http://repositorio.unb.br/handle/10482/31382
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2017_AndréiaCristinaGonçalvesCascaes.pdf | 3,26 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Efeito do ácido anacárdico in vitro e em modelos experimentais da malária |
Autor(es): | Cascaes, Andréia Cristina Gonçalves |
Orientador(es): | Junqueira, Maria Imaculada Muniz Barboza |
Coorientador(es): | Borges, Tatiana Karla dos Santos |
Assunto: | Ácido anacárdico Malária Castanha de caju Malária cerebral |
Data de publicação: | 9-Mar-2018 |
Data de defesa: | 14-Jul-2017 |
Referência: | CASCAES, Andréia Cristina Gonçalves. Efeito do ácido anacárdico in vitro e em modelos experimentais da malária. 2017. xx, 80 f., il. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumo: | No ano de 2015 a malária 214 milhões de pessoas e causou 438 mil mortes. No Brasil ocorreram 142.967 casos da doença, no mesmo ano. A doença pode apresentar-se de forma assintomática, sintomática e pode evoluir para as formas graves. O Plasmodium falciparum pode causar malária cerebral, a forma mais seria da doença. Os eritrócitos parasitados são capazes de ligar-se a outros eritrócitos e ao endotélio vascular resultando na hiperativação do sistema imunitário. Mesmo com os tratamentos atuais eficientes usados na pratica clinica, a doença pode desenvolver-se para as formas graves, facilitada pela resistência do parasito às drogas disponíveis. Espécies vegetais tem sido testados como alternativas terapêuticas. O ácido anacárdico (AA) é extraído da castanha de caju e tem mostrado atividades microbicidas, imunomoduladoras e parasiticida. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do ácido anacárdico in vivo em modelos animais da malária e in vitro. Nos modelos susceptíveis a malária cerebral (CBA e C57BL/6) e não susceptíveis (BALB/c) infectados pelo P. berghei Anka tratados com 150, 100, 50 mg/kg/dia e 25 mg/kg/ duas doses. Foram analisados sobrevida, parasitemia, hematócrito e perda progressiva de peso. A citotoxicidade nas células J774 foi avaliada pelo teste de MTT usando utilizadas várias concentrações de ácido anacárdico. O efeito do ácido anacárdico na produção de óxido nítrico foi avaliado através da reação de Griess e a expressão de corpúsculos lipídicos foi realizadda pela coloração de Oil red O. O efeito de 50μM ácido anacárdico na produção de citocinas foi avaliado depois de estimulação in vitro das células J774 com eritrócitos parasitados ou não. A produção de citocinas foi avaliada com o estimulo de LPS e eritrócitos parasitados ou não com 50 μM de ácido anacárdico. Quando os animais CBA foram tratados com 150 e 100mg/Kg/dia de AA foi observado aumento da sobrevida dos animais após infecção com P.berghei ANKA. O AA não mostrou toxicidade para as células J774. O AA inibiu a produção do óxido nítrico quando associado com o LPS e eritrócitos parasitados. O aumento da expressão de corpúsculos lipídicos aumentou na presença de eritrócitos parasitados e LPS. O AA não mostrou efeito na produção de FNT-a, porém aumentou a produção de IL-10, e de IL-6 e MCP-1 quando associado ao LPS. Foi observado aumento da produção de MCP-1 das células J774 tratadas com AA e estimuladas com eritrócitos parasitados obtidos de camundongos BALB/c infectados com P.berghei ANKA quando comparado com células estimuladas apenas com eritrócitos parasitados. As células J774 mostraram que o tratamento com AA e estimulo com eritrócitos parasitados obtidos de camundongos BALB/c infectados por P. berghei ANKA aumenta da produção de MCP-1 em relação às células estimuladas apenas com eritrócitos parasitados. O AA aumentou a produção de IL-10 nas células estimuladas com eritrócitos parasitados de BALB/c, porém diminuiu a produção nas células tratadas com eritrócitos de CBA. Concluímos que os diferentes efeitos do AA na malária experimental provavelmente ocorrem pelos diferentes tipos de desencadeamento das respostas inflamatórias dos modelos experimentais. |
Abstract: | About 214 million cases of malaria occurred in 2015, leading to 438,000 deaths. In Brazil, 142,967 cases of malaria occurred in this same year. The disease can present as asymptomatic or asymptomatic form and severe disease can develop in some people. Plasmodium falciparum can cause cerebral malaria, the most serious form of the disease. Infected red blood cells can bind each other and to endothelial vascular cells, leading in hyperactivation of immune system. Even though the effective current treatments used in clinical practice, disease can evolve to severe forms due to the parasite ability to present drug resistance. Some vegetal species have been tested as alternative treatments. Anacardic acid (AA) is obtained from the cashew nut and has shown some activity against bacteria, parasites and it also has immunomodulatory activity. This work aimed to evaluate the in vivo activity in experimental animal models and in vitro activity of the anacardic acid as well as its. In cerebral malaria-susceptible CBA and C57BL/6 and resistant BALB/c mice infected with Plasmodium berghei ANKA and treated with 150, 100, 50 mg/kg/day and 25 mg/kg/day twice by day anacardic acid were assessed the survival rates, parasitemia curves, hematocrit and weight evolution. Cytotoxicity to J774 cells was evaluated using several concentrations of anacardic acid by MTT test. Effect of anacardic acid on nitric oxide production by J774 cells was evaluated by Griess reaction and lipid bodies expression was tested with oil red O. Effect of 50μM anacardic acid on cytokine production was evaluated after in vitro stimulation with or without parasitized erythrocyte and LPS. When CBA mice were treated with 100 and 150 mg/kg/day of AA, it was observed an increased survival of the animals after infection with P. berghei ANKA. Anacardic acid showed no toxicity to J774 cells. Anacardic acid inhibited NO production when associated with LPS and parasitized erythrocytes. The increase expression of lipid bodies was enhanced in presence of parasitized erythrocytes and LPS. AA have no effect in tumor necrosis factor-a production, it increased IL-10 production and increased the IL-6 and MCP-1 production only when associated to LPS. There was an increased production of MCP-1 by J774 cells treated with AA + parasitized erythrocytes that were obtained from BALB/c P. berghei-infected mice when compared with to J774 cells incubated only with parasitized erythrocytes. AA increased IL-10 production when J774 cells were stimulated with parasitized erythrocytes obtained from BALB/c mice;; however, it decreased IL-10 production when J774 cells were stimulated with parasitized erythrocytes obtained from CBA mice. We conclude that the differing effects of AA in the different malaria experimental models could occur because these different strains of mice use different pathways of the inflammatory response. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FM) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Pós-graduação em Medicina Tropical, 2017. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical |
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