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Título: Por que alunos do ensino médio apresentam baixo desempenho em Geometria Plana?
Autor(es): Rodrigues, José Gutembergue Lima
Orientador(es): Rabelo, Mauro Luiz
Assunto: Matemática - estudo e ensino - avaliação
Geometria plana
Matemática (Ensino médio)
Data de publicação: 1-Fev-2017
Referência: RODRIGUES, José Gutembergue Lima. Por que alunos do ensino médio apresentam baixo desempenho em Geometria Plana? 2016. xvi, 138 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: Minha experiência como professor de matemática da educação básica tem mostrado que a maioria dos alunos tem grandes dificuldades no aprendizado da geometria plana e completo desconhecimento das demonstrações dos teoremas. Para a maioria deles, tudo não passa de um conjunto de fórmulas e aplicações. Sempre me questionei acerca dos motivos que explicariam o porquê de eles saberem muito pouco de geometria e, por isso, resolvi investigar esse problema neste trabalho, tentando responder à seguinte pergunta: Por que alunos do ensino médio apresentam baixo desempenho em geometria plana? Para isso, iniciou-se com uma análise documental, estudando legislações, publicações, artigos e revistas especializadas. Fez-se um resgate histórico, a partir de 1940, e “caminhou-se” pelo Movimento da Matemática Moderna (MMM), principal responsável pelo escanteamento da geometria plana do meio escolar, amplificado pelo tecnicismo da década de 1970 e pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971. A análise história passa pela década de 1980, após o regime militar, quando começam a ocorrer congressos, encontros e grupos de estudo voltados para a educação matemática e que provocam o reinício da “presença” da geometria plana na educação básica (na época 1º e 2º graus). Avança-se para a década seguinte, com destaque para a Constituição Federal de 1988 (Estado-Educador), que permitiu a criação de Leis, Decretos e Portarias, que estimularam políticas nacionais e uniformizaram a educação no país, e para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, que coloca o ensino médio como educação básica e, mais recentemente, em 2013, inclui também a pré-escola. Exploram-se também as contribuições para o estudo oriundas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, do Plano Nacional da Educação (PNE), dos indicadores associados às avaliações de larga escala, do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Para concluir esse passeio histórico, faz-se uma análise do documento denominado Currículo em Movimento, de 2014, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF). Com todo esse aparato a favor da educação, continua sem justificativa adequada o baixo desempenho de nossos estudantes em geometria. Para aprofundar a questão, decidiu-se ir a campo, aplicando questionários a alunos e professores de sete turmas do 3º ano do ensino médio de três escolas públicas do Distrito Federal – uma no plano piloto e duas no Guará. A maior surpresa relativa aos resultados está na ausência do ensino de geometria plana, em parte, no ensino fundamental, e quase que por completo no ensino médio. As razões incluem falta de espaço na grade horária, pois atualmente há apenas três aulas semanais de matemática para o ensino médio. Outros pontos revelados na pesquisa foram: a ausência de demonstração dos teoremas básicos de geometria plana tanto nos livros didáticos quanto pelos professores; a reivindicação dos professores por mais aulas; as reivindicações dos alunos por aulas práticas, dinâmicas, com exemplos do dia a dia (contextualização e aplicações no cotidiano) e com mais exercícios. Um fator observado foi que, em 2016, 76% dos alunos farão ENEM e apenas 43% farão o PAS.
Abstract: My experience as a Mathematics teacher of the basic education has shown that the most part of the students have big difficulties in the learning of the plane geometry and complete unfamiliarity with the demonstrations of the theorems. For the most part of them, these are not but a group of formulas and applications. I have always wondered about the causes that could explain the reason they know very little about the geometry, and, because of this, I decided to investigate this problem in this research. To accomplish this objective, I will try to answer the question: Why do the high school’s students show low performance in plane geometry? To accomplish this goal, it was started with a documental analysis, studying laws, publications, articles and specialized magazines. It was made a historic research, since 1940, passing for the Modern Mathematics Movement (MMM), the main responsible for the omission of the plane geometry in the school environment and amplified for the technicality of the decades of 1970 and for the Law of Guidelines and Basis of 1971. The historical analysis goes by the 1980’s decade, after the Military Regime, when congresses have started, as well, meetings and groups of studies about the mathematic teaching, and then, it caused the restart of the presence of the plane geometry in the basic education (Middle and High School). In the next decade, the Constitution of 1988 (State-Educator), allowed the creation of Laws, Decrees and Ordinances, that encouraged national policies and unified the education in the country, and for the Law of Guidelines and Basis of the National Education (LDB) of 1996, that allocates the High School as basic education and, recently in 2013, includes also the kindergarten. It is explored also the contributions to the study from the National Curricular Parameters, the National Education Plane (PNE), the indicators associated with the evaluations of large scale, the National Exam of The High School (ENEM) and the Brazilian Olympics of Mathematics of the Public Schools (OBMEP). To conclude this historic tour, it is analyzed the document called Curriculum in Movement, of 2014, from the Secretary of Education of the Distrito Federal (SEDF). With all of this display in favor of the education, it continues without a proper reason for the low level of our students in geometry. To develop the question, it was decided to research in the field, applying a questionnaire to students and teachers from seven classes of the 3rd year of the High School from three public schools from Distrito Federal – one at Plano Piloto and two at Guará. The biggest surprise related to the results is about the absence of the teaching of the plane geometry, partly, in the middle school, and almost complete in the high school. The reasons include the lack of space in the schedule, because nowadays there are only three mathematics classes per week. The research showed also: the absence of demonstrations of the basics theorems of the plane geometry from the teacher and the textbook; the claim of the teachers for more classes; the claims of the students for more practical classes, with day-to-day’s examples (contextualization e applications in the daily lives) and with more exercises. To conclude, it was observed also that in 2016, 76% of the students will do to the National Exams of the High School (ENEM) and only 43% will do the Serial Evaluation Program (PAS).
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Exatas (IE)
Departamento de Matemática (IE MAT)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Matemática, Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional, 2016.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional, Mestrado Profissional
Licença: A concessão da licença desta coleção refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.08.D.22396
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