http://repositorio.unb.br/handle/10482/43249
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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1993_RicardoDiasRamagem.pdf Restrito | 3,28 MB | Adobe PDF | Acesso Restrito |
Título: | Caracterização de uma estirpe necrótica do vírus do mosaico amarelo do feijoeiro (BYMV) |
Autor(es): | Ramagem, Ricardo Dias |
Orientador(es): | Costa, Claudio Lucio |
Assunto: | Fitopatologia Pragas agrícolas Feijão - doenças e pragas |
Data de publicação: | 31-Mar-2022 |
Data de defesa: | 1993 |
Referência: | RAMAGEM, Ricardo Dias. Caracterização de uma estirpe necrótica do vírus do mosaico amarelo do feijoeiro (BYMV). 1993. xi, 111 f., il. Tese (Doutorado em Fitopatologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 1993. |
Resumo: | Um potyvirus recuperado de plantas de tremoço, das espécies Lupinus albus e Lupinus luteus, proveniente do município de Ponta Grossa - PR, foi identificado e caracterizado no Departamento de Fitopatologia da Universidade de Brasília. A suspeita inicial de que o vírus fosse uma estirpe do vírus do mosaico amarelo do feijoeiro - BYMV, foi confirmada através de estudos sobre círculo de hospedeiras e sintomatologia, transmissão, propriedades físicas in vitro, purificação, produção de anti-soro, testes sorológicos e observação através de microscopia eletrônica. Estudos a respeito do círculo de hospedeiras e sintomatologia, permitiram a denominação de isolado necrótico, em função de ter causado sintomas necróticos severos em algumas cultivares de Phaseolus vulgaris. A estirpe necrótica do BYMV tem seu círculo de hospedeiras restrito a espécies das famílias Leguminosae e Chenopodiaceae. Em leguminosas, principalmente Phaseolus vulgaris, Glycine max, Pisum sativum, Vicia faba, crotalaria spectabilis, Lupinus albus e Lupinus luteus, foram observados sintomas sistêmicos de mosaico amarelo, encarquilhamento, bolhosidade foliar, clorose de nervuras, ou ainda sintomas locais de necrose de nervuras e queda de folhas em algumas plantas. Em Chenopodiaceae, puderam ser observados sintomas de lesões cloróticas locais e sistêmicas em Chenopodium amaranticolor, e sintomas locais em C. quinoa. O vírus foi facilmente transmitido por inoculação mecânica para diversas hospedeiras. Também ocorreu transmissão pelas sementes de Lupinus albus, não ocorrendo porém pelas sementes de Phaseolus vulgaris cvs. 'Rio Tibagi' e 'Rico 23', nem pelas de Glycine max cvs. 'Doko' e 'FT-Cristalina'. A estirpe do BYMV não foi transmitida de maneira não circulativa por oito espécies de afídeos testados: Myzus persicae, Acyrthosiphon bidenticola, Acyrthosiphon pisum, Picturaphis vignaphilus, Aphis craccivora, üroleucom ambrosiae, Hyteroneura setariae e Macrosiphum rosae. 0 vírus apresentou ponto final de diluição entre 1O”2 e 10“3, ponto de inativação térmica entre 50 e 55°C e longevidade in vitro, à temperatura ambiente, de 48 horas. Pôde ser purificado a partir de Phaseolus vulgaris cvs. 'Rio Tibagi' e 'Rico 23', propiciando a produção de anti-soro específico com título de 1:256. Nos testes sorológicos foi possível detectar a reação positiva entre o vírus estudado e o anti-soro para BYMV produzido em Turim - Itália. O virus apresenta comprimento normal de 752 nm, verificado a partir da observação de preparações do tipo "leaf-dip". Através de exames de secções ultrafinas de tecido foliar, puderam ser observadas inclusões citoplasmáticas típicas do grupo potyvirus, e características da subdivisão II, como inclusões em cata vento e laminados agregados. Esta estirpe do BYMV, é distinta daquela descrita por Almeida et al. (1991), em função de diferenças verificadas na sintomatologia, círculo de hospedeira e transmissibilidade por afídeos, e propõe-se a denominação de estirpe necrótica do vírus do mosaico amarelo do feijoeiro (BYMV). |
Resumen: | A potyvirus recovered from plants of lupines, species Lupinus albus and Lupinus luteus, from Ponta Grossa, Paraná, Brazil, was identified and characterized in the "Departamento de Fitopatologia, Universidade de Brasília". The first idea that the virus was strain of bean yellow mosaic virus (BYMV), has been confirmed during studies about host hange and symptomatology, transmission, physical properties, purification, production of anti-serum, serological tests and observations with the electron microscop;/. Host range and symptomatology studies suggested this virus was an necrotic isolate, because it caused severe necrotic symptoms in some Phaseolus vulgaris varieties. The necrotic strain of BYMV has its host range restricted to some species in Leguminosae and Chenopodiaceae Systemic symptoms of yellow mosaic, malformations of leaf, vein chlorosis or either local symptons of vein necrosis have been observed in Phaseolus vulgaris, Glycine max, Pisum sativum, Vicia faba, Crotalaria spectabilis, Lupinus albus and Lupinus luteus In Chenopodiaceae, chlorotic systemic lesions and chlorotic local lesions has been observed in Chenopodium amaranticolor. C. quinoa presents only local symptoms. The virus was readily transmitted by mechanlcal inoculation to several host plants. Transmission through seed occurred in Lupinus albus, but no seed transmissioin was observed in Phaseolus vulgaris cvs. 'Rio Tibagi' and 'Rico 23', and in Glycine max cvs. 'Doko' and 'FT-Cristalina'. The strain of BYMV was not transmitted in a non-persistent manner by eight aphid species: Myzus persicae, Acyrthosiphon bidenticola, Acyrthosiphon pisum, Picturaphis vignaphilus, Aphis craccivora, Uroleucom ambrosiae, Hysteroneura setariae and Macrosiphom rosae. The virus presented dilution end points between 1O-2 and 1O-3, thermal inactivation point between 50 and 55°C, and longevity in vitro at room temperature for 48 hours. 1t can be purified from Phaseolus vulgaris leaves 'Rio Tibagi' and 'Rico 23' and a specific anti-serum with a titre of 1:256 was produced. 1n serological tests was possible to detect positive reaction between the virus and the anti-serum to BYMV from Torino - Italy. The virus presents normal length of 752 nm, observed through leaf-dip preparations. 1n ultrathin sections of leaf tissue, cytoplasmic inclusion typical of potyvirus group could be observed. These inclusions consist of pinwheels and laminated aggregates corresponding to subdivision 11, according to Edwardson et al. (1984). This strain of BYMV is distinct from that related by Almeida et al. (1991), based on the diferences observed in symptomatology and transmissibility by aphid, and it is proposed to designated it as a necrotic strain of bean yellow mosaic virus (BYMV). |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Biológicas (IB) Departamento de Fitopatologia (IB FIT) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 1993. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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