Desenvolvimento de um equipamento para retirada de prata como tratamento dos efluentes de serviços de radiologia no Distrito Federal e Entorno

Abstract

Os Raios X foram descobertos há mais de um século, e o desenvolvimento das ciências médicas ganhou um importante aliado com os serviços de radiologia ajudando tanto no tratamento, quanto no diagnóstico. No entanto, apesar dos benefícios trazidos pelos exames radiológicos, a deposição dos efluentes gerados por essa atividade quando da revelação dos filmes radiográficos, tem servido de discussão sobre a correta destinação desses efluentes diretamente no esgoto, e também a deposição de filmes radiográficos em aterros sanitários. As características tanto do revelador quanto do fixador mostram que estes efluentes são, de maneira geral, bastante poluente. Almeja-se com este trabalho de importância ambiental eliminar o rejeito impróprio da prata contida nos efluentes oriundos do processo de revelação de películas radiográficas, reciclando um recurso mineral importante e de alto valor comercial para referida indústria, além de impedir a contaminação de rios e de outros corpos d’água com este metal. A saúde dos organismos aquáticos e terrestres pode sofrer algum risco, conforme descrito por (MARCIEL, 2014), pelo agrupamento de certos metais pesados, serem descartados após a etapa de revelação e fixação, contaminando o solo e águas superficiais e subterrâneas. A contaminação do meio ambiente causada pelo despejo da prata gera vários problemas ambientais, que podem ser encontrados em diversas literaturas. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver e implantar um equipamento de retirada da prata dos efluentes de processadores de imagens radiográficas utilizados em serviços de radiodiagnóstico no DF e entorno. Os resultados experimentais demonstraram que foi possível recuperar a prata contida na solução de fixador radiográfico exaurida, com alguma impureza, mediante a passagem da prata em contato com o equipamento, com agitação constante. O processo descrito produz em média 3,5 g de prata por litro de fixador tratado. Esta quantidade varia muito em função da concentração de prata no fixador e dos cuidados que devem ser tomados ao longo das diferentes etapas do processo.