Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bianco, Nelia Rodrigues Del | - |
dc.contributor.author | Oliveira, Gisele Pimenta de | - |
dc.date.accessioned | 2022-03-15T20:07:20Z | - |
dc.date.available | 2022-03-15T20:07:20Z | - |
dc.date.issued | 2022-03-17 | - |
dc.date.submitted | 2021-11-30 | - |
dc.identifier.citation | OLIVEIRA, Gisele Pimenta de. O campo da radiodifusão pública no Brasil: disputas simbólicas e legitimidade sob a ótica da grande imprensa comercial. 2021. 255 f., il. Tese (Doutorado em Comunicação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43041 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta pesquisa mapeia como as temáticas sobre a radiodifusão pública brasileira são abordadas
por três veículos representativos da chamada grande imprensa comercial, investigando como a
mobilização dos agentes e das características qualificadoras e desqualificadoras da mídia
pública – denominadas por este estudo como operadores simbólicos da radiodifusão – impacta
o reconhecimento, o prestígio e a legitimidade do serviço público de rádio e televisão no Brasil.
Para isso, foram coletadas 2.327 publicações informativas e opinativas veiculadas entre os anos
de 1975 e 2019 pelos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. De forma
específica, observam-se quais temas sobre a radiodifusão pública são pautados, quais grupos
têm legitimidade para falar em nome do campo e quais crenças essas abordagens revelam,
detectando as variações argumentativas a depender dos ciclos políticos do Poder Executivo
Federal. As interpretações teórico-metodológicas são fundamentadas na sociologia reflexiva e
na praxiologia de Pierre Bourdieu (1983, 1989, 2005) e seu aporte conceitual da teoria dos
campos. Sendo assim, esta pesquisa assume a radiodifusão como um campo cujos agentes e
instituições estão em concorrência em busca de capitais específicos, que mobilizam as forças
deste universo social. Essa luta concorrencial envolve disputas por capital econômico,
materializado em bens, recursos e/ou investimentos financeiros, verbas publicitárias, lucros,
infraestrutura, equipamentos, parque tecnológico dos veículos de comunicação; por capital
social, representado pelas relações de prestígio e reconhecimento construídas pelo campo,
sobretudo em âmbito do poder econômico e político; por capital cultural, que contempla a
capacidade dos meios de comunicação em pautar e conformar temas, argumentos e padrões
tanto midiáticos quanto de vida e de sociedade; e por capital simbólico, traduzido pela
reivindicação do discurso jornalístico (e midiático) de obter o monopólio da representação da
“verdade objetiva”. A hipótese de trabalho, confirmada por esta tese, é a de que, ancorada em
argumentos que frequentemente vinculam as emissoras públicas ao aparelhamento político, ao
desperdício de dinheiro público e à pouca penetração social, a imprensa comercial constrói uma
representação dominante de que a radiodifusão pública efetivada no Brasil não presta serviços
relevantes à sociedade e, portanto, não tem razão de existir. Essa visão majoritariamente
negativa configura-se como instrumento de violência simbólica, uma vez que os veículos da
imprensa comercial inculcam e naturalizam crenças que deslegitimam o serviço público de
radiodifusão e, com isso, transferem reconhecimento, prestígio e autoridade ao polo comercial e
suas práticas, ampliando o exercício do poder simbólico dos grupos dominantes (mídia
comercial) sobre os dominados (mídia pública) e, consequentemente, garantindo a concentração
dos capitais econômico, cultural, social e simbólico no polo dominante. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O campo da radiodifusão pública no Brasil : disputas simbólicas e legitimidade sob a ótica da grande imprensa comercial | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Radiodifusão pública | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mídia pública | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bourdieu, Pierre, 1930-2002 - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research maps out how Brazilian public service broadcasting themes are addressed by three
representative vehicles of the so-called large commercial press, investigating how the
mobilization of agents and the qualifying and disqualifying characteristics of public media - called
by this study as symbolic broadcasting operators - impacts the recognition, prestige and
legitimacy of the public radio and television service in Brazil. For this, 2,327 informative and
opinionated publications were collected between the years 1975 and 2019 by the newspapers
Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo and O Globo. Specifically, it is observed which themes
on public broadcasting are guided, which groups have legitimacy to speak on behalf of the field
and which beliefs these approaches reveal, detecting the argumentative variations depending on
the political cycles of the Federal Executive Branch. The theoretical-methodological
interpretations are based on the reflexive sociology and praxiology of Pierre Bourdieu (1983,
1989, 2005) and his conceptual contribution to field theory. Therefore, this research assumes
broadcasting as a field whose agents and institutions are in competition in search of specific
capital, which mobilize the forces of this social universe. This competitive struggle involves
disputes for economic capital, materialized in goods, resources and/or financial investments,
advertising funds, profits, infrastructure, equipment, technological park of communication
vehicles; by social capital, represented by the relationships of prestige and recognition built by
the countryside, especially in the sphere of economic and political power; by cultural capital, which
includes the capacity of the means of communication to guide and conform themes, arguments
and standards both in the media and in life and society; and by symbolic capital, translated by the
journalistic (and media) discourse's claim to obtain a monopoly on the representation of “objective
truth”. The working hypothesis, confirmed by this thesis, is that, anchored in arguments that often
link public broadcasters to political apparatus, waste of public money and little social penetration,
the commercial press builds a dominant representation that broadcasting effective public service
in Brazil does not provide relevant services to society and, therefore, has no reason to exist. This
mostly negative view is configured as an instrument of symbolic violence, since the commercial
press vehicles inculcate and naturalize beliefs that delegitimize the public service broadcasting
and, therefore, transfer recognition, prestige and authority to the commercial hub and its practices,
expanding the exercise of symbolic power of dominant groups (commercial media) over the
dominated (public media) and, consequently, ensuring the concentration of economic, cultural,
social and symbolic capital in the dominant pole. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | Esta investigación traza cómo los temas de la radiodifusión pública brasileña son abordados por
tres vehículos representativos de la llamada gran prensa comercial, investigando cómo impacta
la movilización de agentes y las características calificativas y descalificantes de los medios
públicos --llamados por este estudio como operadores simbólicos de radiodifusión-- el
reconocimiento, prestigio y legitimidad del servicio público de radio y televisión en Brasil. Para
ello, se recopilaron 2.327 publicaciones informativas y testarudas entre los años 1975 y 2019 por
los periódicos Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo y O Globo. Específicamente, se observa
qué temas de la radiodifusión pública se orientan, qué grupos tienen legitimidad para hablar en
nombre del campo y qué creencias revelan estos enfoques, detectando las variaciones
argumentativas en función de los ciclos políticos del Ejecutivo Federal. Las interpretaciones
teórico-metodológicas se basan en la sociología reflexiva y la praxiología de Pierre Bourdieu
(1983, 1989, 2005) y su aporte conceptual a la teoría de campo. Por tanto, esta investigación
asume la radiodifusión como un campo cuyos agentes e instituciones compiten en busca de un
capital específico, que movilice las fuerzas de este universo social. Esta lucha competitiva
involucra disputas por capital económico, materializado en bienes, recursos y / o inversiones
financieras, fondos publicitarios, utilidades, infraestructura, equipamiento, parque tecnológico de
vehículos de comunicación; por el capital social, representado por las relaciones de prestigio y
reconocimiento construidas por el campo, especialmente en la esfera del poder económico y
político; por el capital cultural, que incluye la capacidad de los medios de comunicación para
orientar y conformar temas, argumentos y estándares tanto en los medios como en la vida y la
sociedad; y por capital simbólico, traducido por la pretensión del discurso periodístico (y
mediático) de obtener el monopolio de la representación de la “verdad objetiva”. La hipótesis de
trabajo, confirmada por esta tesis, es que, anclada en argumentos que muchas veces vinculan a
las emisoras públicas con el aparato político, derroche de dinero público y poca penetración
social, la prensa comercial construye una representación dominante que no brinda un servicio
público efectivo de radiodifusión en Brasil. servicios relevantes para la sociedad y, por lo tanto,
no tiene razón de existir. Esta mirada mayoritariamente negativa se configura como un
instrumento de violencia simbólica, ya que los vehículos de la prensa comercial inculcan y
naturalizan creencias que deslegitiman el servicio público de radiodifusión y, por tanto,
transfieren reconocimiento, prestigio y autoridad al eje comercial y sus prácticas, ampliando el
ejercicio de la poder simbólico de los grupos dominantes (medios comerciales) sobre los
dominados (medios públicos) y, en consecuencia, asegurar la concentración del capital
económico, cultural, social y simbólico en el polo dominante. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Comunicação (FAC) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Comunicação | pt_BR |
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