Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Milovic, Miroslav | - |
dc.contributor.author | Diniz, Ricardo Martins Spindola | - |
dc.date.accessioned | 2019-06-05T20:07:31Z | - |
dc.date.available | 2019-06-05T20:07:31Z | - |
dc.date.issued | 2019-06-05 | - |
dc.date.submitted | 2018-12-17 | - |
dc.identifier.citation | DINIZ, Ricardo Martins Spindola. Direito como memória: tempo e violência às margens de Hannah Arendt. 2018. 323 f. Dissertação (Mestrado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/34727 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2018. | pt_BR |
dc.description.abstract | A questão desse trabalho diz respeito à relação entre o Direito e a existência. Se existe um
modo de se investigar filosoficamente, se o filosofar tem seu lugar, ele se faz distintamente
dos esquemas de investigação legados tradicionalmente. Consequentemente, ao interrogar a
obra de Hannah Arendt com vistas a sua questão diretriz essa pesquisa se pergunta pelo
fundamento e estilo da investigação filosófica. Os três capítulos podem ser lidos em conjunto
como uma articulação preliminar de uma quase-fenomenologia da leitura, que termina
lançando as bases para se perguntar a respeito da estrutura epocal da interpretação do direito
na modernidade. O primeiro capítulo se dedica a identificar e enfrentar os dois principais
obstáculos à leitura cuidadosa da obra de Hannah Arendt, concentrados em duas acusações: a
primeira, de que seus textos estariam marcados por um “nostalgismo helênico”; a segunda, de
que Arendt seria, concomitantemente, muito heideggeriana e pouco heideggeriana. No
segundo capítulo, a pesquisa se dedica a explorar o tratamento oferecido a imaginação no
contexto da tradição fenomenológica, com o que acabou se deparando com essa tríade de
nomes de todo significativos para a constituição dos textos arendtianos: Husserl, Heidegger,
Kant. Ao mesmo tempo, o capítulo como que se dobra sobre ele próprio e, no esforço por
articular uma fenomenologia da leitura que indique a distância que separa e une Arendt e
Heidegger quanto a seus projetos de pensamento, acaba por destacar os limites da
fenomenologia como modo de investigação filosófica. A busca pela distância que
circunscreve a ansiedade da influência entre Arendt e Heidegger é levada a seu termo no
terceiro capítulo, sugerindo-se como fio condutor a distinção que atravessa toda a obra
heideggeriana entre autenticidade e inautenticidade e o posicionamento de Hannah Arendt a
respeito dessa distinção. Identificadas as escolhas de Heidegger e os pressupostos que as
animaram, abre-se a possibilidade de ler especialmente A Condição Humana como uma
resposta à analítica do Dasein. Nessa leitura, a tríade de atividades componentes da vita
activa, ação, fabricação e trabalho, ganha seu sentido temporal, como uma resposta que
explora a pluralidade de possibilidades de unidades esktático-temporais quando a
preocupação para com se garantir o privilégio do filosofar é suspendida em prol da
existencialidade ela mesma, o que permite, por sua vez, a reunião dos momentos de sua obra
dedicados ao Direito a partir do fio condutor que pergunta pelo tempo do Direito, como o
Direito é temporalizado. A partir dessa perspectiva, consegue-se precisar a relação entre
Direito e violência, Direito e autoridade e Direito e poder em sua contribuição para se pensar
o Direito. Consequentemente, ganhe-se o substrato necessário para retornar à metáfora que
guiou essa investigação, de que o Direito seria como a memória, conceituando diretamente a
estrutura temporal de operação do Direito – em outras palavras, qual é o tempo através do
qual o Direito vem a ser prática e historicamente. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Direito como memória : tempo e violência às margens de Hannah Arendt | pt_BR |
dc.title.alternative | Law as memory : time and violence at the margins of Hannah Arendt | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fenomenologia existencial | pt_BR |
dc.subject.keyword | Arendt, Hannah, 1906-1975 - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Imaginação | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The question of this work regards the relation between Law and existence. If there is a way of
philosophical investigation, if philosophy has its place, it is done at the distance of the
traditionally bequeathed schemata of investigation. Consequently, as it interrogates the work
of Hannah Arendt aiming at its directive question this research questions itself about the
foundation and style of philosophical investigation. Its three chapters can be read as an
ensemble that articulates preliminarily a quasi-phenomenology of reading, which ends setting
the foundation for a questioning related to the epochal structure of legal interpretation at
modernity. The first chapter is dedicated to identify and confront the two main obstacles to a
careful reading of Hannah Arendt’s oeuvre, concentrated as two accusations: first, of her
being a Hellenist nostalgic; second, of her being both too much and too little a Heidegger’s
child. At the second chapter, the research is dedicated to explore the treatment offered to
imagination by the phenomenological tradition, in which three names appear, being wholly
significant for the constitution of Arendt’s texts: Husserl, Heidegger, Kant. At the same time,
the chapter doubles itself and, at the effort to articulate a phenomenology of reading that
indicates the distance that separates and unites Arendt and Heidegger in their projects of
thought, highlights the limits of phenomenology as a mode of philosophical inquiry. The
search for the distance that circumvents the anxiety of influence between Arendt and
Heidegger is fulfilled at the third and last chapter, having as its guiding line the distinction
between authenticity and inauthenticity, which traverses the whole of Heidegger’s work and
Arendt’s position regarding this distinction. As Heidegger’s choices and presuppositions
which animate the distinction are identified, some possibilities are opened towards the reading
of The Human Condition as a response to the analytic of Dasein. In this reading, the triad of
activities that compose vita activa, action, work and labor, attain a temporal meaning, as an
answer that explores the plurality of possibilities of esktatical-temporal unities, opened up by
the suspension of the preoccupation regarding the conquest of a fundament to the privilege of
philosophy, in favor of existentiality itself, which permits the reunion of the moments in her
work dedicated to Law through the question that asks for the time of Law, how Law is
temporalized. From this perspective, it is possible to precise the relation between Law and
violence, Law and authority and Law and power, rendered as a contribution to the thinking of
Law. Consequently, the necessary subtract to return to the leading metaphor of this
investigation is attained, of Law as memory, in a direct conceptualization of the temporal
structure at operation in Law – in other words, what is the time through which Law emerges
practically and historically. | pt_BR |
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