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dc.contributor.advisorLobo, Andréa de Souza-
dc.contributor.authorMiguel, Francisco Paolo Vieira-
dc.date.accessioned2020-06-29T13:14:15Z-
dc.date.available2020-06-29T13:14:15Z-
dc.date.issued2020-06-29-
dc.date.submitted2019-11-29-
dc.identifier.citationMIGUEL, Francisco Paolo Vieira. Maríyarapáxjis : silêncio, exogenia e tolerância nos processos de institucionalização das homossexualidades masculinas no sul de Moçambique. 2019. 362 f., il. Tese (Doutorado em Antropologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/38350-
dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2019.pt_BR
dc.description.abstract“Maríyarapáxjis” é um neologismo (proveniente da expressão portuguesa “maria-rapaz”) encontrado na língua materna de meus interlocutores (a língua changana) para dar conta de sujeitos que a princípio demonstram certa efeminação, mas que nas últimas décadas passou também a nomear os homossexuais. Escolho-a como título desta tese porque além de ser uma das palavras mais ouvidas no sul do país para nomear esses sujeitos, ela parece ser o epítome de uma série de processos históricos de institucionalização das homossexualidades masculinas nas classes populares do sul de Moçambique. Para chegar até ela, o trabalho se inicia por uma investigação sobre registros históricos acerca do homoerotismo em Moçambique, seja nos arquivos coloniais seja a partir dos relatos de interlocutores mais velhos. Posteriormente, o trabalho se dirige para dois agentes fundamentais de institucionalização da homossexualidade no período pós-colonial, quais sejam, a mídia impressa e o movimento LGBT moçambicanos. Na terceira e última parte da tese, apresenta-se uma etnografia que busca compreender processos de institucionalização da homossexualidade não apenas contemporâneos à própria pesquisa, mas levados a cabo por outros agentes sociais, tais como a família, a religião e os próprios sujeitos que, em seus corpos, articulam sexualidades e gêneros distintos daqueles que a eles foram projetados quando a este mundo vieram – e por vezes distintos também das epistemes oferecidas pelo movimento LGBT. No percurso da tese, três categorias-chave serão recorrentes: “exogenia”, “silêncio” e “tolerância”. Assim, os dados aqui trazidos demonstram como tais categorias perpassam os processos de institucionalização da homossexualidade no sul de Moçambique, além de complexificar diversas outras questões que dizem respeito aos debates com a etnologia africana, com as teorias antropológicas de gênero e sexualidade e com as políticas nacionais e globais sobre os corpos.pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleMaríyarapáxjis : silêncio, exogenia e tolerância nos processos de institucionalização das homossexualidades masculinas no sul de Moçambiquept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.subject.keywordMoçambiquept_BR
dc.subject.keywordHomossexualidadept_BR
dc.subject.keywordAntropologiapt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1“Maríyarapáxjis” is a neologism (derived from the Portuguese expression “maria-rapaz”) found in the mother tongue of my interlocutors (the changana language) to account for subjects who at first demonstrate some effeminacy, but who in recent decades have also come to name the homosexuals themselves. I choose it as the title of this thesis because, besides being one of the most heard words in the south of the country to name these subjects, it seems to be the epitome of a series of historical processes of institutionalization of male homosexuality in the popular classes of southern Mozambique. To reach it, the work begins with an investigation of historical records about homoerotism in Mozambique, either in the colonial archives or from the reports of older interlocutors. Subsequently, the work addresses two key agents of institutionalization of homosexuality in the postcolonial period, namely the Mozambican print media and LGBT activism. In the third and last part of the thesis, I present an ethnography that seeks to understand processes of institutionalization of homosexuality not only contemporaneous with the research itself, but also carried out by other social agents, such as family, religion and the subjects themselves. Subjects who articulate in their bodies sexualities and genres distinct from those that were projected upon them when they came into this world – and sometimes also distinct from the epistemes offered by the LGBT activism. In the course of the thesis, three key categories recur: “exogeny”, “silence” and “tolerance”. Thus, the data presented here demonstrate how these categories permeate the processes of institutionalization of homosexuality in southern Mozambique, as well as complexify several other issues that concern debates with African ethnology, anthropological theories of gender and sexuality, and national and global body policies.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Ciências Sociais (ICS)pt_BR
dc.description.unidadeDepartamento de Antropologia (ICS DAN)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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