Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Aguiar, Alexandre Kehrig Veronese | - |
dc.contributor.author | Freitas, Marcio Luiz Coelho de | - |
dc.date.accessioned | 2022-07-14T21:56:51Z | - |
dc.date.available | 2022-07-14T21:56:51Z | - |
dc.date.issued | 2022-07-14 | - |
dc.date.submitted | 2022-03-28 | - |
dc.identifier.citation | FREITAS, Marcio Luiz Coelho de. Privacidade no Direito Penal e o dilema da vigilância na era digital: a regulação da internet como instrumento de tutela de direitos fundamentais. 2022. 236 f. Tese (Doutorado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44262 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente tese trata de um dos grandes dilemas de nosso tempo: como estabelecer
limites adequados para a utilização penal das informações compartilhadas através da internet.
Em um mundo onde cada elemento da experiência humana passa a servir de matéria-prima
gratuita para alimentar o capitalismo de vigilância, ordem econômica na qual a produção de
mercadorias e serviços é subordinada à nova arquitetura global de modificação
comportamental, a enorme disseminação de dados e informações pode colocar em risco
direitos fundamentais do indivíduo. A persecução penal deve encontrar limites
epistemológicos na proteção da privacidade, que não é um direito absoluto, mas é um direito
qualificado, cuja relativização e restrição pressupõem uma apreciação concreta das condições
fáticas e jurídicas envolvidas na colisão normativa. Por isso, não há como se pensar
efetivamente na construção de um estado democrático de direito na era digital sem que se
discuta adequadamente de que forma o Estado deve tratar as informações dos indivíduos na
persecução penal, buscando um equilíbrio entre a segurança pública e a privacidade. A
definição desses limites corresponde à atualização do próprio conceito de Estado de Direito
para a era digital, tornando mais efetiva a tutela de direitos fundamentais. Nesse sentido, a
solução do problema passa pelo reconhecimento da importância do papel da regulação,
compreendida como atividade voltada não só à correção de falhas do mercado, mas também à
tutela de direitos fundamentais. Para isso, a tese defende a necessidade de se superar tanto o
tecnodeterminismo quanto a visão individualista da privacidade, construída a partir da noção
de extensão da propriedade privada (daí se falar em “invasão” ou “violação” da privacidade),
adotando-se uma concepção multidimensional e contextual, na qual a privacidade é encarada
também em sua dimensão coletiva, relacionada não só à liberdade e à igualdade, mas à
própria democracia. Assim, a privacidade no campo penal passa a ser entendida como um
limite extrínseco à produção de provas, que encontra na regulação da internet campo profícuo
para a sua harmonização com a busca da verdade no processo penal, por meio da técnica de
balanceamento e ponderação, feita a partir de uma compreensão contextual aberta aos valores
sociais dominantes. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Privacidade no Direito Penal e o dilema da vigilância na era digital : a regulação da internet como instrumento de tutela de direitos fundamentais | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Regulação da internet | pt_BR |
dc.subject.keyword | Direito penal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Privacidade contextual | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This thesis deals with one of the great dilemmas of our time: how to establish adequate
limits for the criminal use of information shared over the internet. In a world where every
element of human experience becomes free raw material to feed surveillance capitalism, an
economic order in which the production of goods and services is subordinated to the new
global architecture of behavioral modification, the enormous dissemination of data and
information may jeopardize an individual's fundamental rights. Criminal prosecution must
find epistemological limits in the protection of privacy, which is not an absolute right, but a
qualified right, whose relativization and restriction presuppose a concrete appreciation of the
factual and legal conditions involved in the normative collision. Therefore, there is no way to
effectively think about building a democratic state of law in the digital age without properly
discussing how the State should treat the information of individuals in criminal prosecution,
seeking a balance between public security and privacy. The definition of these limits
corresponds to the updating of the very concept of the rule of law for the digital age, making
the protection of fundamental rights more effective. In this sense, the solution to the problem
involves recognizing the importance of the role of regulation, understood as an activity aimed
not only at correcting market failures, but also at protecting fundamental rights. For this, the
thesis defends the need to overcome both techno-determinism and the individualistic view of
privacy, built from the notion of the extension of private property (hence the terms “invasion”
or “violation” of privacy), adopting a multidimensional and contextual conception, in which
privacy is also seen in its collective dimension, related not only to freedom and equality, but
also to democracy itself. From this, privacy in the criminal field comes to be understood as an
extrinsic limit to the admission of evidence, which finds in the regulation of the internet a
fruitful field for its harmonization with the search for truth in criminal proceedings, through
the technique of balancing and weighting. made from a contextual understanding open to
dominant social values. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | Esta tesis aborda uno de los grandes dilemas de nuestro tiempo: cómo establecer límites
adecuados para el uso delictivo de la información compartida a través de Internet. En un
mundo donde cada elemento de la experiencia humana se convierte en materia prima gratuita
para alimentar el capitalismo de vigilancia, un orden económico en el que la producción de
bienes y servicios está subordinada a la nueva arquitectura global de modificación del
comportamiento, la enorme difusión de datos e información puede poner en peligro derechos
fundamentales del individuo. La persecución penal debe encontrar límites epistemológicos en
la protección de la privacidad, que no es un derecho absoluto, sino un derecho calificado,
cuya relativización y restricción presupone una apreciación concreta de las condiciones de
hecho y de derecho involucradas en la colisión normativa. Por lo tanto, no hay forma de
pensar efectivamente en la construcción de un estado democrático de derecho en la era digital
sin discutir adecuadamente cómo el Estado debe tratar la información de los individuos en la
persecución penal, buscando un equilibrio entre la seguridad pública y la privacidad. La
definición de estos límites corresponde a la actualización del propio concepto de estado de
derecho para la era digital, haciendo más efectiva la protección de los derechos
fundamentales. En este sentido, la solución al problema pasa por reconocer la importancia del
papel de la regulación, entendida como una actividad encaminada no sólo a corregir fallas de
mercado, sino también a proteger derechos fundamentales. Para ello, la tesis defiende la
necesidad de superar tanto el tecnodeterminismo como la visión individualista de la
privacidad, construida a partir de la noción de extensión de la propiedad privada (de ahí el
término “invasión” o “violación” de la privacidad), adoptando una concepción
multidimensional y contextual. , en el que la intimidad también es vista en su dimensión
colectiva, relacionada no sólo con la libertad y la igualdad, sino también con la propia
democracia. A partir de ello, la privacidad en el ámbito penal pasa a ser entendida como un
límite extrínseco a la producción de prueba, que encuentra en la regulación de internet un
campo fecundo para su armonización con la búsqueda de la verdad en el proceso penal, a
través de la técnica de la ponderación. y ponderación, realizada desde una comprensión
contextual abierta a los valores sociales dominantes. | pt_BR |
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