http://repositorio.unb.br/handle/10482/38159
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2019_AnaCarolinadeCastroNobre.pdf | 4,35 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Efeitos da administração de eritropoietina na infecção murina pelo Trypanosoma cruzi |
Autor(es): | Nobre, Ana Carolina de Castro |
Orientador(es): | Araújo, Nadjar Nitz Silva Lociks de |
Coorientador(es): | Hagström- Bex, Luciana |
Assunto: | Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Cardiomiopatia Eritropoietina |
Data de publicação: | 25-Jun-2020 |
Data de defesa: | 17-Dez-2019 |
Referência: | NOBRE, Ana Carolina de Castro. Efeitos da administração de eritropoietina na infecção murina pelo Trypanosoma cruzi. 2019. 108 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Introdução: A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, afeta aproximadamente oito milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de um terço dos indivíduos com a infecção crônica desenvolve a cardiomiopatia chagásica, manifestação clínica mais importante da doença, principal responsável pela letalidade. As drogas tripanocidas, apesar de reduzirem a parasitemia na fase aguda, não possuem eficácia sobre a fase crônica e na progressão das lesões no coração. A eritropoietina (Epo), glicoproteína que regula a produção de eritrócitos, possui efeito cardioprotetor reduzindo o processo de apoptose, inflamação e isquemia do miocárdio. Objetivo: Investigar o possível efeito cardioprotetor da Epo na infecção murina pelo Trypanosoma cruzi. Métodos: Foram utilizados 52 camundongos fêmeas C57BL/6 uniformes quanto ao peso e idade. Os animais foram aleatoriamente divididos em oito subgrupos experimentais separados em dois grandes grupos: 1. Administração de salina ou Epo na fase aguda da infecção (n=28); 2. Administração de salina ou Epo na fase crônica da infecção (n=24). Os animais infectados receberam injeção intraperitoneal (ip) com 105 tripomastigotas da cepa Colombiana de T. cruzi. Os animais tratados com Epo receberam 2000 U/kg ip em dias alternados durante 30 dias após a infecção, sendo eutanasiados com 180 dias pós-infecção. Foi realizado hemograma no dia 0 (d0) e no dia 180 (d180). Dosagem sérica de enzimas marcadores de danos cardíacos foi realizada em d0, d15, d90 e d180. A avaliação do funcionamento cardíaco foi realizada através de ecocardiograma. Foi utilizada a PCR quantitativa (qPCR) para determinar a carga parasitária no coração, sangue, baço e intestino grosso. Por fim, análise histopatológica foi realizada para avaliação de alteração tecidual. Resultados: Como esperado, o hematócrito foi significativamente maior logo após o tratamento com Epo, mas este retornou aos valores pré-tratamento em d180. A maioria dos parâmetros hematológicos estavam dentros dos valores de referência, mesmo com a infecção e/ou tratamento com Epo. A dosagem de enzimas bioquímicas apresentou grande variabilidade intra-grupo, não sendo possível traçar a cinética ao curso da infecção. De interesse, a administração de Epo fez com que os níveis de creatina quinase fração miocárdica (CK- MB) fossem significativamente menores em comparação aos animais que receberam salina. A fração de ejeção foi normal em 100% dos animais infectados tratados com Epo na fase crônica. O mesmo só foi observado no grupo de camundongos não infectados tratados com Epo na fase aguda. A análise histopatológica cardíaca confirmou os achados da bioquímica e da ecografia para o grupo de animais infectados e tratados com Epo na fase crônica. Entretanto, quando os camundongos infectados foram tratados na fase aguda, foi observado necrose, fibrose e intenso infiltrado inflamatório no coração. A carga parsitária foi maior no coração entretanto, o número de parasitos tendeu a ser mais elevado nos grupos infectados tratados com Epo. Conclusão: Alguns dos parâmetros avaliados sugeriram um efeito cardioprotetor da Epo na doença de Chagas murina. Entretanto, mais estudos são necessários para comprovar seu real interesse nas infecções pelo T. cruzi. |
Abstract: | Introduction: Chagas disease, caused by the protozoan Trypanosoma cruzi, affects approximately eight million people worldwide. About one third of patients with chronic infection in chagasic cardiomyopathy, the most important clinical manifestation of the disease, mainly responsible for lethality. Like trypanocidal drugs, although they reduce parasitemia in the acute phase, they cannot affect the chronic phase and the progress of heart lesions. Erythropoietin (Epo), a glycoprotein that regulates the production of erythrocytes, has a cardioprotective effect on the use or process of apoptosis, inflammation and myocardial ischemia. Objective: To investigate the possible cardioprotective effect of Epo on murine infection by Trypanosoma cruzi. Methods: Fifty-two uniform C57BL / 6 female mice were used for weight and age. The animals were randomly divided into eight experimental subgroups separated into two large groups: 1. Administration of saline or Epo in the acute phase of infection (n = 28); 2. Administration of saline or Epo in the chronic phase of infection (n = 24). The infected animals received intraperitoneal (ip) injection with 105 trypomastigotes of the T. cruzi Colombian strain. Animals treated with Epo received 2000 U / kg ip every other day for 30 days after infection and were euthanized 180 days after infection. Blood count was performed on day 0 (d0) and on day 180 (d180). Serum dosing of cardiac damage marker enzymes was performed at d0, d15, d90 and d180. Cardiac function was assessed by echocardiography. Quantitative PCR (qPCR) was used to determine the parasitic load on the heart, blood, spleen and large intestine. Finally, histopathological analysis was performed to evaluate tissue alteration. Results: As expected, hematocrit was significantly higher soon after treatment with Epo, but it returned to pretreatment values at d180. Most hematological parameters were within the reference values, even with infection and / or treatment with Epo. The dosage of biochemical enzymes showed great intra-group variability, and it was not possible to trace the kinetics to the course of the infection. Of interest, administration of Epo caused myocardial fraction creatine kinase (CK-MB) levels to be significantly lower compared to animals receiving saline. Ejection fraction was normal in 100% of infected animals treated with Epo in the chronic phase. The same was observed only in the group of uninfected mice treated with Epo in the acute phase. Cardiac histopathological analysis confirmed the findings of biochemistry and ultrasound for the group of animals infected and treated with Epo in the chronic phase. However, when infected mice were treated in the acute phase, necrosis, fibrosis and intense inflammatory infiltrate were observed in the heart. Parsitic burden was higher in the heart; however, the number of parasites tended to be higher in infected groups treated with Epo. Conclusion: Some of the evaluated parameters suggested a cardioprotective effect of Epo on murine Chagas disease. However, further studies are needed to prove their real interest in T. cruzi infections. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2019. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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