Rinocerontes : estudo para teatro filmado em 3 vídeos e 4 quadros

Abstract

Esta dissertação investiga a evolução conceitual do que se entende por teatro filmado, desde as primeiras intersecções entre o palco e a tela até os dias de hoje, sob uma perspectiva que leva em consideração as intenções dos autores aqui implicados. Para tanto, elege como estudo de caso a adaptação da peça O rinoceronte, de Eugéne Ionesco, realizada por Hugo Rodas em três momentos distintos de sua carreira: de 2003 a 2006, à frente do grupo Tucan (Teatro Universitário Candango); de 2019 a 2020, já com a Agrupação Teatral Amacaca (ATA); e uma terceira montagem, em processo, também com a ATA, como prática integrada à este projeto de pesquisa. A partir desses registros, a ideia é buscar ressignificar as funções e a relevância do teatro filmado, tanto da perspectiva do espectador quanto dos processos composicionais das companhias, principalmente à luz das mudanças comportamentais trazidas pela pandemia de Covid-19, que levam a uma reavaliação da prática teatral de forma geral, e colocam em xeque o suposto consenso de que teatro filmado não é teatro.