Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Duarte, Evandro Charles Piza | - |
dc.contributor.author | Sá, Gabriela Barreto de | - |
dc.date.accessioned | 2021-08-11T14:37:07Z | - |
dc.date.available | 2021-08-11T14:37:07Z | - |
dc.date.issued | 2021-08-11 | - |
dc.date.submitted | 2020-12-17 | - |
dc.identifier.citation | SÁ, Gabriela Barreto de. Direito à memória e ancestralidade: escrevivências amefricanas de mulheres escravizadas. 2020. 152 f., il. Tese (Doutorado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/41629 | - |
dc.description | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2020. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta tese aborda o direito à memória e ancestralidade enquanto direito fundamental capaz de
orientar ações no campo da justiça histórica relativas à escravidão negra. O trabalho deriva de
pesquisa anterior realizada com fontes primárias, ações cíveis e criminais ajuizadas no Brasil
oitocentista nas quais pessoas escravizadas demandavam o direito à liberdade. A análise dos
argumentos mobilizados naqueles casos conduziu à constatação de que, diante da presunção de
escravização imposta ao sujeito negro, a memória era a principal fonte reivindicada na busca
pelo direito à liberdade. A partir daí, o presente trabalho busca mapear a fundamentação
histórica do direito à memória e ancestralidade a partir do reconhecimento de epistemologias
ancestrais verificadas nas experiências de pessoas escravizadas. Nos últimos anos, diante da
ausência de políticas públicas voltadas à reparação do impacto da escravidão no Brasil,
iniciativas vêm sendo adotadas no sentido de romper com o epistemicídio que impede o direito
à memória dos fatos ocorridos durante a escravidão, a exemplo do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), o qual criou, em 2015, a Comissão Nacional da Verdade da
Escravidão Negra com o objetivo de apurar os crimes cometidos durante este período. Em
âmbito estadual, a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da OAB-Piauí
reconheceu, em 2017, Esperança Garcia como a primeira advogada do estado. Esperança Garcia
foi uma mulher negra escravizada que em 1770 escreveu uma petição ao Governador do Piauí
não apenas denunciando os maus-tratos que ela, seus filhos e suas companheiras sofriam, mas
também demandando o direito coletivo de garantir o batismo e a confissão das mulheres e
crianças da fazenda onde se encontrava, bem como buscava a manutenção dos laços familiares
através do direito de visitar o marido. Da análise da petição, surgiu como questão de pesquisa
verificar as confluências entre as experiências de outras mulheres escravizadas e as estratégias
agenciadas nas disputas por direitos. Diante da necessidade de politizar essas experiências
decorre a opção por realizar a análise a partir da categoria escrevivência (Conceição Evaristo).
Em reconhecimento à diáspora, a compreensão dos casos é realizada em diálogo com a
realidade amefricana (Lélia Gonzalez). Neste sentido, a tese busca humanizar a História do
Direito a partir da materialidade do direito à memória e ancestralidade através da experiência
de mulheres escravizadas frente à historicidade do direito e da cultura jurídica atlântica forjada
ao longo dos séculos de escravização. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Direito à memória e ancestralidade : escrevivências amefricanas de mulheres escravizadas | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Direito à memória | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mulheres escravizadas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Escrevivência | pt_BR |
dc.subject.keyword | Améfrica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ancestralidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The thesis addresses the right to memory and ancestry as a fundamental right capable of guiding
actions in the field of historical justice related to black slavery. The work derives from previous
research carried out with primary sources, civil and criminal actions, filed in nineteenth-century
Brazil where enslaved people demanded the right to freedom. The analysis of the arguments
mobilized in those cases led to the observation that, given the presumption of slavery imposed
on the black subject, memory was the main source of reasoning used in the search for the right
to freedom. From then on, the present work seeks to map the historical foundation of the right
to memory and ancestry based on the recognition of ancestral epistemologies formulated from
the experiences of enslaved people. In recent years, in the face of the absence of public policies
aimed at repairing the impact of slavery in Brazil, initiatives have been taken to break the
epistemicide that prevents the right to remember the facts that occurred during slavery. In 2015,
the Federal Council of the Brazilian Bar Association (OAB) created the National Commission
for the Truth of Black Slavery with the aim of investigating the crimes committed during this
period. At the state level, the OAB-Piauí State Truth Commission on Black Slavery recognized,
in 2017, Esperança Garcia as the state's first lawyer. Esperança Garcia was an enslaved black
woman who in 1770 wrote a petition to the Governor of Piauí not only denouncing the
mistreatment she, her children and her companions suffered, but also demanding the collective
right to guarantee the baptism and confession of women and children of the farm where she
was, as well as seeking to maintain family ties through the right to visit her husband. From the
arguments of Esperança Garcia's letter, it emerged as a research question to verify the
confluences between the experiences of other enslaved black women and the strategies
managed in disputes over rights. Faced with the need to politicize these experiences, the option
to carry out the analysis from the clerk category arises. In recognition of the diaspora that marks
slavery, the understanding of individual cases is carried out in dialogue with the Amefrican
reality. The thesis seeks to humanize the history of law from the findings of the materiality of
the right to memory and ancestry from the experience of enslaved women in the face of the
historicity of law and the Atlantic legal culture forged over the centuries of slavery. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | La tesis aborda el derecho a la memoria y la ancestralidad como un derecho fundamental capaz
de orientar las acciones en el campo de la justicia histórica relacionada con la esclavitud negra.
El trabajo deriva de investigaciones previas realizadas con fuentes primarias, acciones civiles
y penales, archivadas en el Brasil del siglo XIX, donde los esclavizados reclamaron el derecho
a la libertad. El análisis de los argumentos movilizados en esos casos llevó a observar que, dada
la presunción de esclavitud impuesta al sujeto negro, la memoria era la principal fuente de
razonamiento utilizado en la búsqueda del derecho a la libertad. A partir de entonces, el presente
trabajo busca mapear el fundamento histórico del derecho a la memoria y la ascendencia a partir
del reconocimiento de epistemologías ancestrales formuladas a partir de las vivencias de los
esclavizados. En los últimos años, ante la ausencia de políticas públicas dirigidas a reparar el
impacto de la esclavitud en Brasil, se han tomado iniciativas para romper el epistemicidio que
impide el derecho a recordar los hechos ocurridos durante la esclavitud. En 2015, el Consejo
Federal del Colegio de Abogados de Brasil (OAB) creó la Comisión Nacional para la Verdad
de la Esclavitud Negra con el objetivo de investigar los delitos cometidos durante este período.
A nivel estatal, la Comisión Estatal de la Verdad sobre la Esclavitud Negra OAB-Piauí
reconoció, en 2017, a Esperança García como la primera abogada del estado. Esperança García
era una mujer negra esclavizada que en 1770 escribió una petición al gobernador de Piauí no
solo denunciando los malos tratos que sufrieron ella, sus hijos y sus acompañantes, sino también
exigiendo el derecho colectivo a garantizar el bautismo y la confesión de las mujeres y hijos de
la finca donde se encontraba, además de buscar mantener los lazos familiares a través del
derecho a visitar a su esposo. De los argumentos de la carta de Esperança García surgió como
una pregunta de investigación para verificar las confluencias entre las vivencias de otras
mujeres negras esclavizadas y las estrategias manejadas en las disputas por derechos. Ante la
necesidad de politizar estas experiencias, surge la opción de realizar el análisis desde la
categoría de dependiente. En reconocimiento a la diáspora que marca la esclavitud, la
comprensión de los casos individuales se lleva a cabo en diálogo con la realidad anfricana. La
tesis busca humanizar la historia del derecho a partir de las constataciones de la materialidad
del derecho a la memoria y la ascendencia a partir de la experiencia de las mujeres esclavizadas
frente a la historicidad del derecho y la cultura jurídica atlántica forjada a lo largo de los siglos
de esclavitud. | pt_BR |
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