http://repositorio.unb.br/handle/10482/37636
File | Description | Size | Format | |
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2019_MatheusdeAndradeGomes.pdf | 1,4 MB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | “Os locutores do inferno” : representações de violências no rap do Facção Central (1995-2006) |
Authors: | Gomes, Matheus de Andrade |
Orientador(es):: | Silva, Edlene Oliveira |
Assunto:: | Facção Central (Grupo musical) Rap (música) Violência Resistência cultural Racismo Periferia - cultura |
Issue Date: | 7-May-2020 |
Data de defesa:: | 16-Aug-2019 |
Citation: | GOMES, Matheus de Andrade. “Os locutores do inferno”: representações de violências no rap do Facção Central (1995-2006). 2019. 91 f., il. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Abstract: | Esse trabalho apresenta uma análise das representações de violências e de resistência nas músicas do grupo de rap Facção Central produzidas entre 1995-2006. Formado em 1989 na cidade de São Paulo, este grupo teve destaque na história do rap de São Paulo e do Brasil por denunciar nas suas letras de forma realista e virulenta, em plena década de 1990, a violência “nua e crua”, a desumanização, a subalternização, a desigualdade socioeconômica dos jovens da periferia, seu genocídio pela polícia e Estado e o preconceito contra o rap. Nas representações de violência presentes nas letras e títulos dos álbuns do grupo destacam-se a violência letal contra os jovens da periferia e o seu encarceramento compulsório. Nas músicas, a criminalidade praticada por esses jovens é considerada como fruto da miséria e desigualdades sociais, ou seja, como reação as violências cometidas pelo estado e pela sociedade e não como algo natural às classes pobres e negras. O rap do Facção Central propõe formas de resistência, sobretudo, por meio da educação e da conscientização política. Para o grupo, a busca pela conscientização sócio-histórica dos subalternizados é uma arma no enfrentamento dos dispositivos de classe e racialidade que estruturam o Estado e a sociedade brasileira. Destaca-se, ainda, nas letras do grupo, sobretudo, no álbum de 2006, intitulado “Espetáculo do circo dos horrores” a preocupação em promover o protagonismo e atuação histórica de vários personagens negros e negras silenciados e invisibilizados, trazendo outras imagens como a de quilombos, revoltas, lutas, resistência, criatividade e liberdade diferentes daquelas generalizadas, racistas e classistas que predominam no imaginário social. |
Abstract: | Esse trabalho apresenta uma análise das representações de violências e de resistência nas músicas do grupo de rap Facção Central produzidas entre 1995-2006. Formado em 1989 na cidade de São Paulo, este grupo teve destaque na história do rap de São Paulo e do Brasil por denunciar nas suas letras de forma realista e virulenta, em plena década de 1990, a violência “nua e crua”, a desumanização, a subalternização, a desigualdade socioeconômica dos jovens da periferia, seu genocídio pela polícia e Estado e o preconceito contra o rap. Nas representações de violência presentes nas letras e títulos dos álbuns do grupo destacam-se a violência letal contra os jovens da periferia e o seu encarceramento compulsório. Nas músicas, a criminalidade praticada por esses jovens é considerada como fruto da miséria e desigualdades sociais, ou seja, como reação as violências cometidas pelo estado e pela sociedade e não como algo natural às classes pobres e negras. O rap do Facção Central propõe formas de resistência, sobretudo, por meio da educação e da conscientização política. Para o grupo, a busca pela conscientização sócio-histórica dos subalternizados é uma arma no enfrentamento dos dispositivos de classe e racialidade que estruturam o Estado e a sociedade brasileira. Destaca-se, ainda, nas letras do grupo, sobretudo, no álbum de 2006, intitulado “Espetáculo do circo dos horrores” a preocupação em promover o protagonismo e atuação histórica de vários personagens negros e negras silenciados e invisibilizados, trazendo outras imagens como a de quilombos, revoltas, lutas, resistência, criatividade e liberdade diferentes daquelas generalizadas, racistas e classistas que predominam no imaginário social. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de História (ICH HIS) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2019. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em História |
Licença:: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Appears in Collections: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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