Skip navigation
Veuillez utiliser cette adresse pour citer ce document : http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/38901
Fichier(s) constituant ce document :
Fichier Description TailleFormat 
2020_DiogoIssaburoEvangelistaKoga.pdf1,18 MBAdobe PDFVoir/Ouvrir
Titre: Revisitando a (cor)referencialidade em línguas tupi-guarani
Auteur(s): Koga, Diogo Issaburo Evangelista
Orientador(es):: Praça, Walkíria Neiva
Assunto:: Tupi-Guarani
Índices de pessoa
Marcação de pessoa
Correferência
Alinhamento sintático
Date de publication: 3-jui-2020
Référence bibliographique: KOGA, Diogo Issaburo Evangelista. Revisitando a (cor)referencialidade em línguas tupi-guarani. 2020. xiv,107 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Résumé: Neste trabalho, revisitamos o sistema de referência de pessoa em três línguas da Família Tupi-Guarani, a saber: Apyãwa (tradicionalmente conhecia por Tapirapé), Tupinambá e Guaraní-Mbyá. Partimos de descrições existentes das referidas línguas, bem como de trabalhos comparativos dessa Família linguística para analisar o comportamento morfossintático dos índices pessoais e o funcionamento da correferência gramaticalizada (nos termos de Wiesemann, 1986) em predicados verbais independentes e dependentes, nomes e posposições. Nosso objetivo é reunir as descrições do sistema referencial das três línguas, compará-las e reanalisá-las a partir de categorias tipológicas mais recentes. Inicialmente, buscamos averiguar a natureza argumental dos índices de pessoa e defender a dupla expressão do argumento nessas línguas, com base em Siewierska (2001), Dixon (2010), Schultze-Berndt (2011), Kibrik (2011) e Haspelmath (2013). De modo a facilitar a comparação entre os sistemas referencias compostos por esses índices, distinguimos três mecanismos que regem a marcação de pessoa nessas línguas: cisão intransitiva (Klimov, 1974), Hierarquia Referencial (Monserrat & Soares, 1983) e correferência (Wiesemann, 1986). O motivo por traz dessa tripartição está em evidenciar o comportamento da referência de pessoa de acordo com dois fatores: i) o tipo de construção; ii) os macro papéis sintático-semânticos que envolvem os argumentos. Assim: o sistema referencial de predicados monovalentes independentes é regido pela cisão intransitiva; o sistema dos predicados divalentes independentes é regido pela Hierarquia Referencial; e o sistema das construções dependentes verbais e não-verbais (nomes e posposições) é regido pela correferência. Dentre os três sistemas, o menos coeso é o correferencial, isso devido a alterações de alinhamento sintático sofridas pela marcação de pessoa em línguas Tupi-Guarani. Alguns estudos investigaram essas alterações e propuseram as seguintes hipóteses: i) um grupo de línguas Tupi-Guarani (subconjuntos I e VIII) estenderam o sistema referencial das construções independentes para as dependentes (Jensen, 1990); ii) a marcação de pessoa do pré-proto-TupiGuarani se alinhava a um padrão ergativo-absolutivo (Jensen, 1998); iii) quanto mais erodida for a ergatividade de uma língua, menos produtiva será a ocorrência dos prefixos correferenciais (Jensen, 1998); iv) a partir dos critérios propostos pela teoria da gramaticalização, recontrói-se uma marcação de pessoa nominativa-acusativa para o pré-proto-Tupi-Guarani (Gildea, 2002). Propomos um diálogo entre essas hipóteses de modo identificar as correlações entre a referência de pessoa, alinhamento sintático e correferência. Por fim, motivados pela hipótese do “caminho da acusativização” proposto por Givón (2001) e atualizado por Queixalós (2004), buscamos identificar quais construções sofrem as mudanças de alinhamento primeiro, e qual o papel desempenhado pela correferência nesse processo.
Abstract: In this work, we revisit the cross-referencing system in three Tupi-Guarani languages: Apyãwa (traditionally known as Tapirapé), Tupinambá and Mbyá-Guaraní. We started from descriptions of these languages, as well as comparative works of this linguistic Family, to analyze the morphosyntactic behavior of person indexes and the functioning of grammaticalized coreference in independent and dependent verbal predicates, names, and postpositions. Our object is to assemble past descriptions of the cross-referencing systems of all three languages and to reanalyze them by means of more recent typological categories. As person indexes are the basis to these systems, we begin by investigating their argument status and the possibility of arguments being doubly expressed in these languages (Siewierska 2001; Dixon 2010; Schultze-Berndt 2011; Kibrik 2011; e Haspelmath 2013). Then, aiming a more straightforward comparison between the cross-referencing systems, we split them into three paradigms: split-S (Klimov, 1974), Person Hierarchy (Monserrat & Soares, 1983) and Correference (Wiesemann, 1986). This three-way system seeks to stress the correlation between cross-reference and two typological features i) the type of construction involved in person marking; ii) the macro syntacticsemantic roles of arguments. Thus: the independent monovalent constructions present a split-S system; the independent divalent constructions present a Person Hierarchy system; and the dependent/nonverbal constructions present a cross-referencing system based on coreference. Within theses three paradigms, the coreferential one is the less coherent and more heterogeneous. This behavior is assigned to cross-referencing and syntactic alignment changes on Tupi-Guarani languages. Four works looked into these changes and proposed the following hypotheses: i) some TG languages, from subgroup I and VIII, extended their cross-referencing system of independent constructions to dependent constructions (Jensen, 1990); ii) the pre-proto-Tupí-Guaraní cross-referencing system is reconstructed to be ergativeabsolutive (Jensen, 1998); iii) the less ergative a Tupi-Guarani language is, the less productive will be its coreferential marking system (Jensen, 1998); iv) based on grammaticalization theory and its assumptions, the cross-referencing system reconstructed on pre-proto-Tupí-Guaraní turns out to be nominative-accusative (Gildea, 2002). We discuss these assumptions intending to single out correlations between cross-reference, syntactic alignment and coreference. To achieve this, we add the “accusativization path” hypothesis to the equation as we try to identify which construction changed its cross-referencing pattern first, as well as the coreference role on this process.
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2020.
Licença:: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Collection(s) :Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Affichage détaillé " class="statisticsLink btn btn-primary" href="/jspui/handle/10482/38901/statistics">



Tous les documents dans DSpace sont protégés par copyright, avec tous droits réservés.