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2023_ErickLuizAraujoDeAssumpcao_TESE.pdf737,1 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorCornelli, Gabriele-
dc.contributor.authorAssumpção, Erick Luiz Araujo de-
dc.date.accessioned2024-08-01T21:19:41Z-
dc.date.available2024-08-01T21:19:41Z-
dc.date.issued2024-08-01-
dc.date.submitted2023-07-24-
dc.identifier.citationASSUMPÇÃO, Erick Luiz Araujo de. Do phármakon. Ensaios sobre a multivalência. 2023.124 f. Tese (Doutorado em Metafísica) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49456-
dc.descriptionTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Metafísica, 2022.pt_BR
dc.description.abstractA presente tese é sustentada por um texto introdutório, intitulado Afinação, e um final, cujo título é Desmontagem. Entre eles são apresentados três ensaios, os dois primeiros separados do último por um Intervalo. Abre-se o trabalho com a Afinação. Diferente de uma introdução, busca-se algo como uma preparação instrumental. Preparação necessária, tendo em vista o objetivo geral da pesquisa: o levantamento e a interpretação de discursos da Antiguidade grega – em particular na Odisseia de Homero, em Helena de Eurípides, e nos diálogos protagonizados pelo Sócrates platônico – que possam funcionar em oposição à perspectiva da “guerra às drogas”, guerra cujos maiores danos se impõem, no Brasil, mas não só, sobre a população negra. Afinação, pois se trata de ajustar instrumentos muito diferentes – da poesia e da filosofia gregas antigas e da práxis antirracista e antiproibicionista contemporâneas – de maneira a soarem juntos mantendo suas sonoridades próprias. De modo previsível, dada sua tradução por droga, medicamento ou veneno, a atenção se volta para o termo phármakon e seu uso nos textos antigos. No primeiro ensaio, intitulado Odisseu e a multivalência épica, vê-se, no entanto, que o phármakon não pode ser analisado sozinho. No ensaio, propõe-se uma leitura de três episódios da Odisseia nos quais há o uso de um phármakon. A partir dessa leitura, centrada inicialmente no phármakon, percebe-se uma articulação à comida floral dos lotófagos e à relação de xénia, chegando à proposta segundo a qual, no texto homérico, há a valorização de algo que pode ser chamado de multivalência – a indefinição, a princípio, de algo; seu caráter aberto, desde o qual, de funcionamentos os mais variados, dá-se o desenvolvimento de um dentre eles de acordo com a atmosfera na qual tal algo está inserido –, um atributo, como se verá, conectado ao phármakon, mas que o extrapola. No segundo ensaio, cujo título é Helena e a ambivalência trágica, tem-se como intenção ler, à luz da ambivalência farmacológica, a tragédia Helena, de Eurípides. Fala-se em ambivalência, pois se afirma que há algo como uma “redução” do campo multivalente homérico odisseico, para aquele ambivalente trágico. Uma redução que implica em uma intensificação da ambivalência. Processo no qual há, concomitantemente, a diminuição das variáveis próprias à multivalência a dois polos opostos e algo como uma aproximação entre esses polos, criando uma fronteira, atravessada e explorada ininterruptamente pela tragédia. Para lidar e problematizar a ambivalência, Eurípides usa, por um lado, Helena e seu eidolon, essa imagem de Helena criada por Hera, e, por outro, a relação entre gregos e bárbaros. O Intervalo é um pequeno texto, algo como uma introdução à aparição de Sócrates, o protagonista de Platão. Que morre executado por um phármakon, e usa e sofre os efeitos de outro, durante grande parte da vida, o phármakon dos discursos. Mas não só isso, pois, dependendo de onde se observa Sócrates, pode-se ver algo como a coexistência entre o bom, o mau e o indiferente. Toda uma multivalência própria ao personagem. Se a Afinação era a preparação para se aproximar e lidar com os textos em foco, a Desmontagem é o afastamento. Tem-se, aí, o momento no qual se fala mais diretamente acerca dos motivos pelos quais se pode analisar os textos antigos gregos, com os olhos voltados, ao mesmo tempo, para nossa vida.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleDo phármakon. Ensaios sobre a multivalênciapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordLiteratura grega - crítica, interpretação, etcpt_BR
dc.subject.keywordLiteratura antigapt_BR
dc.subject.keywordDrogas - usopt_BR
dc.description.abstract1This thesis is supported by an introductory text, entitled Tuning, and a final one, entitled Disassemble. Among them are presented three essays, the first two separated from the last by an Interval. The job with Tuning opens. Unlike an introduction, something like an instrumental preparation is sought. Necessary preparation, in view of the general objective of the research: the survey and interpretation of discourses from Greek Antiquity – in particular in Homer's Odyssey, in Euripides' Helen, and in the dialogues carried out by the Platonic Socrates – that can work in opposition to the perspective of the “war on drugs”, a war whose greatest damage is imposed, in Brazil, but not only, on the black population. Tuning, as it is a matter of adjusting very different instruments – from ancient Greek poetry and philosophy to contemporary anti-racist and anti-prohibitionist praxis – so that they sound together while maintaining their own sonorities. Predictably, given its translation as drug, medicine or poison, attention turns to the term pharmakon and its use in ancient texts. In the first essay, entitled Odysseus and epic multivalence, it is seen, however, that the pharmakon cannot be analyzed alone. In the essay, it is proposed a reading of three episodes of the Odyssey in which there is the use of a pharmakon. From this reading, initially centered on the pharmakon, one can see an articulation with the floral food of the lotophages and the relationship of xénia, arriving at the proposal according to which, in the Homeric text, there is an appreciation of something that can be called multivalence – the vagueness, at first, of something; its open character, from which, of the most varied functionings, one of them develops according to the atmosphere in which such something is inserted –, an attribute, as will be seen, connected to the pharmakon, but which the extrapolates. In the second essay, whose title is Helena and tragic ambivalence, the intention is to read, in the light of pharmacological ambivalence, the tragedy Helena, by Euripides. There is talk of ambivalence, as it is said that there is something like a “reduction” of the Homeric odyssey multivalent field, to that tragic ambivalent. A reduction that implies an intensification of ambivalence. A process in which there is, concomitantly, a decrease in the variables inherent to multivalence to two opposite poles and something like a rapprochement between these poles, creating a border, crossed and explored uninterruptedly by the tragedy. To deal with and problematize the ambivalence, Euripides uses, on the one hand, Helen and her eidolon, this image of Helen created by Hera, and, on the other hand, the relationship between Greeks and barbarians. The Interval is a short text, something like an introduction to the appearance of Socrates, Plato's protagonist. Who dies executed by a pharmakon, and uses and suffers the effects of another, for most of his life, the pharmakon of speeches. But not only that, because, depending on where Socrates is observed, one can see something like the coexistence of the good, the bad and the indifferent. A whole multivalence proper to the character. If Tuning was the preparation to approach and deal with the texts in focus, Disassemble is the distancing. There is, then, the moment in which one speaks more directly about the reasons why ancient Greek texts can be analyzed, with eyes turned, at the same time, to our life.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Ciências Humanas (ICH)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Metafísicapt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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