Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Carvalho, Rita de Cássia Pereira | - |
dc.contributor.author | Oliveira, Izaías Araújo de | - |
dc.date.accessioned | 2024-07-24T13:42:52Z | - |
dc.date.available | 2024-07-24T13:42:52Z | - |
dc.date.issued | 2024-07-24 | - |
dc.date.submitted | 2024-02-29 | - |
dc.identifier.citation | OLIVEIRA, Izaías Araújo de. Análise metagenômica-biológica da diversidade de vírus da família Geminiviridae e de agentes subvirais em cultivares de tomateiro suscetíveis e tolerantes (Ty-1/Ty-3) em diferentes regiões brasileiras. 2024. 196 f., il. Tese (Doutorado em Fitopatologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49153 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | A cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum L.) possui grande importância para agricultura
nacional e internacional. Diversas viroses podem acometer a cultura causando impactos
negativos consideráveis. Dentre os vírus que infectam o tomateiro, as espécies classificadas no
gênero Begomovirus (família Geminiviridae) merecem destaque (Capítulo 1). Os begomovírus
possuem genoma de DNA circular fita simples que pode ser monopartido ou bipartido e são
separados em dois grupos: begomovírus do Velho Mundo e do Novo Mundo. A transmissão
dos begomovírus ocorre por meio de um complexo de espécies crípticas de Bemisia tabaci
(Aleyrodidae: Hemiptera) com o predomínio de B. tabaci Middle East Asia Minor 1 – MEAM
1 (= biótipo B) e B. tabaci Mediterranean – MED (= biótipo Q). A gama de plantas hospedeiras
dos begomovírus é ampla, incluindo dicotiledôneas cultivadas e não cultivadas. Há uma grande
diversidade de espécies de begomovírus já descritas e diversas novas espécies vêm sendo
caracterizadas na última década. A grande diversidade observada nos begomovírus é gerada por
três mecanismos distintos: mutação, recombinação e pseudorecombinação. No Brasil, uma das
estratégias promissoras para controle de begomoviroses no tomateiro tem sido o uso de
cultivares com dois fatores de resistência/tolerância (Ty–1 e Ty–3). Com a crescente diversidade
de espécies, o uso de ferramentas tais como High-Throughput Sequencing (HTS) tem permitido
estudos mais amplos nesse tópico. Estudos prévios têm indicado que cultivares portadoras do
gene Ty–1 reduzem o número de espécies de begomovírus que infectam o tomateiro e impactam
a frequência e predominância destes vírus, agindo como um ‘filtro biológico’. Além disto,
espécies novas e/ou recombinantes podem superar fatores de tolerância presentes na planta
hospedeira. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi realizar o monitoramento e
caracterização via sequenciamento com tecnologia HTS da diversidade viral da família
Geminiviridae e de agentes subvirais associados ao gênero Begomovirus junto ao cultivo do
tomateiro em cinco regiões geográficas do Brasil entre 2003–2017. Para tanto, 154 amostras de
tomateiros sintomáticos (com e sem os fatores Ty–1 e Ty–3) foram coletadas em cinco regiões
brasileiras: Norte (13 amostras), Nordeste (36), Sul (24), Sudeste (39) e Centro-Oeste (42). As
amostras foram enriquecidas com DNA circulares por meio de Rolling Circle Amplification
(RCA). As amostras enriquecidas foram agrupadas em dois pools: BP1 (amostras das regiões
Norte, Nordeste e Sul) e BP2 (Sudeste e Centro-Oeste) e submetidas ao sequenciamento HTS
pela plataforma Illumina NovaSeq-6000 (Capítulo 2). As sequências foram montadas em
contigs utilizando o software CLC genomics Workbench 7.5, analisadas no Geneious R11.1,
comparadas com o banco de sequências depositadas no GenBank por meio do algoritmo
BLASTn. Do sequenciamento do pool BP1 recuperou-se 16 sequências correspondentes a 16
vírus, sendo 15 deles classificados no gênero Begomovirus, dos quais 11 correspondem a relatos
de espécies já conhecidas e quatro corresponderam a potenciais novos begomovírus (espécie
nova #1; espécie nova #2; espécie nova #3 e espécie nova #4), além de uma espécie de
Topilevirus. Recuperou-se do sequenciamento do pool BP2 14 sequências correspondentes a
14 vírus, sendo uma provável nova espécie de begomovírus (espécie nova #5) e também
sequências de alfassatélites associados aos begomovírus. Primers espécie-específicos foram
empregados para recuperação dos genomas por PCR em cada amostra individualmente. Os
genes Ty–1 e Ty–3 impactaram a diversidade viral e o número de amostras infectadas, sendo que as amostras desprovidas desses fatores apresentam maior número de espécies detectadas e
infecções. As frequências de infecções mistas também foram maiores em amostras de
tomateiros que não possuíam os fatores Ty–1/Ty–3. No capítulo 3, a recuperação por ensaios
de PCR com primers espécies-específicos permitiu a detecção do begomovírus bipartido tomato
chlorotic mottle Guyane virus – ToCMoGV, até então ausente no Brasil, na amostra
denominada AM–035, coletada em Iranduva, estado do Amazonas, norte do Brasil. Análises
moleculares e reconstruções filogenéticas demonstraram que ToCMoGV detectado no Brasil,
consiste em uma estirpe com alta divergência do isolado da Guiana Francesa, com a qual o
DNA–A compartilha 92% de identidade nucleotídica. No capítulo 4, através da caracterização
molecular, reconstrução filogenética e análises de identidade por meio do Sequence
Demarcation Tool (SDT) demonstrou-se que isolados virais depositados no GenBank
identificados como tomato yellow spot virus (ToYSV) e Leonurus mosaic virus (LeMV)
somados aos isolados de ToYSV recuperados por HTS no presente estudo se mostravam
intimamente relacionados. Alguns compartilhavam os mesmos iterons e identidades iguais e/ou
superiores a 91%, levando a concluir que foram erroneamente nomeados uma vez que se trata
de uma única espécie viral. Esse vírus ocorre apenas esporadicamente no tomateiro, mas é o
patógeno predominante em Leonurus. Neste contexto, foi elaborada uma proposição de que
apenas a nomenclatura original/mais antiga (Leonurus mosaic virus) seja empregada para esse
patógeno. O Capítulo 5 relata a detecção de um novo isolado de begomovírus infectando
tomateiro na região norte do Brasil. O novo isolado de begomovírus foi detectado na amostra
TO–083, originária de Araguaína, estado do Tocantins. O novo isolado é bipartido e clones
infectivos foram produzidos e inoculados em tomateiros. A caracterização molecular do novo
isolado identificou o iteron GGTGT/ACACC e o domínio da Rep relacionado ao iteron (Rep–
IRD): MPRQPTTFRL. O isolado TO–083 foi então denomidado tomato golden leaf spot virus
(ToGLSV). No capítulo 6, duas novas espécies de begomovírus monopartidos foram
recuperadas por PCR com primers específicos. A nova espécie #1 foi detectada no nordeste
brasileiro, nas amostras: CE–001, originária do estado do Ceará, PE–011 e PE–012, ambas de
Pernambuco. A nova espécie #2 foi detectada nas amostras PR–173 e PR–174 ambas coletadas
no estado do Paraná, sul do Brasil. As análises de recombinação demonstraram que as duas
novas espécies são recombinantes envolvendo segmentos genômico de outros begomovírus
previamente reportados infectando o tomateiro no Brasil. O begomovírus correspondente a
nova espécie #1, nomeado tomato iridescent mottle virus (ToIMoV) está filogeneticamente
mais próxima do tomato interveinal chlorosis virus (ToICV) (JF803252), enquanto que o
tomato iridescent apical mosaic virus (ToIAMV), correspondente à nova espécie #2 está mais
próxima do tomato mottle leaf curl virus (ToMoLCV) (MT215005). O capítulo 7 relata a
detecção e caracterização molecular de um novo begomovírus bipartido (tomato bright apical
mosaic virus –ToBAMV) infectando tomateiros, o qual foi detectado na região centro-oeste do
Brasil. ToBAMV foi detectado em amostras de tomateiro oriundas do estado de Goiás (GO) e
do Distrito Federal (DF), apresenta o segmento DNA–A de 2561 nucleotídeos (nts) e o DNA–
B de 2527 nts. Este vírus está filogeneticamente mais relacionado com tomato golden vein virus
(TGVV) (MN928612) com o qual compartilha 89% de identidade nucleotídica. As análises
detectaram um evento de recombinação com tomato leaf curl purple vein virus (ToLCPVV) e
tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV). Estudos para a caracterização biológica dessa nova
espécie bipartida serão realizados futuramente. O número crescente de espécies de begomovírus
associadas com tomateiro que foram descritas aqui representam um grande desafio para o
manejo e controle genético desse complexo de patógenos. O capítulo 8 compila os principais
resultado desta tese, trazendo dados que fornece ao melhoramento genético do tomateiro, um panorama mais preciso sobre espécies de Geminiviridae que apresentam relevância
epidemiológica no Brasil. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Análise metagenômica-biológica da diversidade de vírus da família Geminiviridae e de agentes subvirais em cultivares de tomateiro suscetíveis e tolerantes (Ty-1/Ty-3) em diferentes regiões brasileiras | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Tomate - cultivo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Vírus de plantas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Melhoramento genético | pt_BR |
dc.subject.keyword | Resistência | pt_BR |
dc.subject.keyword | Brasil | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Boiteux, Leonardo Silva | - |
dc.description.abstract1 | The tomato (Solanum lycopersicum L.) crop is of great national and international importance.
Several viruses can affect the tomato crop, causing considerable negative impacts. Among the
tomato-infecting viruses, the species classified in the genus Begomovirus (family
Geminiviridae) deserve to be emphasized (Chapter 1). Begomoviruses have a single-stranded
circular DNA genomes that can be either monopartite or bipartite, being discriminated into two
major groups: Old World and New World begomoviruses. Transmission of begomoviruses
occurs through a complex of cryptic species of Bemisia tabaci (Aleyrodidae: Hemiptera) with
a predominance of B. tabaci Middle East Asia Minor 1 – MEAM 1 (= biotype B) and B. tabaci
Mediterranean – MED (= biotype Q). The range of host plants for begomoviruses is wide,
including cultivated and uncultivated dicotyledonous. There is a great diversity of Begomovirus
species already described and several new ones have been characterized in the last decade.The
great diversity observed in begomoviruses is generated by three distinct mechanisms: mutation,
recombination, and pseudorecombination. In Brazil, one of the promising strategies for
controlling begomoviruses in tomato has been the use of cultivars with two resistance/tolerance
factors (Ty–1 and Ty–3). With the increasing diversity of species, the use of tools such as HighThroughput Sequencing (HTS) has allowed extensive studies on this topic. Previous studies
have indicated that cultivars carrying the Ty–1 gene reduce the number of begomovirus species
able to infect tomatoes and impact their frequency and predominance, acting as a biological
‘filter’. Furthermore, new and/or recombinant species may overcome tolerance factors present
in the host plant. Therefore, the objective of this work was to monitor and characterize via
sequencing with HTS technology the viral diversity of the Geminiviridae family and subviral
agents associated with begomoviruses associated with the tomato crop in five geographic
regions of Brazil between the years 2003–2017. To achieve this objective, 154 samples from
symptomatic tomato plants (with and without Ty–1 and Ty–3 factors) were collected in five
Brazilian regions: North (13 samples), Northeast (36), South (24), Southeast (39) and Midwest
(42). Samples were enriched with circular DNA using Rolling Circle Amplification (RCA). The
enriched samples were grouped into two pools: BP1 (samples from the North, Northeast, and
South regions) and BP2 (Southeast and Central-West) and submitted to HTS sequencing using
the Illumina NovaSeq-6000 platform (Chapter 2). The sequences were assembled into contigs
using the CLC genomics Workbench 7.5 software, analyzed in Geneious R11.1, compared with
the sequence bank deposited in GenBank using the BLASTn algorithm. From the sequencing
of the BP1 pool, 16 sequences corresponding to 16 viruses were recovered, 15 of which were
classified in the genus Begomovirus, of which 11 corresponded to reports of already known
species and four corresponded to potential new begomoviruses (new species #1; new species
#2; new species #3 and new species #4), in addition to one Topilevirus species. Fourteen (14) sequences corresponding to 14 viruses and subviral agents were recovered from the sequencing
of the BP2 pool, being a probable new species of begomovirus (new species #5) and also
alphasatellite sequences associated with begomoviruses. Species-specific primers were used to
recover the genomes by PCR in each sample individually. The Ty–1 and Ty–3 genes impacted
viral diversity and the number of infected samples, with samples lacking these factors
presenting a greater number of detected species and infections. The frequencies of mixed
infections were also higher in tomato samples that did not have the Ty–1/Ty–3 factors. In
Chapter 3, recovery by PCR assays with species-specific primers allowed the detection of the
bipartite begomovirus tomato chlorotic mottle Guyane virus – ToCMoGV, previously absent
in Brazil, in the sample called AM–035, collected in Iranduva, state of Amazonas, northern
Brazil. Molecular analyzes and phylogenetic reconstructions demonstrated that ToCMoGV
from Brazil consists of a strain with high divergence from the isolate of French Guiana, sharing
92% nucleotide identity in their DNA–A segment. In Chapter 4, it was demonstrated via
molecular characterization, phylogenetic construction, and identity analysis (using the
Sequence Demarcation Tool – SDT) that viral isolates identified as tomato yellow spot virus
(ToYSV) and Leonurus mosaic virus (LeMV) in GenBank (as well as the ToYSV isolates
recovered by HTS in the present study) were closely related. Some shared the same iterons and
identities equal to and/or greater than 91%, leading to the conclusion that they were wrongly
named since they are a single viral species. This virus occurs only sporadically in tomato, but
is the predominant pathogen in Leonurus. In this context, a proposal was made that only the
original/oldest nomenclature (i.e. Leonurus mosaic virus) should be used for this pathogen. The
Chapter 5 reports the detection of a new begomovirus isolate infecting tomatoes in the
Northern region of Brazil. The new begomovirus isolate was detected in sample TO–083,
originating from Araguaína, state of Tocantins. The new isolate is bipartite and infective clones
were produced and inoculated into tomato plants. Molecular characterization of the new isolate
identified the GGTGT/ACACC iteron and the iteron-related Rep domain (Rep–IRD):
MPRQPTTFRL. Isolate TO–083 was tentatively named as tomato golden leaf spot virus
(ToGLSV). In Chapter 6, two new species of monopartite begomoviruses were recovered by
PCRs with specific primers. The new species #1 was detected in northeastern Brazil, in samples:
CE–001, originating from the state of Ceará, PE–011 and PE–012, both from Pernambuco. The
new species #2 was detected in samples PR–173 and PR–174, both collected in the state of
Paraná, southern Brazil. Recombination analyzes demonstrated that the two new species are
recombinants involving genomic segments of other begomoviruses previously reported
infecting tomato in Brazil. The begomovirus corresponding to new species #1, named tomato
iridescent mottle virus (ToIMoV), is phylogenetically closer to tomato interveinal chlorosis
virus (ToICV) (JF803252), while tomato iridescent apical mosaic virus (ToIAMV),
corresponding to new species # 2 is closest to tomato mottle leaf curl virus (ToMoLCV)
(MT215005). Chapter 7, reports the detection and molecular characterization of a new bipartite
begomovirus (tomato bright apical mosaic virus –ToBAMV) infecting tomato plants, which
was named in the central-western region of Brazil. ToBAMV was detected in tomato samples
from the state of Goiás (GO) and the Federal District (DF), has the DNA–A segment of 2561
nucleotides (nts) and the DNA–B of 2527 nts. This virus is phylogenetically most closely
related to tomato golden vein virus (TGVV) (MN928612) with which it shares 89% nucleotide
identity. Further analyses detected a recombination event with tomato leaf curl purple vein virus
(ToLCPVV) and tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV). Studies dealing with the biological
characterization of this new bipartite species are ongoing. The increasing number of
Begomovirus species associated with tomato that have been described here represent a major challenge for the management and genetic control of this complex of pathogens. Chapter 8
compiles the main results of this thesis, bringing data that provide the genetic improvement of
tomato, a more precise overview of Geminiviridae species that have epidemiological relevance
in Brazil. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Biológicas (IB) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Fitopatologia (IB FIT) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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