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Título: | Gilberto Freyre e nossa "modernidade tropical" : entre a originalidade e o desvio |
Outros títulos: | Gilberto Freyre and the Brazilian "tropical modernity" : between originality and deviation |
Autor(es): | Tavolaro, Sergio Barreira de Faria |
Assunto: | Modernidade Freyre, Gilberto, 1900-1987 Sociologia - Brasil |
Data de publicação: | 2013 |
Editora: | Programa de Pós-Graduação em Sociologia - UFRGS |
Referência: | TAVOLARO, Sergio Barreira de Faria. Gilberto Freyre e nossa "modernidade tropical": entre a originalidade e o desvio. Sociologias, Porto Alegre, v. 15, n. 33, p. 282-317, maio/ago. 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222013000200010. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222013000200010&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 05 ago. 2020. |
Resumo: | As questões que orientam o presente artigo são duas: em que medida Freyre coloca-se a tarefa de desconstruir um quadro de referência conceitual percebido como responsável pela perpetuação da imagem de incomensurabilidade entre a experiência societal brasileira e aquela das "sociedades modernas civilizadas"? Qual lugar o ambiente físico tropical ocupa nesse projeto? Examino três hipóteses de trabalho: 1) Há em Freyre uma consciente tentativa de relativizar o protagonismo (epistemológico, normativo e estético-expressivo) exclusivo reivindicado por sociedades tradicionalmente tidas como modelares da modernidade; 2) O trópico foi, desde o princípio de sua obra, uma peça-chave nesse ambicioso projeto intelectual, graças a predicados tomados por singulares, catalisadores de uma experiência social tida por inovadora e irreprodutível pelas sociedades europeias hegemônicas; 3) A ambiciosa intenção freyreana de desestabilizar a centralidade epistemológica da "modernidade europeia" vê-se inadvertidamente frustrada na medida em que essa mesma experiência (e o tipo de sociabilidade imaginado como exclusivamente seu) é retomada como padrão de medida para se aferir a singularidade da modernidade no Brasil. |
Abstract: | Two questions underlie the argument in this article: to what extent Freyre takes up the task of deconstructing a conceptual framework that is perceived as perpetuating the image of incommensurability between the Brazilian societal experience and that of the "modern civilized societies"? What place does the tropical environment occupy in this project? I examine three operational hypotheses: 1) Freyre makes a conscious attempt to relativize the exclusive (epistemological, normative and aesthetic-expressive) role claimed by societies traditionally regarded as models of modernity; 2) since the beginning of his work, the tropics was a key part of such ambitious intellectual project, because of peculiarities that would work as catalysts for an innovative social experience non-reproducible in hegemonic European societies; 3) the ambitious Freyrean attempt to destabilize the epistemological centrality of "European modernity" results inadvertently frustrated, insofar as this very experience (and the kind of sociability deemed to be peculiar to it) is resumed as a pattern to assess the singularity of Brazilian modernity. |
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DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222013000200010 |
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