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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2024_GuilhermeRochaDaSilva_DISSERT.pdf | 6,72 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Desinformação, misinformação e distorção involuntária : a ideia do “apagão das canetas” na imprensa e a repercussão no Congresso Nacional |
Autor(es): | Silva, Guilherme Rocha da |
Orientador(es): | Carvalho, Rafiza Luziani Varão Ribeiro |
Assunto: | Desinformação Misinformação Imprensa e política Congresso Nacional - Brasil Tribunal de Contas da União (TCU) |
Data de publicação: | 13-Mai-2025 |
Data de defesa: | 19-Dez-2024 |
Referência: | SILVA, Guilherme Rocha da. Desinformação, misinformação e distorção involuntária: a ideia do “apagão das canetas” na imprensa e a repercussão no Congresso Nacional. 2024. 141 f., il. Dissertação (Mestrado em Comunicação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | A presente dissertação estuda, sob o enfoque comunicacional, a repercussão midiática do termo “apagão das canetas”. Os disseminadores da alcunha alegam a existência de uma “paralisia decisória” nos gestores públicos em função da fiscalização disfuncional exercida pelos órgãos de controle e, em especial, pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O nome de efeito, sem autoria exata, foi consolidado nacionalmente pela imprensa, entre os anos de 2018 e 2022, sendo noticiado como fato – e não como hipótese ou possibilidade – o que indica a ocorrência de erro jornalístico na apuração. O estudo se baseia em levantamento empírico de citações sobre o descritor “apagão das canetas” nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e, subsidiariamente, nos sites do TCU, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para traçar um primeiro recorte temporal exploratório do que e do quanto foi dito na imprensa privada, na pública e no governo sobre o jargão. Nos 119 textos jornalísticos analisados, constatou-se o desequilíbrio na contraposição de versões e de fontes sobre a expressão de impacto, além de falta de apresentação de evidências. Os principais conceitos norteadores da pesquisa foram, entre outros, o de distorção involuntária (Golding-Elliott, 1979) e o de misinformação (Wardle, 2017) que dão contorno à possibilidade da mídia privada, mesmo que sem intenção, ter noticiado informações incorretas sobre a existência do fenômeno e, em certa medida, ter praticado desinformação. Na Comunicação Pública houve um vácuo de debate estruturado sobre o assunto tanto na mídia pública quanto no TCU, órgão tido como principal responsável pelo suposto “apagão”, do qual não se sabe ao certo o posicionamento a respeito da existência ou não do dito fenômeno. Com a ausência de eventual contraposição firme do setor público e da repercussão a partir de “jornalismo declaratório”, projetos de lei foram aprovados no Congresso Nacional entre 2018 e 2021 (inclusive alguns durante o auge da pandemia da Covid-19 com a atenção do país voltada para o combate ao vírus) com a justificativa de amenizar o “apagão das canetas”, flexibilizando punições a agentes públicos infratores e dificultando a atividade de controle externo da Administração Pública. Concluiu-se que a imprensa foi ator chave na disseminação nacional do termo enviesado e impreciso ao dar publicidade ao metafórico jargão nas declarações de pessoas interessadas nas propostas legislativas relacionadas ao tema. Sem apresentar evidências concretas da existência de um “apagão das canetas”. Processos, esses, considerados desinformativos. |
Abstract: | This dissertation studies, from a communicational perspective, the media repercussion of the term “pen blackout”. Disseminators of the nickname allege the existence of a “decision-making paralysis” in public managers due to the dysfunctional supervision carried out by public control institutions and, in particular, by the Brazilian Federal Court of Accounts (TCU). The soundbite, without exact authorship, was consolidated nationally by the press, between 2018 and 2022, being reported as a fact – and not as a hypothesis or a possibility – which indicates the occurrence of a journalistic error in the investigation. The study is based on an empirical survey of citations about the descriptor “pen blackout” in the newspapers Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico and, subsidiarily, on the websites of the TCU, the Federal Senate, the Chamber of Deputies and the EBC to draw up a first exploratory time frame of what and how much was said in the private and in the public press and in the government about the appealing jargon. In the 119 journalistic texts analyzed, there was an imbalance in the contrast of versions and sources regarding the expression of impact, in addition to a lack of presentation of evidence. The main concepts guiding the research are, among others, the unwitting bias (Golding-Elliott, 1979) and misinformation (Wardle, 2017) which outline the possibility that private media, even if unintentionally, have reported incorrect information about the existence of the phenomenon and, to a certain extent, have practiced disinformation. In Public Communication there was a vacuum of structured debate on the subject both in the public media and in the TCU, the institution considered to be mainly responsible for the supposed “blackout”, whose position regarding the existence or not of the phenomenon is not known for sure. With the absence of any firm opposition from the public sector and the repercussion of “declaratory journalism”, bills were approved in the National Congress between 2018 and 2021 (including some during the height of the Covid-19 pandemic with Brazil’s attention focused on combating to the virus) with the justification of alleviating the “pen blackout” by making punishments more flexible for offending public agents and making the external control activity of the Public Administration more difficult. It was concluded that the press was a key player in the national dissemination of the biased and imprecise term by publicizing the jargon in statements by people interested in legislative proposals related to the topic. Without presenting concrete evidence of the existence of a “pen blackout”. These processes were considered misleading. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Comunicação (FAC) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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