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Título: O círculo virtuoso do REDD+ no Brasil : estratégias para agir, mensurar e captar financiamento climático
Outros títulos: The virtuous circle of REDD+ in Brazil : strategies to act, measure, and capture climate finance
Autor(es): Cantinho, Roberta Zecchini
Orientador(es): Pereira Filho, Saulo Rodrigues
Coorientador(es): Rajão, Raoni Guerra Lucas
Assunto: Aninhamento
Amazônia brasileira
Código florestal
Governança
Mudanças climáticas
Uso da terra
Data de publicação: 12-Mai-2025
Referência: CANTINHO, Roberta Zecchini. O círculo virtuoso do REDD+ no Brasil: estratégias para agir, mensurar e captar financiamento climático. 2024. 175 f., il. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: O conceito de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) foi introduzido durante as negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) como uma compensação financeira para países em desenvolvimento que demonstrassem resultados de conservação florestal. Enquanto alguns trabalhos científicos avaliaram a metodologia de mensuração das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) do setor de uso da terra, mudança do uso da terra e florestas (LULUCF), outros avaliaram os impactos da implementação de políticas públicas e do mercado na dinâmica de uso da terra. Entendendo que essas são análises complementares, esta pesquisa buscou avaliar as etapas do círculo virtuoso do REDD+ no Brasil, desde a efetividade de políticas públicas que visam diminuir o desmatamento na Amazônia brasileira até a identificação de estratégias de mensuração que determinem robustez nos relatos de emissões e remoções de GEE do setor de LULUCF, criando perspectivas para a captação. A compilação de cenários de diferentes modelos, até 2050, na Amazônia brasileira, mostrou a imprescindibilidade da implementação do Código Florestal, da manutenção e expansão de áreas protegidas, da regularização fundiária e da valorização dos serviços ambientais. Esta avaliação ainda destaca que a formulação das metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) deve ser coerente com a metodologia do Inventário Nacional de Emissões de GEE, sendo este o instrumento de monitoramento dos compromissos assumidos pelo país na UNFCCC. Com base na avaliação da governança e da metodologia de compilação do IV Inventário Nacional de Emissões de GEE do setor de LULUCF, propomos um arranjo institucional com representações de diversas organizações responsáveis por gerar os dados e as estimativas para garantir mais transparência, acurácia, completude e consistência nos relatos brasileiros. Esta institucionalização, além de promover melhor aproveitamento dos recursos públicos por meio da utilização de dados de iniciativas já existentes, como o PRODES, o TerraClass, o DETER e o Inventário Florestal Nacional, traria maior acurácia nos mapas de vegetação pretérita e estoque de carbono do solo e incluiria a contabilização de emissões de degradação por fogo e de remoções por regeneração no longo prazo. Adicionalmente, seriam contabilizadas as remoções oriundas da vegetação preservada em territórios Quilombolas e em propriedades privadas para além daquelas já contabilizadas em Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Assim, o Inventário Nacional de Emissões de GEE serviria como base para a elaboração dos Níveis de Referência de Emissões Florestais (FREL) e, consequentemente, para projetos privados de REDD+, que vêm superestimando suas linhas de base e créditos de carbono gerados. Neste sentido, identificamos a necessidade do Brasil avançar em um sistema de registro integrado e regulamentado, tendo a Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+) um papel fundamental na definição da linha de base federal para trazer mais credibilidade ao Mercado Voluntário de Carbono (MVC) no país. Manter o ‘círculo virtuoso’ do REDD+ é fundamental para o Brasil diminuir suas emissões de GEE, garantir integridade na contabilidade das metas da NDC e estar apto a captar financiamento climático, inclusive por meio de transações no âmbito do Acordo de Paris.
Abstract: Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation (REDD+) was introduced during the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) negotiations as a financial compensation for developing countries demonstrating forest conservation results. While some scientific works evaluated the methodology for measuring greenhouse gas (GHG) emissions and removals from the land use, land-use change, and forestry (LULUCF) sector, others evaluated the impacts of implementing public policies and the market in land use dynamics. Understanding that these are complementary analyses, this research sought to evaluate the stages of the virtuous circle of REDD+ in Brazil, from the effectiveness of public policies that aim to reduce deforestation in the Brazilian Amazon to the identification of measurement strategies that determine robustness in reporting GHG emissions and removals from the LULUCF sector, creating prospects for fundraising. The compilation of scenarios from different models until 2050 in the Brazilian Amazon showed the indispensability of implementing the Forest Code, maintaining and expanding protected areas, land regularization, and valuing environmental services. This assessment also highlights that formulating Nationally Determined Contribution (NDC) targets must be consistent with the National GHG Inventory methodology, which monitors the commitments the country assumed in the UNFCCC. Based on the assessment of the governance and methodology of the compilation of the 4th National GHG Inventory of the LULUCF sector, we propose an institutional arrangement with representations from several organizations responsible for generating the data and estimates to ensure greater transparency, accuracy, completeness, and consistency in Brazilian reports. This institutionalization, in addition to promoting better use of public resources through the use of data from existing initiatives, such as PRODES, TerraClass, DETER, and the National Forest Inventory, would improve the accuracy of maps of past vegetation and soil carbon stock and would include accounting for emissions due to degradation by fire and removals due to long-term regeneration. Additionally, removals arising from preserved vegetation in Quilombola territories and private properties would be accounted for in addition to those in Conservation Units and Indigenous Lands. Thus, the National GHG Inventory would serve as a basis for preparing the national Forest Emissions Reference Level (FREL) and, consequently, for private REDD+ projects, which have been overestimating their baselines and carbon credits generated. In this sense, we identify the need for Brazil to advance towards an integrated and regulated registration system, with the National REDD+ Committee (CONAREDD+) playing a fundamental role in defining the federal baseline to bring more credibility to the Voluntary Carbon Market (VCM) in the country. Maintaining the 'virtuous circle' of REDD+ is essential for Brazil to reduce its GHG emissions, ensure integrity in the accounting of its NDC targets, and be able to raise climate finance, including through transactions under the Paris Agreement.
Unidade Acadêmica: Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2024.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável
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