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Título: A narrativa de Lília Momplé : a figuração feminina no contexto histórico moçambicano da colonização e descolonização
Autor(es): Laice, Nilza Gomes de Oliveira
E-mail do autor: nilza.laice@gmail.com
Orientador(es): Bergamo, Edvaldo Aparecido
Assunto: Literatura moçambicana
Moçambique - história
Momplé, Lília Maria Clara Carrière, 1935- crítica e interpretação
Data de publicação: 26-Jun-2023
Referência: LAICE, Nilza Gomes de Oliveira. A narrativa de Lília Momplé: a figuração feminina no contexto histórico moçambicano da colonização e descolonização. 2022. 279 f., il. Tese (Doutorado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: A presente tese realiza o exame crítico da narrativa produzida pela escritora moçambicana Lília Momplé (1935), por meio dos subsídios trazidos pelos estudos feministas (interseccionalidade) e pelas teorias decoloniais (colonialidade e decolonialidade), de modo a perceber como é elaborada a representação da mulher na obra da referida autora, tendo em conta a história mais recente de Moçambique. Em face disso, foram eleitos como corpus literário os seguintes contos: “Ninguém matou Suhura”, “Caniço”, “Stress”, “Um canto para morrer”, “O sonho de Alima”, “Era uma outra guerra”, “Aconteceu em Saua-Saua”, “Os olhos da cobra verde”, “Uma bala para Sharmilla”, “Xirove”, bem como o único romance de Momplé publicado até aqui, Neighbours. As narrativas refletem o período colonial e póscolonial do referido país africano. Tal produção literária espelha a violência colonial, a luta armada de libertação nacional, o sofrimento humano resultante das frequentes guerras em solo pátrio, somados à importante contribuição das mulheres na conquista da liberdade e independência colonial, a distopia após a independência, a crise de habitação e de letramentos, a descolonização de gêneros, o patriarcado, entre outros aspectos. A hipótese desta tese é de que se tratam de narrativas empenhadas em compreender a realidade nacional moçambicana, especialmente a da mulher. Nesse viés, a literatura se coloca como uma práxis sócio-político-cultural, que permite perceber e vislumbrar os desvãos da história cotidiana e as possibilidades de resistência e de transformação do status quo, no intuito de desnaturalizar o mito da mulher frágil, simples auxiliadora do homem e cuidadora do lar em contexto africano urbano e/ou rural, em vista de um ordenamento secular de manutenção do silenciamento e da negação de uma historicidade feminina relevante no continente.
Abstract: This thesis presents a critical examination of the narrative created by the Mozambican writer Lília Momplé (1935), through the concepts brought by feminist studies (intersectionality) and by decolonial theories (coloniality and decoloniality), in order to understand how the representation of women in the work of the aforementioned author is carried out, taking into account the recent history of Mozambique. In this light, the following short stories were chosen as the literary corpus: “Ninguém matou Suhura”, “Caniço”, “Stress”, “Um canto para morrer”, “O sonho de Alima”, “Era uma outra guerra”, “Aconteceu em Saua-Saua”, “Os olhos da cobra verde”, “Uma bala para Sharmilla”, “Xirove”, as well as Momplé’s only novel published so far, Neighbours. The narratives reflect the colonial and post-colonial period of that African country. Such literary creation reflects colonial violence, the armed struggle for national liberation, the human suffering resulting from the frequent wars on national soil, added to the important contribution of women in the conquest of colonial freedom and independence, the dystopia after independence, the housing and literacy crises, and the decolonization of genres, patriarchy, among other aspects. The hypothesis of this thesis is that these are narratives committed to understanding the Mozambican national reality, especially that of women. In that respect, literature is placed as a socio-political-cultural praxis, which allows us to perceive and envision the nooks of everyday history and the possibilities of resistance and transformation of the status quo, in order to denaturalize the myth of the fragile woman, a simple help of the man and caretaker of the home in an urban and/or rural African context. Such myth has served a secular order of the maintenance of the silencing and denial of a relevant female historicity on the continent.
Unidade Acadêmica: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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