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Título : | A Psicologia de senso comum em cenários para a evolução da mente humana |
Autor : | Abrantes, Paulo Cesar Coelho |
Assunto:: | Ciência cognitiva Filosofia da mente Intencionalidade (Filosofia) Psicologia Filosofia |
Fecha de publicación : | ene-2006 |
Editorial : | Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Universidade de Campinas (UNICAMP) |
Citación : | ABRANTES, Paulo C. A Psicologia de senso comum em cenários para a evolução da mente humana. Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia, Campinas, v. 29, n. 1, p. 185-257, jan./jun. 2006. |
Resumen : | A evolução humana é objeto de pesquisas comprometidas com
diferentes agendas. Neste artigo discute-se cenários que concedem à psicologia
de senso comum um papel central em tentativas de se retraçar tal
evolução, colocando em relevo o que nos distinguiria de outras mentes
animais: habilidades especiais para representar e, sobretudo, para interpretar.
Essa perspectiva leva a sério a imagem - central a muito do que se
faz em filosofia e nas ciências sociais — de que somos agentes constituídos
em um ambiente social e cultural. Estará em questão se essa imagem
pode ser assimilada pela biologia evolutiva contemporânea, sem que esta
abra mão dos seus pressupostos fundamentais e do seu arcabouço conceituai
e teórico característico. Godfrey-Smith e Sterelny apostam nesse projeto, e se propõem a efetivar essa integração. Em contraste com cenários
inatistas, que se apóiam em argumentos com base numa pobreza de estímulos,
emerge daquele projeto um cenário no qual a evolução da mente
humana interage com as nossas habilidades interpretativas. Estas habilidades
resultariam, por sua ve2, de uma aprendÍ2agem socialmente mediada,
facilitada por um tipo particular de construção de nichos envolvendo
mecanismos de herança não-genética. ____________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT Human evolution is the subject of different kinds of research committed to different agenda. In this paper I will discuss various scenarios in which folk psychology plays a distinctive role in attempts to keep track of this evolution, making explicit what is distinctive about us, compared to other animal minds: special liabilities for representation and, above all, for interpretation. This perspective takes seriously the image that we are agents constituted in a social and cultural environment, which is central to much of what is done in philosophy and the social sciences. I will discuss whether this image can be assimilated by contemporary evolutionary biology, without compromising its fundamental pressupositions and its characteristic conceptual and theoretical framework. Godfrey-Smith and Sterelny embrace this project and attempt to work out the details of this integration. Contrasting with nativist scenarios, which are grounded in poverty of the stimulus arguments, a scenario emerges from that project in which the evolution of the human mind interacts with our interpretative liabilities. These liabilities would be, in turn, the result of social learning, facilitated by a particular kind of niche construction involving non-genetic inheritance mechanisms. |
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