Prevalência da sífilis em gestantes no estado de Goiás triadas pelo Programa de Proteção a Gestante : janeiro de 2005 a dezembro de 2007

Abstract

A vigilância, a assistência e a prevenção constituem a base dos programas de saúde pública e concorre para reforçar que a vigilância da sífilis na gravidez é uma das possibilidades de solução desse problema. Os estudos de prevalência são realizados para oferecer subsídios para o fortalecimento das ações de vigilância e assistência. Nesta perspectiva realizou-se um estudo transversal, exploratório e descritivo no Programa de Proteção a Gestante em Goiás, utilizando coleta retrospectiva de dados, compreendendo o período de três anos (janeiro 2005 a dezembro 2007) em gestantes atendidas no Programa de Proteção a Gestante do Estado de Goiás (PPGGO). Foram incluídas no estudo as gestantes cadastradas no PPGGO e descartadas aquelas com duplicidade de cadastro, gestantes com material biológico inadequado e fichas com preenchimento incorreto. As amostras de sangue foram coletadas inicialmente em papel filtro S&S 903 e confirmadas posteriormente em soro (VDRL, FTAAbs, ELISA). Os resultados demonstraram que a prevalência de sífilis em gestantes no período do estudo foi de 1,31%. O número de gestantes triadas em 2005 foi de 62.036 com cobertura de 68% no Estado de Goiás. No ano de 2006 foram triadas 72.946 e a cobertura foi de 80% e em 2007 foram triadas 68.195 e a cobertura foi de 74%. Pode-se observar que das 16 Regionais de Saúde do Estado, 15 apresentaram redução da prevalência de sífilis nos anos em estudo, exceto a Regional Oeste I. A prevalência da sífilis nas 16 Regionais de Saúde variou de menos de 5 até 23 gestantes/1000. Observa-se que após a implantação do Programa de Proteção a Gestante do Estado de Goiás, houve redução de 30% da prevalência de sífilis no período do estudo (janeiro 2005 a dezembro 2007). Desta forma pode-se considerar que oferecendo acesso ao diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento se consegue reduzir a prevalência de sífilis. Apesar destes avanços, os níveis de prevalência de sífilis no Estado ainda devem ser melhor trabalhados no sentido de sua redução. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT

The surveillance, care and prevention are bases of the most public health programs and compete to reinforce that surveillance of syphilis in pregnancy is on of the possibilities of solution of this matter. Prevalence studies are made to offer subsides for the strengthening of surveillance and care actions. From this perspective it was a cross-sectional study, exploratory and descriptive in Pregnant Women Protection Program in Goiás, with data retrospective collection, including the period of three years (january, 2005 to december, 2007) in pregnant women assisted by the Pregnant Women Protection Program of the State of Goiás (PPGO). Pregnant women registered in PPGGO are included in the study; and pregnant women with dual registration, with inappropriate biological material and with files with wrong filling are discarded. Samples were collected initially in filter paper S&R 903 and then confirmed in serum (VDRL, FTA-Abs, ELISA). The results demonstrated that the prevalence of pregnant women syphilis in the period of study was 1,31%. Referred pregnant women number in 2005 was 62.036 with cover state of 68% in the State of Goiás. In 2006’s year was referred 72.946 and the cover was 80% and in 2007 was referred 68.195 and cover was 74%. In 16 regional health, 15 had syphilis prevalence reduction in the years of study, unless one regional (West I). Syphilis prevalence in regional health ranged from less than 5 to 23 pregnant women/1000. Observed that after the Pregnant Women Protection Program of the State of Goiás deployment, decreased 30% of syphilis prevalence in the years of the study (january, 2005 to december, 2007). Thus it can be considered that offering diagnosis access, treatment and monitoring you can reduce the syphilis prevalence. Despite these advances, the levels of syphilis prevalence in the State still must be worked best to reduce it.