepidogranoblástico e K-feldspato alcali gnaisse porfiroblástico. Os migmatitos são separados em paleossomas tonalíticos de 2,9 Ga, leucossomas in source ou in situ de composição granítica de 1,95 Ga e leucossomas injetados (veios pegmatíticos) de 580 – 560 Ma, com composição alcalina. 2. Rochas toleíticas ultramáficas de 2.69 – 2.52 Ga, formadas por cumulatos de ortopiroxênio (En 74,9 - 80,9% e 10,7 - 14,1% wt. de FeO) e clinopiroxênio (diopsídio e augita, En 31 - 42% e 9,9 - 16,1% wt. de MgO), parcialmente retrogradados para anfibólios da série cummingtonita (Mg) - grunerita (Fe). 3. Rochas metamáficas, com assembleia mineral formada por Mg-hornblenda, Fe-hornblenda, pargasita, granada, plagioclásio e clinopiroxênio. Neste grupo, enquadra-se sequência de corpos desmembrados (boudinados) constituídos por rutilo-clinopiroxênio-granada anfibolito com textura granoblástica, contendo granada com até 32% da molécula de piropo, crescimento simplectítico de Pl + Cpx e corona de Amph + Pl. As rochas metamáficas possuem protolito magmático de 2,65 Ga e registram dois eventos metamórficos, o primeiro em 2,0 Ga e o segundo no intervalo de 630 – 590 Ma. 4. rochas supracrustais neoproterozoicas, representadas por paragnaisses finamente bandados, granada-biotita xistos e anfibólio-epidoto calciossilicáticas que também ocorrem como lentes concordantes com a foliação principal. Idades modelo TDM e valores positivos e negativos de εNd(t) em rocha total revelam épocas acrescionárias em 3,3 – 3,1 Ga, 2,9 Ga e 2,7 – 2,5 Ga, com aporte de material juvenil e retrabalhamento de fontes mais antigas já no Arqueano. Na porção leste desse núcleo arqueano são mapeados complexos ortognáissicos ricos em K-feldspato, cujos protólitos apresentam idade de cristalização de 2,23 – 2,18 Ga e composição calcioalcalina de alto K. Os ortognaisses possuem TDM entre 2,59 e 2,46 Ga e εNd(t) negativos, suportando acresção por arcos magmáticos durante o Riaciano. Plutons graníticos neoproterozoicos (600 Ma) alojados em zonas de cisalhamento de escala regional delimitam o Bloco Campo Grande a leste e a oeste. Os dados obtidos mostram que a área de estudo apresenta intenso processo de reciclagem crustal e acresção de xviii arcos magmáticos do Arqueano ao Neoproterozoico, representando assim o primeiro registro, em escala de bloco, dos processos quelogênicos necessários para a diferenciação e o crecimento da crosta continental, anteriormente observado apenas em extensas áreas continentais, com mais de 1.000.000 km2. Além disso, a geração de crosta continental em 2,9 Ga é rara, com registros de apenas outras duas ocorrências no Gondwana Ocidental, distantes mais de 2000 km da região de Campo Grande. |
Abstract: | The Campo Grande Block (CGB) consists of 2.9 Ga and 2.65 Ga Archean rocks reworked during Paleoproterozoic (2.2 - 1.95 Ga) and Neoproterozoic (630 - 560 Ma) orogenic events. The CGB comprises an area of about 1500 km2, with ellipsoidal geometry, in the central portion of the Rio Grande do Norte Domain, Borborema Province. The BCG consists of: 1. Migmatite–gneiss complex represented by banded biotite gneiss, garnet biotite gneiss and course-grained porphyritic K-feldspar alkali gneiss. Migmatite rocks are separated into 2.9 Ga tonalitic paleosomes, 1.95 Ga in-source or in-situ granitic leucosomes, and 580 - 560 Ma injected alkaline leucosomes. 2. Ultramafic tholeiitic rocks formed by 2.69 - 2.52 Ga cumulates of orthopyroxenite (En 74.9 - 80.9% and 10.7 - 14.1% wt. Of FeO) and clinopyroxenite (diopside and augite, En 31 - 42% and 9.9 - 16.1% wt. Of MgO) partially retrograded to amphiboles of the cummingtonite (Mg) – grunerite (Fe) series. 3. Metamorphic rocks with mineral assemblage consisting of Mg-hornblende, Fe-hornblenda, pargasite, garnet, plagioclase and clinopyroxene. This group includes a sequence of boudinated bodies consisting of rutile-clinopyroxene-amphibolite garnet with granoblastic texture, containing garnet with up to 32% of the pyrope, symplectite growth of Pl + Cpx, and Amph + Pl coronae. These rocks have 2.65 Ga magmatic protolith and record two metamorphic events, the first at 2.0 Ga and the second at 630 - 590 Ma. Supracrustal and calc–silicate rocks also occur as lenses concordant with the main foliation. Despite the several collisional events from the Archean to Neoproterozoic times, relicts of magmatic arc systems were preserved in Northeast Brazil as the main process for the growth and differentiation of the continental crust from 2.9 Ga onwards. The transition between Meso- and Neoarchean is characterized by the compositional change from 2.9 Ga calcium-rich (tonalite) to 2.7 Ga potassium-rich (sanukitoid) magmatism. In addition, a minor volume of 2.65 Ga tholeiitic magmatism also is recorded. The 2.9-2.7 Ga calc-alkaline and tholeiitic crust fragments were intensely reworked during Rhyacian (2.25-1.95 Ga) and Neoproterozoic (627-566 Ma) orogenic events. Rhyacian high-K2O igneous activity is the most pervasive evidence of a strong reworking process that took place in a post-collisional tectonic setting. Similar Archean crust formation at 2.9 Ga and recycling during Paleo- and Neoproterozoic tectonic events is described in the West Africa counterpart of the Borborema Province. Two others 2.9 Ga old crust fragments are recorded in the South American continent, namely in the Amazonian and São Francisco cratons, more than 2000 km apart from the studied area in northeastern Brazil. The results support episodic crustal growth with five short crustal formation periods at ca. 2.9 Ga, 2.65 Ga, 2.25 Ga, 2.0 Ga and 0.6 Ga. About 60% of the crust was formed in the Archean, between 2.9 Ga and 2.65 Ga; the remaining 40% of accretionary crustal generation was added in the 2.0 to 2.0 Ga Rhyacian period. Crustal recycling of the Archean and Proterozoic protolith sources require chelogenic processes, which represent successive arc accretions surrounding an older core, becoming younger toward the margin, to explain the age zonation pattern displayed in the Archean core evolution. A similar process is observed only in large continental areas, more than 1.000,000 km2 in size, as in the North American continent basement and in the Amazonian Craton. However, it had never been describe in the minor crustal block scale, as in the Campo Grande complex in Northeast Brazil. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Geociências (IG) |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Geologia |
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