Clube de Ciências remoto : uma proposta motivadora nada remota

Abstract

O Ensino de Química não é trivial, pois demanda do aluno uma visão macro, micro e a interpretação de diversos símbolos para que este seja letrado cientificamente. As dificuldades encontradas no processo de aprendizagem podem ocasionar a desmotivação do discente e do professor. Nessa perspectiva, faz-se necessário a utilização de diferentes estratégias para que o aluno se sinta motivado no processo de apropriação dos saberes culturalmente estabelecidos. Assim, o objetivo deste trabalho foi implementar um Clube de Ciências de maneira exclusivamente remota, em uma escola pública do Distrito Federal e avaliar a contribuição da implementação na motivação autorregulada em aprender. Dessa forma, utilizamos a teoria das Necessidades Psicológicas Básicas (NPB) e da autodeterminação de Deci e Ryan (1985), que fala da regulação da motivação quando as NPB de autonomia, competência e pertencimento são fortalecidas. A metodologia se deu de forma híbrida, com instrumentos qualitativos e quantitativos. Foi utilizada a Plataforma Google Sala de Aula na implementação do Clube de Ciências e o Google Formulário como ferramenta para coleta de dados. Dois questionários foram utilizados para coleta de dados, um objetivo e o outro subjetivo, e na análise das respostas observamos que o Clube de Ciências exclusivamente remoto pode ser uma estratégia para motivar os alunos na apropriação de saberes, porém encontramos problemas decorrentes ao acesso à internet, pois muitos alunos tinham dificuldades de acesso nos encontros síncronos, tendo como consequência o enfraquecimento das NPB, principalmente no sentimento de pertencimento. Quando o contexto restritivo, impeditivo acabar, propomos que o Clube ocorra de forma híbrida para que as relações de pertencimento sejam fortalecidas entre os clubistas.