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Título: Neoextrativismo entre fronteiras : movimentos indígenas e participação política no Brasil e na Argentina nos anos 2000
Autor(es): Menezes, Marcela Nunes de
Orientador(es): Toni, Fabiano
Coorientador(es): Eloy, Ludivine
Assunto: Povos indígenas
Extrativismo
Fronteiras - Brasil - Argentina
Participação política
Data de publicação: 3-Dez-2024
Referência: MENEZES, Marcela Nunes de. Neoextrativismo entre fronteiras : movimentos indígenas e participação política no Brasil e na Argentina nos anos 2000. 2024. 294 f., il. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: A interação entre povos indígenas e projetos de desenvolvimento é uma questão crucial nas discussões sobre questões socioambientais, neoextrativismo e expansão das fronteiras agropecuárias, especialmente nos anos 2000. Novas fronteiras agrárias extrativas para exploração dos recursos naturais vêm se expandindo, como é o caso da Amazônia e do Chaco Argentino. Os dois maiores biomas da América do Sul têm sido palco de grandes índices de desmatamento provocados pela conversão de áreas para a produção de commodities agrícolas e pecuária. Nessas regiões vivem diversos povos indígenas: muitos em terras demarcadas, outros em luta pela demarcação e outros que resistem às constantes expulsões provocadas pela expansão desenfreada das fronteiras extrativas. Esta tese discute como essa dinâmica se desenrolou no Brasil e na Argentina, de maneira comparativa, com foco na experiência indígena de participação em espaços de construção de políticas públicas indigenistas, inserida no contexto de intensificação do neoextrativismo. Com base em reflexão participante, o trabalho destaca a crescente visibilidade das lutas dos povos indígenas e suas organizações, que se tornaram atores importantes na promoção de seus direitos na América Latina. A participação indígena em políticas públicas, tanto em nível nacional quanto local, emergiu como uma estratégia crucial para visibilizar a implementação de direitos. A metodologia comparativa entre Brasil e Argentina analisa tanto a participação política indígena em políticas públicas indigenistas quanto as experiências de resistência e organização dos povos indígenas diante da expansão das fronteiras extrativas, por meio de trabalhos de campo e estudos de caso. As conclusões apontam para um contexto de uma nova “confluência perversa” entre participação política e neoextrativismo. Ao passo que participar é um valor e uma prática, ocorrendo dentro e fora do Estado, esta encontra limites no projeto desenvolvimentista contido no neoextrativismo.
Abstract: The interaction between indigenous peoples and development projects is a crucial issue in discussions about socio-environmental issues, neo-extractivism and the expansion of agricultural frontiers, especially in the 2000s. New extractive agrarian frontiers for the exploitation of natural resources have been expanding. This is the case of Brazil Amazon and Argentine Chaco. The two largest biomes in South America have been the scene of high rates of deforestation caused by the conversion of areas for the production of agricultural commodities and livestock. These regions are territories of diverse indigenous peoples: many on demarcated lands, others fighting for demarcation and others resisting the constant expulsions caused by the expansion of extractive frontiers. This thesis discusses how this dynamic has unfolded in Brazil and Argentina, in a comparative way, with a focus on the indigenous experience of participating in spaces for building indigenous public policies, within the context of the intensification of neo-extractivism. Based on participant reflection, the work highlights the growing visibility of the struggles of indigenous peoples and their organizations, which have become important actors in promoting their rights in Latin America. Indigenous participation in public policies, both at national and local level, has emerged as a crucial strategy for making the implementation of rights more visible. The comparative methodology between Brazil and Argentina analyses both indigenous political participation in indigenist public policies and the experiences of resistance and organization of indigenous peoples in the face of the expansion of extractive frontiers, through fieldwork and case studies. The conclusions point to a context of a new “perverse confluence” between political participation and neoextractivism. While participation is a value and a practice that takes place both inside and outside the state, it finds limits in the developmentalist project contained in neo-extractivism.
Resumen: La interacción entre pueblos indígenas y proyectos de desarrollo es un tema crucial en discusiones sobre cuestiones socioambientales, neoextractivismo y expansión de las fronteras agrarias extractivas, especialmente en la década de 2000. Estas nuevas fronteras extractivas para la explotación de los recursos naturales vienen expandiéndose, como es el caso de la Amazonía y el Chaco argentino. Los dos biomas más grandes de América del Sur han sido escenario de altas tasas de deforestación causadas por la conversión de áreas para la producción de commodities agrícolas y ganaderia. Estas regiones albergan a diversos pueblos indígenas: muchos en tierras demarcadas, otros luchando por la demarcación y otros resistiendo a las constantes expulsiones provocadas por la expansión desenfrenada de las fronteras extractivas. Esta tesis discute de forma comparada cómo se ha desarrollado esta dinámica en Brasil y Argentina, con foco en la experiencia indígena de participación en espacios de construcción de políticas públicas indígenistas, en el contexto de la intensificación del neoextractivismo. A partir de la reflexión participante, el trabajo destaca la creciente visibilidad de las luchas de los pueblos indígenas y sus organizaciones, que se han convertido en importantes actores en la promoción de sus derechos en América Latina. La participación indígena en las políticas públicas, tanto a nivel nacional como local, ha surgido como una estrategia crucial para hacer más visible la implementación de los derechos. La metodología comparativa entre Brasil y Argentina analiza tanto la participación política indígena en políticas públicas indigenistas como las experiencias de resistencia y organización de los pueblos indígenas frente a la expansión de las fronteras extractivas, a través de trabajo de campo y estudios de caso. Las conclusiones apuntan a un contexto de nueva «confluencia perversa» entre participación política y neoextractivismo. Si bien la participación es un valor y una práctica que tiene lugar tanto dentro como fuera del Estado, encuentra límites en el proyecto desarrollista contenido en el neoextractivismo.
Unidade Acadêmica: Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2024.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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