http://repositorio.unb.br/handle/10482/7247
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2009_AnaMariaCrepaldi.pdf | 416,2 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Investigação experimental da percepção de dor em mulheres com depressão |
Autor(es): | Crepaldi, Ana Maria |
Orientador(es): | Cruz, Antonio Pedro de Mello Souza, Wânia Cristina de |
Assunto: | Dor - aspectos psicológicos Medição da dor Depressão mental |
Data de publicação: | 1-Abr-2011 |
Data de defesa: | 15-Dez-2009 |
Referência: | CREPALDI, Ana Maria. Investigação experimental da percepção de dor em mulheres com depressão. 2009. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Comportamentais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009. |
Resumo: | No Brasil, onde existe grande ocorrência de casos de Transtorno Depressivo Maior (TDM) em comorbidade com sintomas dolorosos, há uma carência de pesquisa básica sobre a interação entre depressão e percepção de dor. O presente trabalho teve como objetivo contribuir para esclarecer como os estados depressivos podem influenciar a percepção de dor em ambientes experimentais, por meio do uso do Teste Pressor ao Frio (TPF) como método de indução de dor e do Questionário de Dor de McGill (QDM) como métrica de avaliação da dor. Foram realizados dois estudos: um piloto, com 16 participantes saudáveis (12 mulheres e quatro homens), para ajuste da metodologia, e um experimento envolvendo 16 mulheres com Depressão e 16 mulheres saudáveis, utilizando-se da mesma metodologia do estudo piloto para averiguar possíveis diferenças entre os resultados do TPF e do QDM entre os grupos com e sem depressão. O diagnóstico de depressão e a ausência de sintomas depressivos foram verificados através dos questionários Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) e Inventário de Beck Para Depressão. A sensibilidade à dor foi comparada entre homens e mulheres no estudo piloto (01) e entre mulheres com e sem depressão no estudo 02. As medidas utilizadas para averiguar a sensibilidade à dor foram: a tolerância à dor, verificada através da latência de retirada da mão da água no TPF; e os índices de estimativa sensorial, afetiva e global de dor do QDM. No estudo piloto, as mulheres permaneceram mais tempo com a mão na água do que os homens, embora tenham alcançado escores mais altos nos índices de estimativa da dor. As diferenças entre as médias foram estatísticamente significantes para os índices IED Sensorial e IED Total e houve correlação negativa estatisticamente significante entre idade e IED Sensorial e também entre a latência e a Avaliação Global da Intensidade da Experiência Dolorosa (AGIED). No experimento com mulheres com e sem depressão, o grupo controle tendeu a permanecer mais tempo com a mão na água e a atribuir mais valor sensorial à experiência, enquanto as mulheres com depressão atribuíram maior valor afetivo à dor experienciada. Estas diferenças foram estatisticamente significantes quando utilizamos os diagnósticos dos instrumentos M.I.N.I. e Beck separadamente. Entretanto, quando comparamos as mulheres saudáveis com mulheres classificadas como tendo Depressão Maior Atual e Recorrente de acordo com o M.I.N.I., o resultado foi oposto: o grupo controle apresentou escores de índice afetivo significantemente maiores do que o grupo com Depressão Maior Atual e Recorrente, talvez indicando uma possível dessensibilização afetiva na depressão recorrente. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT In Brazil, where there is a strong prevalence of Major Depression in comorbidity with painful symptoms, as well as some clinical research on this interaction, there is little basic research on depression and pain perception. The present study has had the purpose of contributing to the understanding of how depressive states can influence pain sensitivity, through the use of the Cold Pressor Test (CPT) as an experimental pain method and the McGill Pain Questionnaire (MPQ) for subjective pain measurement. Two studies were carried out: a pilot study with 16 healthy subjects (including 12 women and 4 men), for methodological adjustments; a second study involving 16 depressed women that were compared to 14 healthy women of approximate age. The goal of the second study was to compare pain tolerance and pain estimates between depressed and healthy women. The categorization of participants in depressed and healthy was made through the application of the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) and the Beck Depression Inventory. Pain tolerance, accessed through the withdrawal latency in the CPT, and pain estimates, accessed through MPQ scores, were compared between men and women in the pilot study (01) and between women with and without depression in study 02. In the pilot study, women were able to stand the CPT longer than men, though they have attributed higher values to the pain estimate indexes. The differences between the means were significant for the sensory and the total pain estimate indexes and a negative correlation was found between age and the sensory pain estimate index, as well as between the latency in the CPT and the global evaluation index in the MPQ. In the experiment with depressed women and healthy controls, the control group could endure the CPT longer, and has made higher sensory estimates comparing to the depressed women, who had attributed higher affective values to the pain experienced. However, these differences were only statistically significant when we analyzed the data comparing depressive women with health controls who had been classified as such through the both the M.I.N.I. and the Beck diagnostic criteria separately. Women with major depression have had significantly higher affective index scores than healthy controls both for the BDI and the M.I.N.I. classification criteria. However, when comparing healthy subjects with women classified as having Recurrent and Current Major Depression according to the M.I.N.I., the result was the opposite: controls had significant higher affective index scores than women with recurrent and current major depression. Studies using greater samples, different diagnostic criteria and more accurate physiological pain measurement methods could provide data that may be generalized. |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2009. |
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