Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Resende, Viviane de Melo | - |
dc.contributor.author | Tobar Acosta, María del Pilar | - |
dc.date.accessioned | 2018-08-21T19:52:51Z | - |
dc.date.available | 2018-08-21T19:52:51Z | - |
dc.date.issued | 2018-08-21 | - |
dc.date.submitted | 2018-03-09 | - |
dc.identifier.citation | TOBAR ACOSTA, María del Pilar. Construções discursivas de reexistência: um estudo em análise de discurso crítica sobre marchas de mulheres no Brasil. 2018. 408 f., il. Tese (Doutorado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/32462 | - |
dc.description.abstract | Este estudo partiu de uma inquietação epistemológica acerca da potência da(s) violência(s) como
processo fundamental para a conformação de práticas sociais, bem como do potencial de resistência
expresso por grupos minoritários em termos de poder (SEGATO, 2003; QUIJANO, 2014;
GROSFOGUEL, 2010). Mapeei nós focais de que e para que convergiam distintas atividades
discursivas realizadas na articulação de três marchas de mulheres que ocorreriam em 2015: a Marcha
Mundial das Mulheres, a Marcha das Margaridas e a Marcha das Mulheres Negras. Baseada na
vertente latino-americana de Análise de Discurso Crítica (RESENDE, 2008, 2009; RAMALHO;
RESENDE, 2011; PARDO; RUIZ, 2016), e em diálogo com pensamentos latino-americanos e
africanos (MOGOBE, 1992; NGOENHA, 1993; MIGNOLO, 2000; GROSFOGUEL, 2008;
NASCIMENTO, 2010), realizei um esforço pela estruturação de um método de pesquisa solidário – a
metodologia da oprimida (FREIRE, 2015; GAUTHIER, 1999; HARAWAY, 1995). Para responder às
questões da pesquisa, estruturei um conjunto de procedimentos de caráter etnográfico (GEERTZ,
1975) e de etnografia virtual (HINE, 2000) a partir dos quais coletei e gerei textos que tematizavam as
marchas em foco. A abordagem por que optei foi a de focalizar processos discursivos prototipicamente
relacionados ao significado identificacional. As análises permitiram acessar aspectos da estética da
reexistência constituída pelo trabalho de si realizado por protagonistas das marchas focalizadas. Esse
trabalho de si, pela solidariedade inerente à reexistência, desdobra-se como trabalho das outras e para
as outras, em que a atitude das mulheres cujas práticas investiguei inclina-se fortemente ao
compromisso e à responsabilidade com todas as mulheres. Cada uma das marchas apresenta
especificidades caracterizadas pelos saberes vivenciais de suas protagonistas. A Marcha Mundial das
Mulheres traz para a cena de lutas feministas a dimensão internacionalista, que permite reunir forças
pelo seu enraizamento em diferentes territorialidades. A Marcha das Margaridas oferece ao mundo
um conjunto de tecnologias, como o cuidado e a afetividade, que podem ser empregados para fazer
política de outro modo. A Marcha das Mulheres Negras, realizando-se como marcha à vez
declaratória, reivindicatória e contestatória, marca um momento significativo de construção de um
lugar de fala dessas mulheres. Assim, as marchas de mulheres que tinham como lastro distintos
processos históricos convergiram em Brasília em 2015, construindo um marco de resistência aos
processos de violação que foram agudizados naquele momento pelo golpe em curso no Brasil. Ao
mesmo tempo essas marchas legaram, a partir de performances identitárias cujo centro tonal é o ethos
solidário, perspectivas sonhadas por mulheres reunidas para a realização de um porvir outro, erigido
pela beleza de uma vida em que a causa da existência vem de dentro de nós mesmas, numa estética da
reexistência. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Construções discursivas de reexistência : um estudo em análise de discurso crítica sobre marchas de mulheres no Brasil | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Análise de discurso crítica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Feminismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Marcha Mundial das Mulheres | pt_BR |
dc.subject.keyword | Marcha das Margaridas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Marcha das Mulheres Negras | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Nascimento, Wanderson Flor do | - |
dc.description.abstract1 | This study stemmed from an epistemological concern about the power of violence as a fundamental process
for the conformation of social practices, as well as the potential for resistance expressed by minority groups in
terms of power (SEGATO, 2003; QUIJANO, 2014; GROSFOGUEL, 2010). I mapped three focal nodes
regarding the direction to which the discoursive activities converged in three women marches in 2015: the
World March of Women (Marcha Mundial das Mulheres), the March of Margaridas (Marcha das Margaridas),
and the March of Black Women (Marcha das Mulheres Negras). Based on the Latin American strand of Critical
Discourse Analysis (RESENDE, 2008, 2009; RAMALHO; RESENDE, 2011; PARDO; RUIZ, 2016), and in
dialogue with Latin American and African thoughts (MOGOBE, 1992; NGOENHA, 1993; MIGNOLO, 2000;
GROSFOGUEL, 2008; NASCIMENTO, 2010), I employed the solidary research method - the methodology of
the oppressed (FREIRE, 2015; GAUTHIER, 1999; HARAWAY, 1995). In order to answer the research
questions, I structured a set of ethnographic procedures (GEERTZ, 1975) and virtual ethnography (HINE,
2000), from which I collected and generated texts that themed the marches on focus. I chose to focus on
discursive processes prototypically related to indentificational meaning. The analyses made it possible to access
aspects of the esthetics of re-existence constituted by the work itself carried out by the protagonists of the
marches researched. This work on itself, by means of the solidarity inherent to re-existence, unfolded as the
work of others and to others, whereby the attitude of the women whose practices were investigated showed a
strong inclination towards the commitment and responsibility to every woman. Each march presented
specificities characterized by the own experiential knowledge of its protagonists. The World March of Women
brings to light the international dimension of the feminist fight that enables gathering forces in different
territorialities. The March of Daisies offers to the world different technologies with care and affection that
may be employed to another way of politics. The March of the Black Women, a march that is at the same time
a march of declaration, reclaiming, and contestation, marks a significant moment where these women are
raising their voice. Thus, the marches of women who suffered from historical processes converged in Brasilia
in 2015, building a framework of resistance to the processes of violation that were exacerbated at the time by
the coup in Brazil. At the same time, from identity performances whose tonal center is the solidarity ethos, the
marches offer a legacy of perspectives dreamed together for another future, erected by the beauty of a life in
which the cause of existence comes from within ourselves, in an aesthetics of re-existence. | pt_BR |
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