Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Aguiar, Ludmilla Moura de Souza | - |
dc.contributor.author | Hegel, Carla Grasiele Zanin | - |
dc.date.accessioned | 2022-03-08T17:29:46Z | - |
dc.date.available | 2022-03-08T17:29:46Z | - |
dc.date.issued | 2022-03-08 | - |
dc.date.submitted | 2021-11-24 | - |
dc.identifier.citation | HEGEL, Carla Grasiele Zanin. História da invasão do javali (Sus scrofa L.) no Brasil contada pela dispersão e morfologia, com cenários de manejo da espécie. 2021. 187 f. Tese (Doutorado em Ecologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43002 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | O conhecimento da história e das rotas de dispersão dos javalis na América do Sul, e
principalmente no Brasil, é indispensável para a compreensão dos processos de evolução
morfológica da espécie nas áreas introduzidas, e no estabelecimento de métodos de manejo e
controle mais eficazes da espécie. Meu objetivo geral nesta tese foi verificar se os fatores
históricos do processo de introdução e dispersão, e a variação geográfica e ambiental das
populações de javali, são refletidos na morfologia craniana da espécie. Além disso, propus
cenários de manejo e controle da espécie baseados na caça direcionada ao sexo. Estruturei a
tese em quatro capítulos formatados como artigos. No primeiro capítulo intitulado “Wild pigs
(Sus scrofa L.) in Brazil - Spatial distribution and dispersion rate of invasion”, fiz uma revisão
da literatura, que possibilitou contar a história da invasão do javali no Brasil, mapeando sua
acelerada distribuição espacial ao longo do tempo, além de criar modelos com taxas de
dispersão da espécie. Dois eventos principais de introdução do javali foram responsáveis pela
sua invasão: 1) no século XV, a forma doméstica da espécie foi trazida pelos colonizadores
europeus durante o período de colonização; e 2) no século XX os javalis foram introduzidos
para fins de caça, produção comercial e zoológicos. No Brasil as primeiras introduções do javali
datam da década de 1960 e os primeiros casos de invasão pelas fronteiras com o Uruguai, são
relatados ao final da década de 1980, com uma expansão rápida a partir dos anos 2000. As rotas
traçadas no sentido do sul para o norte do país, variaram entre 50,62 km/ano e 89,90 km/ano, e
mostram que possivelmente houve um efeito de aceleração da dispersão provocado pela ação
humana e que essa velocidade não é natural à espécie. Já no segundo capítulo, intitulado “Do
cranium and mandible reflect the wild pigs geographic variation in South America?”, verifiquei
por meio de técnicas de morfometria geométrica, se os javalis do Brasil, Argentina e Uruguai
apresentavam diferenciação morfológica, na forma e tamanho de crânios e mandíbulas, em um
gradiente latitudinal. Além disso, analisei se a diferenciação morfológica da espécie estava
relacionada com variáveis ambientais específicas ou com a cobertura do solo. Os resultados das
análises mostraram que os javalis têm variação morfológica de tamanho e forma da estrutura
craniana ao longo da variação geográfica, com animais maiores nas áreas mais frias e em
latitudes mais altas, concordando com a Regra de Bergmann. Entretanto, os modelos não
mostraram nenhum efeito específico de uma variável climática ou ambiental agindo na
diferenciação morfológica, mas sim um efeito fraco do ambiente como um todo sobre a
morfologia da espécie. No terceiro capítulo, intitulado “Is there differentiation in the
morphology of the skull of wild pigs (Sus scrofa L.) structured between native and introduced
areas?”, comparei pela morfometria geométrica, crânios e mandíbulas de javalis das áreas
nativas com os de áreas introduzidas, e verifiquei se as caraterísticas morfológicas das linhagens
nativas eram mantidas, ou variavam nos javalis de áreas onde foram introduzidos. Os resultados
das análises mostraram que nem todos os grupos de javalis nas áreas introduzidas diferem
quanto ao tamanho, ou à forma, em relação aos javalis das áreas nativas. Isso pode ser um efeito
do processo histórico das introduções e hibridizações do passado. Nos capítulos 2 e 3, utilizei
exemplares de javalis de diferentes localidades da América do Sul, América do Norte, Europa
e Ásia provenientes de museus, coleções de Universidades e coleções particulares de
controladores de javalis credenciados. No total, comparei 294 crânios em vista dorsal, 254
crânios em vista lateral e 300 mandíbulas em vista dorsal, para o capítulo 2. No capítulo 3, o
tamanho amostral foi de 407 crânios em vista dorsal, 359 crânios em vista lateral e 425
mandíbulas em vista dorsal. Por fim, no quarto capítulo, “Terminators of the future: Controlling
population growth of the wild pigs (Sus scrofa L.)”, modelei 11 cenários de controle
populacional do javali pela análise de viabilidade populacional (PVA) baseados na caça
direcionada ao sexo. Os modelos mostraram que aumentar a pressão de caça sobre machos, não
reduz o tamanho populacional dos javalis ao longo do tempo. Entretanto, aumentar a caça sobre
fêmeas de 50% a 70%, parece ser uma estratégia eficaz para o manejo de javalis no Brasil. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | História da invasão do javali (Sus scrofa L.) no Brasil contada pela dispersão e morfologia, com cenários de manejo da espécie | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Controle populacional | pt_BR |
dc.subject.keyword | Invasão biológica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Javalis | pt_BR |
dc.subject.keyword | Porcos ferais | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Fornel, Rodrigo | - |
dc.description.abstract1 | Knowledge of the wild pigs’ history and dispersal routes in South America and Brazil is
essential for understanding the morphological evolution of the species in the introduced areas
and setting up more effective management and control methods. The general aim of this thesis
was to verify whether the historical factors of the introduction and dispersal process and the
geographic and environmental variation of the wild pigs’ population are reflected in the cranial
morphology of the species. In addition, species management and control scenarios based on
sex-oriented hunting are proposed. In the first chapter entitled "Wild pigs (Sus scrofa L.) in
Brazil - Spatial distribution and dispersion rate of invasion", I reviewed the literature, which
made it possible to tell the story of the wild pigs’ invasion in Brazil, to map its accelerated
spatial distribution throughout of time and create models with rates of dispersion of the species.
Two main events of the introduction of the wild pigs were responsible for its invasion: 1) in the
15th century, European settlers brought the domestic form of the species during the colonization
period, and 2) in the 20th century, wild pigs were introduced for hunting, commercial
production, and zoological purposes. In Brazil, the first introductions of wild pigs date back to
the 1960s, and the first cases of invasion across the borders with Uruguay are reported at the
end of the 1980s, with a rapid expansion from the 2000s onwards. For the north of the country,
they ranged between 50.62 km/year and 89.90 km/year, showing that there was possibly an
acceleration effect in dispersion caused by human activity and that this speed is not natural to
the species. The second chapter, entitled "Do cranium and mandible reflect the wild pigs
geographic variation in South America?" It was verified through geometric morphometric
techniques whether wild pigs from Brazil, Argentina, and Uruguay presented geographic
differentiation in the shape and size of crania and mandibles in a latitudinal gradient.
Furthermore, it was analyzed whether the morphological differences in the species was related
to specific environmental variables or land cover. The analyzes showed that wild pigs have
morphological differences in size and shape of the skulls across geographic variation, having
larger animals in cooler areas and at higher latitudes, following Bergmann's rule. However, the
models did not show a specific effect of a climatic or environmental variable acting on the
morphological differentiation, but rather a weak effect of the environment as a whole on the
morphology of the species. In the third chapter, entitled "Is there differentiation in the
morphology of the skull of wild pigs (Sus scrofa L.) structured between native and introduced
areas?", I compared by geometric morphometry, wild boars and wild pigs crania and mandibles
from native and introduced areas, and verified whether morphological characteristics of native
strains were maintained or varied from those introduced. The analyzes showed that not all
groups of wild pigs in the introduced areas differ in size or shape compared to wild boars in
native areas. This may be an effect of the historical process of past introductions and
hybridizations. In chapters 2 and 3, it was used wild pigs and wild boars specimens from
different locations in South America, North America, Europe, and Asia from museums,
university collections, and private collections of accredited wild pigs controllers. In total, I used
in chapter 2, 294 crania in the dorsal view, 254 crania in the side view, and 300 mandibles in
the dorsal view. In chapter 3, the sample size was 407 crania in the dorsal view, 359 crania in
the lateral view, and 425 mandibles in the dorsal view. Finally, in the fourth chapter,
"Terminators of the future: Controlling population growth of the wild pigs (Sus scrofa L.)," I
modeled 11 wild pigs population control scenarios based on sex-directed hunting, using
population viability analysis (PVA). Increasing hunting pressure on males does not reduce wild
pigs’ population size over time while increasing female hunting from 50% to 70% seems to be
an effective wild boar management strategy in Brazil. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Biológicas (IB) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Ecologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|