Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Sauer, Sérgio | - |
dc.contributor.author | Domingues, Gabriel de Mendonça | - |
dc.date.accessioned | 2022-10-03T22:05:35Z | - |
dc.date.available | 2022-10-03T22:05:35Z | - |
dc.date.issued | 2022-10-03 | - |
dc.date.submitted | 2022-07-06 | - |
dc.identifier.citation | DOMINGUES, Gabriel de Mendonça. Embates entre a fronteira extrativa agrária e a fronteira socioambiental no sudoeste paraense. 2022. 263 f., il. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44974 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | O objetivo principal desse trabalho é analisar os embates entre a fronteira extrativa agrária e a
fronteira socioambiental no Sudoeste Paraense, tendo em vista os sucessivos ciclos extrativos
que se abateram sobre a região ao longo da história, buscando entender de que forma os
diferentes atores sociais se organizaram para forçar um novo ordenamento do território, a partir
do paradigma socioambiental. O trabalho adota o significado geopolítico da fronteira, que é
assumida como um espaço em incorporação ao espaço global fragmentado, onde atores,
atuando em diferentes escalas, disputam o território para a implementação de projetos políticos
distintos. Acerca da fronteira extrativa agrária na Amazônia, observou-se que o extrativismo se
apresenta como um elemento de interconexão e continuidade entre a ordem colonial e a ordem
neoliberal, a partir do desencadeamento de sucessivos ciclos extrativos, que têm início com a
colonização ibérica. Do lado da fronteira socioambiental, observa-se a confluência das frentes
ambientalista, camponesa e indigenista, que, com origens e contextos históricos diferentes, se
encontram na Amazônia e conformam uma correlação de forças capaz de rivalizar
minimamente com o avanço da fronteira extrativa agrária. Ressalta-se, contudo, a infiltração de
interesses econômicos e geopolíticos diversos na fronteira socioambiental, na medida em que a
natureza passa a ser valorizada, cada vez mais, sob a lógica da acumulação. No Sudoeste
Paraense, observa-se a formação do mosaico de áreas protegidas, possível graças a coalização
de movimentos de trabalhadores rurais, organizações indígenas e indigenistas, organizações
ambientalistas internacionais, ONG’s nacionais, a ampliação da atuação dos órgãos federais e
a diversificação das fontes de financiamento internacional para os projetos socioambientais.
Observou-se, porém, uma contraofensiva agroextrativa na região, a partir da desregulamentação
ambiental, agrária e indigenista e o desmonte dos órgãos de fiscalização federais que vem
ensejando uma aceleração do avanço de todas as frentes que compõem a fronteira extrativa
agrária. Ressalta-se o papel do Estado no sentido de definir o modelo de desenvolvimento a ser
priorizado e dispor dos instrumentos legais e dos recursos necessários à sua implementação. A
simples entrega da região ao sabor das flutuações da dinâmica da fronteira significará o
predomínio definitivo da lógica extrativa, pois é ela que rege a atual fase da economia
globalizada. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Embates entre a fronteira extrativa agrária e a fronteira socioambiental no sudoeste paraense | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Amazônia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Extrativismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Neoliberalismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Conservação ambiental | pt_BR |
dc.subject.keyword | Povos da floresta | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The main objective of this work is to analyze the clashes between the agrarian extractive frontier
and the socio-environmental frontier in the Southwest of Pará, in view of the successive
extractive cycles that have occurred in the region throughout history and seeking to understand
how the different social actors organized themselves to force a new ordering of the territory,
from the socio-environmental paradigm. The work adopts the geopolitical meaning of the
frontier, which is assumed as a space in incorporation into the fragmented global space, where
actors, acting at different scales, dispute the territory for the implementation of different
political projects. Regarding the extractive agrarian frontier in the Amazon, it was observed that
extractivism presents itself as an element of interconnection and continuity between the colonial
order and the neoliberal order, from the triggering of successive extractive cycles, which began
with the Iberian colonization. On the side of the socio-environmental frontier, the confluence
of environmentalist, peasant and indigenist fronts can be observed, which, with different origins
and historical contexts, have met in the Amazon and formed a correlation of forces capable of
minimally opposing the advance of the agrarian extractive frontier. It is noteworthy, however,
the infiltration of different economic and geopolitical interests in the socio-environmental
frontier, as nature is increasingly valued under the logic of accumulation. In the Southwest of
Pará, the formation of a mosaic of protected areas can be observed, made possible by the
coalition of rural workers' movements, indigenous and indigenist organizations, international
environmental organizations, national NGOs, the expansion of the activities of federal agencies
and the diversification of sources of international financing for socio-environmental projects.
However, an agro-extractive counteroffensive was observed in the region, based on
environmental, agrarian and indigenist deregulation and the dismantling of federal inspection
agencies, which has led to an acceleration of the advance of all fronts that make up the agrarian
extractive frontier. The role of the State is highlighted in the sense of defining the development
model to be prioritized and having the legal instruments and resources necessary for its
implementation. The simple surrender of the region to the fluctuations of the dynamics of the
frontier will mean the definitive predominance of extractive logic, as it is what governs the
current phase of the globalized economy. | pt_BR |
dc.description.abstract3 | L'objectif principal de ce travail est d'analyser les affrontements entre la frontière extractive
agraire et la frontière socio-environnementale dans le sud-ouest du Pará, compte tenu des cycles
extractifs successifs qui ont frappé la région à travers l'histoire et comprendre comment les
différents acteurs sociaux se sont organisés pour imposer une nouvelle ordonnance du territoire,
à partir du paradigme socio-environnemental. L'œuvre adopte le sens géopolitique de la
frontière, qui est assumée comme un espace en incorporation dans l'espace global fragmenté,
où des acteurs, agissant à différentes échelles, se disputent le territoire pour la mise en œuvre
de différents projets politiques. En ce qui concerne la frontière agraire extractive en Amazonie,
il a été observé que l'extractivisme se présente comme un élément d'interconnexion et de
continuité entre l'ordre colonial et l'ordre néolibéral, depuis le déclenchement de cycles
extractifs successifs, qui ont commencé avec la colonisation ibérique. Du côté de la frontière
socio-environnementale, on observe la confluence de fronts écologistes, paysans et indigénistes
qui, d'origines et de contextes historiques différents, se sont rencontrés en Amazonie et ont
formé une corrélation de forces capables de s'opposer à l'avancée de la frontière extractive
agraire. Il convient de noter, cependant, l'infiltration de différents intérêts économiques et
géopolitiques dans la frontière socio-environnementale, car la nature est de plus en plus
valorisée dans la logique de l'accumulation. Dans le sud-ouest du Pará, on peut observer la
formation d'une mosaïque d'aires protégées, rendue possible par la coalition des mouvements
de travailleurs ruraux, des organisations indigènes et indigénistes, des organisations
environnementales internationales, des ONG nationales, l'expansion des activités des agences
fédérales et la diversification des sources de financement international des projets socioenvironnementaux. Cependant, une contre-offensive agro-extractive a été observée dans la
région, basée sur la dérégulation environnementale, agraire et indigéniste et le démantèlement
des agences fédérales d'inspection, ce qui a conduit à une accélération de l'avancée de tous les
fronts qui composent la frontière extractive agraire. Le rôle de l'Etat est mis en exergue dans le
sens de définir le modèle de développement à privilégier et de disposer des instruments
juridiques et des ressources nécessaires à sa mise en œuvre. La simple soumission de la région
aux fluctuations de la dynamique de la frontière signifiera la prédominance définitive de la
logique extractive, puisque c'est elle qui gouverne la phase actuelle de l'économie mondialisée. | pt_BR |
dc.contributor.email | gabrieldominguesea@gmail.com | pt_BR |
dc.description.unidade | Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) | - |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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