Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Amparo, Deise Matos do | - |
dc.contributor.author | Pereira Júnior, Sebastião Venâncio | - |
dc.date.accessioned | 2024-08-01T17:30:53Z | - |
dc.date.available | 2024-08-01T17:30:53Z | - |
dc.date.issued | 2024-08-01 | - |
dc.date.submitted | 2023-12-11 | - |
dc.identifier.citation | PEREIRA JÚNIOR, Sebastião Venâncio. Adolescência no limite: dispositivo plurifocal como modelo de cuidado. 2023. 128 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49432 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A teoria psicanalítica compreende a adolescência como o interstício entre a infância e a vida
adulta. Trata-se de uma fase marcada por mudanças biológicas relativas à puberdade, mas
também psicológicas, diante das novas exigências internas e externas, que fragilizam o
narcisismo adolescente. A fragilidade das fronteiras do adolescente implica em algumas
problemáticas limítrofes nesse período, como o pubertário, o comportamento de dependência e a
incapacidade de realizar o trabalho de luto da infância. Ocorre assim uma aproximação da
adolescência com os estados limites, marcados por uma desorganização e uma incapacidade de
simbolização, exigindo que o sujeito recorra ao ato para lidar com essas questões, seja através de
comportamentos de automutilação, tentativas de suicídio, uso de drogas ou outros atos
dessimbolizantes. Assim, a psicanálise e o enquadre clássica não são adequadas para dar conta da
clínica dos limites na adolescência, é preciso assim pensar a técnica a partir do modelo do ato e
do dispositivo clínico enquanto dispositivo simbolizante. A noção de terapia bifocal surgiu
justamente diante das dificuldades de se atender adolescentes no limite, a partir da articulação de
dois terapeutas que irão atuar em conjunto, mas em enquadres distintos e com objetivos distintos.
A integração das consultas terapêuticas winnicottianas a essa modalidade de atendimento
constitui o que seria um dispositivo plurifocal, possibilitando um trabalho a ser realizado com os
pais ou familiares dos adolescentes, permitindo intervenções e mudanças no que tange a esse
ambiente frágil e instável em seu amadurecimento. Dessa forma, o presente trabalho utilizou o
método da construção de caso para abordar a construção de um dispositivo plurifocal no
atendimento de duas adolescentes limítrofes em um serviço-escola de psicologia. Ao longo dos
atendimentos, percebeu-se alguns resultados terapêuticos, como a diminuição de
comportamentos impulsivos e de automutilação por meio do dispositivo clínico simbolizante e
manejo terapêutico e do enquadre como meio maleável, e também a possibilidade de encontrar
uma boa distância relacional, através da diluição da transferência em enquadres distintos e com
terapeutas distintos, permitindo um melhor manejo da transferência, agora lateralizada. Apesar
de algumas dificuldades, inerentes ao trabalho analítico, inclusive pela própria complexidade da
clínica e dos casos trabalhados, como resultado foi observado que esse tipo de dispositivo clínico
é possível de ser realizado e sustentado, propiciando um ambiente de escuta e cuidado para esses
pacientes. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Adolescência no limite: dispositivo plurifocal como modelo de cuidado | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Adolescência | pt_BR |
dc.subject.keyword | Adolescentes | pt_BR |
dc.subject.keyword | Adolescentes limítrofes | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicanálise | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The psychoanalytic theory understands adolescence as the interstice between childhood and
adulthood. It is a phase marked by both biological changes related to puberty and psychological
changes in response to new internal and external demands that challenge adolescent narcissism.
The fragility of adolescent borders leads to various issues during this period, such as pubertal
concerns, dependency behavior, and an inability to complete the mourning process from
childhood. Adolescence becomes closely associated with borderline states, characterized by
disorganization and an inability to symbolize, requiring individuals to resort to actions to cope
with these issues, such as self-harm, suicide attempts, substance abuse, or other desymbolizing
acts. Therefore, psychoanalysis and the classical setting are not suitable for addressing the
clinical aspects of boundaries in adolescence. It is necessary to consider the technique based on
the model of act and the clinical device as a symbolizing device. The concept of bifocal therapy
emerged in response to the challenges of treating adolescents on the border. Two therapists
collaborate, each working in distinct settings with different objectives. Integrating winnicottian
therapeutic consultations into this approach constitutes a plurifocal device, allowing work with
the parents or relatives of adolescents, facilitating interventions and changes in this fragile and
unstable environment during their maturation. This study used the case construction method to
address the development of a plurifocal device in the treatment of two borderline adolescents in a
psychology school service. Throughout the sessions, therapeutic outcomes were observed, such
as a reduction in impulsive behaviors and self-harm through the symbolizing clinical device and
therapeutic management within a flexible setting. It also provided the opportunity to establish a
good relational distance by dispersing transference across different settings and therapists,
enabling better management of the now lateralized transference. Despite some inherent analytical
challenges, including the complexity of the clinical work and cases, the study demonstrated that
this type of clinical device is feasible and sustainable, offering a supportive environment for
listening and care for these patients. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | - |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|