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Título: Citologia de amostras cervicais com infecções sexualmente transmissíveis detectadas por multiplex PCR
Autor(es): Darós, Andersen Charles
Orientador(es): Carneiro, Fabiana Pirani
Assunto: Citologia
Microbiota
PCR
Doenças sexualmente transmissíveis
Referência: DARÓS, Andersen Charles. Citologia de amostras cervicais com infecções sexualmente transmissíveis detectadas por multiplex PCR. 2020. 89 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Introdução. Apesar da crescente aplicação de métodos de diagnóstico molecular para a detecção de infecções sexualmente transmissíveis, os achados em citologia cervical de pacientes com patógenos que podem ser identificados apenas por PCR e cultura ainda não estão bem descritos. Objetivo. Descrever os achados citológicos em amostras cervicais de pacientes com Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum. Métodos. Amostras cervicais para citologia (convencional e em base líquida) e para multiplex PCR foram coletadas de mulheres, com idade entre 23 e 54 anos de idade, submetidas a triagem de rotina no intervalo de tempo entre 2017 a 2018, no serviço de Ginecologia do Hospital Universitário de Brasília. Resultados. Através de multiplex PCR foi possível detectar pelo menos um destes patógenos em 36,47% (17/47) das amostras: Ureaplasma parvum 17,02%; Ureaplasma urealyticum 2,12%; Mycoplasma hominis 8,51%; Mycoplasma genitalium (0); Chlamydia trachomatis 10,63%; Neisseria gonorrhoeae 2,12% e Trichomonas vaginalis 10,63%. Mais de um destes patógenos foram observados em 12,76% (6/47) das amostras. A cervicite microscópica (≥ 10 pmnl / célula epitelial) e a microbiota predominantemente lactobacilar, foram os achados mais frequentes nas amostras em que os patógenos foram detectados sozinhos ou em infecção múltipla, exceto nas amostras com Trichomonas vaginalis nas quais a microbiota cocobacilar foi a mais comum. Em amostras com microbiota normal (lactobacilar), com e sem patógenos detectados por multiplex PCR, a frequência de cervicite microscópica foi, respectivamente, 90,9% (10/11) e 25% (2/8). Em amostras com cervicite microscópica e microbiota normal (lactobacilar), aquelas com pelo menos um patógeno identificado por multiplex PCR, foram significativamente mais frequentes do que aquelas sem patógeno, 83,33% x 16,66% (teste de Fisher p = 0,006). Conclusão. Os achados da citologia cervical são inespecíficos e caracterizados por cervicite microscópica e microbiota predominantemente lactobacilar em amostras nas quais Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum foram identificados por multiplex PCR. A falha em identificar um agente inflamatório em amostras de citologia cervical com intenso exsudato de neutrófilos e microbiota normal pode sugerir a presença de um ou mais destes micro-organismos patogênicos.
Abstract: Introduction. Despite the increasing application of molecular diagnostic methods for the detection of sexually transmitted infections, the cytological findings in pap smears of patients with pathogens only identified by PCR and culture are not yet well described. The aim of this study is to describe the most common cytological features in pap smears of patients with Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum and Ureaplasma parvum. Methods. Cervical samples for conventional and liquid-based cytology and for multiplex PCR were collected from women ranging from 23 to 54 years old, who underwent routine screening in 2017–2018 at Gynecology service. Results. Multiplex PCR was positive in 36.47% (17/47) of the samples: Ureaplasma parvum 17.02%; Ureaplasma urealyticum 2.12%; Mycoplasma hominis 8.51%; Mycoplasma genitalium (0); Chlamydia trachomatis 10.63%; Neisseria gonorrhoeae 2.12% and Trichomonas vaginalis 10.63%. Multiple pathogens were observed in 12.76% (6/47). Microscopic cervicitis (≥ 10 pmnl /epithelial cell) and predominantly lactobacillary microbiota were the most frequent findings in the samples in which the pathogens were isolated alone and / or in multiple infections, except for samples with Trichomonas vaginalis in which the cocobacillary microbiota was the most common. In samples with normal (lactobacillar) microbiota, with and without pathogens detected by multiplex PCR, the frequency of microscopic cervicitis was, respectively, 90.9% (10/11) and 25% (2/8). In samples with microscopic cervicitis and normal (lactobacillary) microbiota, those with at least one pathogen identified by multiplex PCR were significantly more frequent than those with no pathogen, 83.33% x 16.66% (Fisher's test p = 0.006). Conclusion. Pap smear findings are nonspecific and characterized by microscopic cervicitis and microbiota predominantly lactobacillary in samples in which Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum and Ureaplasma parvum, were identified by multiplex PCR. Failure to identify an inflammatory agent in pap smear samples with intense neutrophil exudate and normal microbiota may suggest the presence of these pathogens.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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