Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Chatelard, Daniela Scheinkman | pt_BR |
dc.contributor.author | Gama, Laene Pedro | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-07-25T14:37:23Z | - |
dc.date.available | 2024-07-25T14:37:23Z | - |
dc.date.issued | 2024-07-25 | - |
dc.date.submitted | 2023-11-29 | - |
dc.identifier.citation | GAMA, Laene Pedro. O santo na obra documental de Agnès Varda: da inspiração ao silêncio do analista. 2023. 199 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49173 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente tese é uma pesquisa paradigmática em psicanálise, derivada de cenas fílmicas
e que buscou analisar a subversão da lógica impossibilitante do advento do sujeito em
direção a uma outra, que valoriza esse acontecimento. O referencial empírico consiste em
parte do opus fílmico documental da cineasta Agnès Varda. Em sua obra, esse estilo
cinematográfico interessa à nossa questão de pesquisa, haja vista a sua linguagem se
afastar dos recursos clássicos da narrativa fílmica, dirigidos a um espectador
contemplativo. A dinâmica provoca algumas questões: Como a cineasta se faz endereçar?
O que a levou a construir um espaço invocante? O saber-fazer vardadiano nos ajuda a
pensar a clínica? A artista afasta-se do lugar do sujeito suposto saber e constrói uma obra
sustentadora da suposição do sujeito falante. O seu estilo em construir laços nos convida
a pensar acerca do lugar ocupado pela cineasta em sua obra. A nossa hipótese é a de que
ela ocupe a posição do santo (enquanto construto psicanalítico), deslocando a posição do
espectador de uma contemplativa “O que eu verei?” para uma afirmativa: “O que eu
escuto!”. Iniciamos o trabalho pelo capítulo metodológico “O Opus Artístico”, no qual
apresentamos os seis documentários trabalhados. Deste opus, elegemos trinta e seis cenas
e trinta e três fotografias como material empírico, dividido em duas seções. A primeira
orientará a discussão da montagem pulsional da cineasta, tendo como principal interesse
a reflexão sobre o modo como a cineasta apreende o objeto artístico, uma das duas
singularidades implicadas na posição do santo. A segunda seção é usada como suporte
para a análise da subjetividade daquele que se implica no seu ato. Elegemos, para essa
discussão, elementos trágicos de sua obra. Entendemos que analisar o atravessamento das
relações especulares nos aproxima daquilo que é cobrado ao espectador no jogo proposto
pela cineasta, o de deslocamento do lugar contemplativo para o lugar afirmativo do
desejo. O segundo capítulo, “Inspiração, Criação, Compartilhamento”, consiste na
sustentação teórica. Possui como principais temas o se fazer endereçar em sua obra,
destacando, no terceiro tempo da invocação, o movimento do entre ouvir-responder.
Também destacamos o modo como Varda ocupa uma posição de esperança no sujeito a
advir, trabalhando artisticamente o silêncio e tomando a voz como objeto de desejo. Neste
trabalho, percebemos o fazer silêncio como uma posição desejante próxima à estética
psicanalítica. No terceiro capítulo, “O Santo que Banca o Dejeto e o Herói que Banca o
Desejo”, analisamos, a partir do material da primeira seção, a montagem pulsional
vardadiana. A leitura do trágico, contida no material da segunda seção, é realizada a partir
de dois personagens: Mona, figura heroica do filme Sans toit, ni loi (1985) e François, o homem das botas de Os catadores e eu (2000) e Dois anos após (2002), personagem que
não realiza a ultrapassagem do entre-duas-mortes. Na análise desses personagens
situamos onde se encontra o bem dizer do santo com o bem fazer do herói. É pelo herói
que banca o desejo que Varda se consolida como santo que banca o dejeto. Finalmente,
colocamos em causa se Varda, na posição do santo, usando do espaço do silêncio para o
enodamento entre as duas singularidades em jogo nessa posição, também não produz
efeitos dissolventes dessa amarração, levando-nos a refletir sobre a posição do santo como
uma saída para o analista trabalhar a dissolução do sujeito suposto saber. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O santo na obra documental de Agnès Varda : da inspiração ao silêncio do analista | pt_BR |
dc.title.alternative | Le Saint dans l’Oeuvre Documentaire d’Agnès Varda : De l’Inspiration au Silence
de l’Analyste | - |
dc.title.alternative | The Saint in Agnès Varda's Documentary Work : From Inspiration to the Analyst's
Silence | - |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicanálise e arte | pt_BR |
dc.subject.keyword | Documentário (Cinema) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Cinematografia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ouvinte | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The thesis in question is a paradigmatic research in psychoanalysis, derived from film
scenes which sought to analyze the subversion of the logic which precludes the self
advent, towards another, which values this event. The empirical reference consists in part
of the opus documentary film of the filmmaker Agnès Varda. In her work, this
cinematographic style is of interest to our research question, given that her language
moves away from the classic resources of film narrative, aimed at a contemplative
spectator. The dynamic raises some questions: How does the filmmaker make to self
address? What led you to build an summoner space? Does know-how-to Vardadian help
us think about the clinic? The artist moves away from the place of the subject supposed
to know and constructs a work supportive of the assumption of the speaking subject. Her
style of building bonds invites us to think about the place occupied by the filmmaker in
her work. Our hypothesis is that she occupies the position of the saint (as a psychoanalytic
construct), shifting the spectator's position from a contemplative “What will I see?” to an
affirmative: “What I hear!”. We begin the work with the methodological chapter “The
Artistic Opus”, in which we present the six documentaries worked on. From this opus,
we chose thirty-six scenes and thirty-three photographs as empirical material, divided into
two sections. The first will guide the discussion of the filmmaker's montage drive, with
its main interest being the reflection on the way in which the filmmaker apprehends the
artistic object, one of the two singularities implied in the saint's position. The second
section is used as support for the analysis of the subjectivity of whom are involved in the
act. For this discussion, we chose tragic elements from her work. We understand that
analyzing the crossing of specular relations brings us closer to what is demanded of the
spectator in the game proposed by the filmmaker, that of displacement from the
contemplative place to the affirmative place of desire. The second chapter, “Inspiration,
Creation, Sharing”, consists of theoretical support. The main themes are making self
addressing in her work, highlighting, in the third part of the invocation, the movement
between listening and responding. We also highlight the way in which Varda occupies a
position of hope in the subject yet to come, working artistically the silence and taking the
voice as an object of desire. In this work, we perceive the making silence as a desirous
position close to psychoanalytic aesthetics. In the third chapter, “The Saint Who Banks
Rejects and the Hero Who Banks Desire”, we analyze, based on the material from the
first section, the Vardadian drive montage. The reading of the tragic, contained in the
material of the second section, is carried out from two characters: Mona, a heroic figure in the film Sans toit, ni loi (1985) and François, the man with the boots in The Collector
and I (2000) and Two years later (2002), a character who does not overcome the betweentwo-deaths. In the analysis of these characters we find where the good said of the saint
meets with the good feats of the hero. It is through the hero who supports desire that
Varda consolidates herself as a saint who supports rejects. Finally, we question whether
Varda, in the position of the saint, using the space of silence for the knotting between two
singularities at play in this position, also, does not produce dissolving effects of this knot,
leading us to reflect on the position of the saint as an alternative for the analyst to work
on the dissolution of the subject supposed to know. | pt_BR |
dc.description.abstract3 | La présente thèse est une recherche paradigmatique en psychanalyse, dérivée de scènes
filmiques et ayant pour but d’analyser la subversion de la logique qui rend impossible
l'avènement du sujet pour aller vers une autre logique, l’une qui valorise cet événement.
Le référentiel empirique comprend une partie de l’opus documentaire de la cinéaste
Agnès Varda. Le style cinématographique de Varda intéresse à notre question de
recherche dû au fait que son langage s’écarte des caractéristiques classiques du récit
filmique, qui s’adressent plutôt à un spectateur contemplatif. Cette dynamique suscite des
questions : Comment la cinéaste se fait-elle adresser ? Qu’est-ce l’a poussé à construire
un espace invoncant ? Le savoir-faire vardadien nous aide-t-il à penser la cure ? L’artiste
s’éloigne de la place du sujet-supposé-savoir et élabore une œuvre qui soutien le supposé
du sujet parlant. Son mode de construction des liens nous invite à penser la place occupée
par la cinéaste elle-même dans son oeuvre. Notre hypothèse est qu’elle occupe la position
du saint (en tant que construction psychanalytique), en déplaçant la position du spectateur
d’une contemplative « Que verrai-je ? » à une affirmative « Ce que j’écoute! » . Ce travail
commence par le chapitre méthodologique « L’Opus Artistique », dans lequel nous
présentons les six documentaires qui seront analysés. Nous avons élu trente-six scènes et
trente-trois photographies de cet opus comme matériel empirique, qui sera divisé en deux
sections. La première guidera la discussion sur le montage pulsionnel de la cinéaste, ayant
pour intérêt majeur la réflexion à propos de la manière dont elle saisit l'objet artistique,
l’une des deux singularités impliquées dans la position du saint. La seconde section est
utilisée comme support pour l’analyse de la subjectivité de celui qui s‘implique dans son
acte. Pour cette discussion, nous avons choisi des éléments tragiques de l’œuvre de Varda.
Nous estimons que l’analyse de la traversée des rélations spéculaires nous rapproche de
ce qui est demandé au spectateur dans le jeu proposé par la cinéaste : celui du déplacement
du lieu contemplatif vers la place affirmative du désir. Le deuxième chapitre,
« Inspiration, Création, Partage », consiste à la base théorique. Son thème principal est le
se faire adresser dans l’œuvre de Varda, en soulignant, dans le troisième temps de
l’invocation, le mouvement de l’entre écoute-réponse. Nous soulignons également la
façon dont Varda occupe une position d’espoir par rapport le sujet à venir, en travaillant
artistiquement le silence et en prenant la voix comme objet de désir. Dans cette thèse,
nous comprenons le silence comme une position désirante proche de l’esthéthique
psychanalytique. Au troisième chapitre, « Le Saint qui Soutient le Déchet et le Héros qui Soutient
le Désir », nous analyserons, à partir du matériel choisi dans la première section, le
montage pulsionnel vardadien. La lecture du tragique proposée dans la deuxième section
sera faite à partir de deux personnages: Mona, figure héroïque du film Sans toit, ni loi
(1985), et François, l’homme aux bottes de Les glaneurs et la glaneuse (2000) et de Deux
ans après (2002), personnage qui ne parvient pas à faire le dépassement de l’entre-deuxmorts. Dans l’analyse de ces personnages, nous essayons de situer le point où confluent
le bien dire du saint et le bien faire du héros. C’est par le héros qui soutient le désir que
Varda se consolide comme saint qui soutient le déchet. Finalement, nous posons la
question si Varda, dans la position du saint et en utilisant le lieu du silence pour faire le
lien entre les deux singularités en jeu dans cette position, ne produit-elle non plus des
effets dissolvants de cet arrimage, nous conduisant à réfléchir à propos de la position du
saint comme une issue pour que l’analyste travaille la dissolution du sujet-supposé-savoir. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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