O método DEA e as abordagens tradicionais na seleção de fundos brasileiros de ações

Abstract

Este estudo objetiva avaliar se carteiras montadas com os fundos de ações de índice ativo por meio dos métodos Análise Envoltória de Dados (DEA) apresentam um melhor desempenho que os obtidos com os métodos tradicionais. Para isso, realizouse uma análise com o método DEA, com Retornos Variáveis de Escala (VRS) e Retornos Constantes de Escala (CRS), além de orientação aos produtos em sua forma clássica, bem como em conjunto com a ferramenta Bootstrap para maior robustez dos resultados. Posteriormente, buscou-se a realização da otimização de Markowitz, tendo ocorrido a análise em três estágios distintos. Primeiramente, verificaram-se os coeficientes de eficiência para os modelos DEA clássicos e para o modelo DEA com o bootstrap. Em seguida, realizou-se a formação da carteira eficiente projetada a partir dos fundos eficientes pelos modelos DEA. Então, efetuouse a otimização de Markowitz para as carteiras eficientes projetadas e uma carteira clássica. A base de dados compreendeu o período entre 2012 e 2021 com a extração dos dados da base do Economática®. Entre os principais resultados, foi identificado que a otimização da carteira clássica obteve melhores resultados que aquelas estimadas pelos modelos DEA. Verificou-se também que os fatores exógenos, como o período de recessão e a pandemia ocasionada pelo Covid, influenciaram os resultados.