Sistema eletromecânico no auxílio da cardioplegia

Abstract

O Brasil é o segundo país do mundo na realização de transplantes de órgãos humanos. A relação do número de pacientes na espera de um órgão e o número de doadores efetivos é desigual. Os principais motivos desse desequilíbrio são: a falta de orientação à população quanto à doação de órgãos, a recusa familiar, a logística de transporte e a captação de órgãos. A captação do coração segue procedimentos, como perfusão adequada do órgão - cardioplegia, acondicionamento do órgão e logística de transporte. Para a realização da cardioplegia em centros de saúde de menor porte, normalmente localizadas em cidades do interior do Brasil, não existe a bomba de cardioplegia, que é um equipamento grande, pesado e está acoplado à máquina de CEC, portanto, não pode ser levado junto à perfusionista para a realização da cardioplegia. Com isso, o processo manual de cardioplegia realizado pela perfusionista torna-se cansativo, estressante e nem sempre com resultados satisfatórios. Assim sendo, este trabalho propõe o desenvolvimento de um sistema eletromecânico no auxílio da cardioplegia, onde a pefusionista possa levá-lo para locais onde não exista a bomba de cardioplegia. Os procedimentos metodológicos consistiram nas etapas de construção deste equipamento, basendo-se em uma bomba peristáltica, utilizando as cânulas adequadas para a cardioplegia. Na primeira fase foi um equipamento totalmente mecânico e na segunda fase foi implementado a parte eletrônica e acoplado ao sistema mecânico. Os Ensaios foram realizados in-vitro e em coração suíno, e apresentaram resultados satisfatórios para a infusão de dois litros de soro fisiológico em um período aproximado de 194 segundos; sendo assim, pôde-se considerar que o Sistema Eletromecânico no Auxílio da Cardioplegia pode auxiliar no procedimento da cardioplegia no momento da captação do coração.