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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/45012
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Title: O comum e o lugar das mulheres na politeia de Platão
Other Titles: The common and the place of women in Plato’s Politeia
Authors: Maia, Rosane de Almeida
Orientador(es):: Cornelli, Gabriele
Assunto:: Filosofia política antiga
Platão - crítica e interpretação
Politeia
Mulheres
Issue Date: 7-Oct-2022
Citation: MAIA, Rosane de Almeida. O comum e o lugar das mulheres na politeia de Platão. 2022. 230 f. Tese (Doutorado em Metafísica) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Abstract: O objetivo geral dessa pesquisa é analisar as normas relativas às mulheres para a fundação da Kallipolis e destacar os seus fundamentos e princípios. A politeia, tal qual Sócrates propôs, justa e bela, completa e indivisa, é instituída ao se estabelecer as mulheres no lugar de primazia da comunidade política (koinonia politike). São examinadas as propostas normativas, em especial as chamadas primeira e segunda “ondas”, por meio de referências textuais do livro V da República de Platão, recorrendo-se aos comentários de autores da tradição e à discussão acadêmica contemporânea. Ademais, problematiza-se as interpretações díspares que deram curso à “elasticidade exegética” desse diálogo de Platão, de acordo com Mario Vegetti. Partese do entendimento do escopo enquanto reflexão ético-política sobre justiça. Considera-se, ainda, que o modelo teorético de explicação da vida social, marcada pela mudança e degeneração, requer o ideal da máxima perfeição no remoto passado ancestral, nos marcos de um mito de fundação. As estreitas conexões entre as práticas políticas, religiosas e sociais permitem compreender a interdependência entre oikos e polis como locus de execução dos valores e interdições que se influenciam reciprocamente. A investigação abrange as interconexões não apenas no seio das famílias, mas em um sentido mais amplo, na articulação com os serviços de governantes - guardiães - em prol dos interesses comuns da polis. A justiça, enquanto princípio de comunidade para impedir que indivíduos que vivem juntos (suzen) causem-se danos recíprocos, é tematizada por Hegel, que se afasta da tradição hobbesiana e cujo modelo de eticidade é levado em conta por Axel Honneth. Com base na teoria social de teor normativo, Honneth constrói uma teoria do reconhecimento e um conceito de luta social que parte dos sentimentos morais de injustiça. Com essa preocupação, recorre-se à conceituação de Comum, de Pierre Dardot e Christian Laval, para os quais é premente retomar a atividade de “pôr em comum” (koinonein) como instituição do “comum” (koinon), cuja investigação sobre justiça e interação social leva em conta a necessidade de cooperação entre as pessoas como o fundamento essencial para a vida em comunidade. Considera-se que a noção de bem comum suscita questões cruciais para o entendimento dessa politeia, tanto como para a atualização do debate e desafios das lutas contemporâneas.
Abstract: The research’s general objective is to analyze the norms related to women to create the Kallipolis and highlight its foundations and principles. Politeia, fair and beautiful, complete and undivided, as Socrates proposed, is instituted by establishing women in the primacy place of the political community (koinonia politike). The exam of the normative proposals uses the textual references of Plato's Republic, Book V, especially the so-called first and second “waves”, and refers to the tradition’s commentators and contemporary academic discussion. The thesis problematizes the divergent interpretations that gave rise to the Plato’s dialogue “exegetic elasticity”, according to Mario Vegetti. Considering the ethical-political scope and the theoretical model for social life, marked by change and degeneration, the thesis argues that it requires the ideal of maximum perfection in the remote ancestral past within the framework of a myth of foundation. The close connections between political, religious and social practices allow us to understand the interdependence between oikos and polis as a locus for carrying out practices permeated by values and interdictions that influence each other. The investigation covers interconnections within families and, in a broader sense, within rulers’service (guardians) in favor of the polis’ common interests. Justice, as a community principle to prevent individuals who live together (suzen) from causing reciprocal harm, is thematized by Hegel, moving away from the Hobbesian tradition. Hegel’s ethics model is taken into account by Axel Honneth. Based on normative social theory, Honneth builds a theory of recognition and a concept of social struggle that starts from moral feelings of injustice. With this concern, the thesis turns to the conceptualization of “Common”, by Pierre Dardot and Christian Laval, for whom it is urgent to reasume the activity of “putting in common” (koinonein) as an institution of the “common” (koinon). The investigation of justice and social interaction takes the need for cooperation as the essential foundation for community life. The notion of the common good raises crucial issues in understanding Plato’s politeia, and contributes to updating the debate and the challenges of contemporary struggles.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Description: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Metafísica, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Metafísica
Appears in Collections:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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